2013-12-11

UM NOVO QUADRO COMUNITÁRIO QUE EXIGE UMA NOVA GESTÃO E ATITUDE, NO ALENTEJO

A partir de 2014 e até 2020, Portugal receberá um pacote de 21 mil milhões de € de fundos comunitários da União Europeia, estrategicamente destinados à promoção e criação do emprego e ao estímulo à economia e às empresas, especialmente PME, em detrimento de infraestruturas como estradas e escolas como aconteceu no QREN que agora termina. A criação de riqueza e de emprego sustentável serão pois as prioridades para a aplicação de 10M€ por dia.

Para evitar os atrasos observados com a implantação do atual QREN e o desperdício de elevado volume de verbas que não foram utilizadas, Portugal foi um dos primeiros países da União Europeia a entregar à Comissão Europeia a proposta de acordo para aplicação dos fundos, marcado pelo reforço do FSE, representando uma aposta clara na valorização das pessoas e das suas competências e uma descida dos investimentos em infraestruturas e equipamentos, sendo a quase totalidade das verbas distribuídas por 4 das 7 regiões, entre elas a do Alentejo, através dos programas operacionais regionais, aos quais serão alocados 93% dos fundos comunitários a receber.

O Alentejo verá reforçadas em 42% as verbas disponíveis durante o próximo período de fundos comunitários a vigorar entre 2014 e 2020, num total de cerca de 1.200M€, o que representa um verdadeiro desafio para a gestão pública daquele pacote financeiro bem como para os potenciais promotores de projetos que transfiram os resultados da sua aplicação para os beneficiários finais, logo a partir do segundo semestre do próximo ano.

Não se prevê no entanto que seja fácil e rápido convencer os potenciais promotores a refletirem sobre as razões explicativas para os fracos resultados de muitos dos projetos desenvolvidos anteriormente, ao nível dos impactos sobre o desenvolvimento do território, seja ele económico ou social. Entre esses promotores, conta-se uma boa fatia de autarquias alentejanas que, ao longo dos vários quadros comunitários de apoios financeiros se dedicaram quase exclusivamente à construção de infraestruturas que agora deixarão de ser prioritárias, devido ao grau de cobertura já atingido com a obra executada até aqui.

Haverá assim que estimular uma maior capacidade local e regional de projeção do desenvolvimento desejável e possível à luz dos recursos financeiros disponíveis e das ações necessárias e adequadas à sua concretização, junto das autarquias locais, as quais têm um papel determinante enquanto agentes dinamizadores da iniciativa pública e estimuladores da iniciativa privada no território.

Ora, apesar da reiterada ilibação das autarquias locais no contributo para a situação financeira do país feita pela ANMP, recusando o epíteto de despesismo aos municípios, não deixam de faltar obras e equipamentos locais de duvidosa utilidade, de insuficiente exploração e uso, de degradação crescente por falta de meios para a sua manutenção, de difícil inserção nas dinâmicas de desenvolvimento regional, ou mesmo de desajustada programação à luz da relação entre a demografia e a capacidade da rede existente ou em construção.

Convencer os autarcas alentejanos a pensarem de uma forma mais regional que local, menos centrados na micro realidade concelhia e mais preocupados com a dimensão alentejana, onde devem fazer sentido as estratégias locais em função do seu contributo para o conjunto, será o grande desafio da gestão pública regional dos fundos comunitários que ai vêm.


Tal não poderá deixar de exigir da mesma gestão pública regional uma liderança política forte, marcante do rumo do desenvolvimento pretendido para o Alentejo, a seguir por todos os que para o mesmo pretendam contribuir, através do acesso a fundos comunitários que concretizem esses contributos. As circunstâncias exigem e justificam pois muito do que antes não foi feito. 

2013-11-20

IEFP e IST associam-se na investigação e formação aeronáutica | Tecnologias | Dinheiro Digital

IEFP e IST associam-se na investigação e formação aeronáutica | Tecnologias | Dinheiro Digital

Os institutos do Emprego e Formação Profissional (IEFP) e Superior Técnico (IST) vão colaborar na formação e na investigação nas áreas aeroespacial e mecânica, numa parceria ligada à Embraer e ao ‘cluster’ aeronáutico de Évora.

«Queremos ser uma plataforma para a transferência de conhecimento e tecnologia e dos resultados da investigação e desenvolvimento entre o ensino superior e as necessidades práticas das empresas», explicou José Palma Rita, delegado do Alentejo do IEFP, em declarações à Lusa.

A parceria, já formalizada, é centrada nos polos de formação de Évora e Setúbal do IEFP, que têm formado mão-de-obra especializada para as duas fábricas da construtora aeronáutica brasileira Embraer, na cidade alentejana, assim como para outras empresas fornecedoras de componentes.

«É um projeto pioneiro a nível nacional do ponto de vista do IEFP e vai enriquecer a qualidade da nossa formação profissional», sendo também uma mais-valia «para projetos de investigação desenvolvidos pelo IST», instituição de ensino superior situada em Lisboa e que já tinha um acordo prévio com a Embraer, disse Palma Rita.
De acordo com um comunicado da instituição de ensino superior público, o IST  e  a  Embraer  Portugal  SGPS assinaram um Memorando  de  Entendimento (MoU), no passado dia 9 de novembro, «ao abrigo do qual serão estruturadas atividades de  cooperação  visando  a  troca  permanente  de conhecimento científico e tecnológico  em  áreas  de  interesse  comum para o IST e para as operações industriais das duas subsidiárias da Embraer Portugal SGPS em Évora».
«Válido  para  um  período de quatro anos, a implementação do MoU será suportada  por  um  plano de ações revisto anualmente e que incluirá, entre outras,  iniciativas como visitas regulares de alunos do IST às instalações da  Embraer  em  Évora  no  âmbito  de atividades de ensino, intercâmbio de informação em novas tecnologias nas áreas de materiais metálicos, materiais compósitos  e  tecnologias  de  produção,  e  projetos  de  Investigação  e Desenvolvimento de âmbito Nacional ou Comunitário».
A cooperação [entre o IST e o IEFP] prevê que mestrandos, doutorandos e outros investigadores daquela instituição de ensino superior possam utilizar instalações do IEFP, nomeadamente o polo tecnológico de Évora, para ensaios práticos.

«Neste polo tecnológico temos equipamentos de topo virados para a produção industrial e aeronáutica, iguais aos da Embraer, mas a empresa tem uma linha de produção em funcionamento. Por isso, com a parceria, os investigadores podem fazer no IEFP todos esses ensaios ligados a projetos de investigação», afirmou Palma Rita.

 «Os investigadores vão fazer formações dirigidas aos nossos formandos e formadores, pelo que vamos ter contacto direto com o que de melhor se faz nos campos da aeronáutica e dos processos produtivos», destacou ainda o responsável do instituto público de emprego e formação.

O projeto, segundo o IEFP, insere-se «no quadro das preocupações comuns de incremento à empregabilidade dos diplomados» de ambas as instituições, mediante «ações conjuntas que melhorem a qualidade e a eficácia das respetivas intervenções».

A Embraer está no ‘centro’ deste esforço conjunto, mas o delegado do IEFP no Alentejo não reduz a esta empresa as potencialidades futuras da parceria.

Dinheiro Digital com Lusa

2013-10-31

PORTUGAL NO RUMO CERTO


QUE SE LIXEM OS QUE PRETENDEM AFUNDAR O PAÍS DE HOJE, O NOSSO FUTURO E O DOS NOSSOS FILHOS!

À medida que surgem os sinais de confirmação da saída de Portugal da recessão técnica vigente no período de ajustamento financeiro e económico ditado pelo resgate internacional a que a governação socialista nos conduziu, parece aumentar a contestação sindical estimulada e manipulada por uma certa esquerda radical, pouco respeitadora da legitimidade que as eleições conferem aos governantes nacionais, pois nas autarquias, quando se trata de vitórias suas, já a legitimidade será considerada de outra forma.

Ouvem-se na rua os gritos de contestação à troika, a qual se manda lixar a viva voz e pede-se a sua saída de Portugal, com o argumento de que dessa forma se recuperaria soberania financeira. Confesso não entender, tendo em conta que os juros que pagamos pelos empréstimos concedidos pela troyca (1,5%), são bem mais favoráveis do que quaisquer outros quando, em 2011, todos os financiadores externos nos fecharam a torneira do crédito. Pode acrescentar-se o fato de os défices das administrações públicas terem ficado quase 3.000M€ abaixo do limite estimado pela execução orçamental dos primeiros 9 meses deste ano, ou ainda que a economia portuguesa cresceu 0,5% no 3º trimestre de 2013, face ao anterior.

Ainda assim, os sinais parecem indiferentes a uma certa esquerda radical e anti-democrática que sai à rua pedindo a saída da troyca, o perdão da dívida e, em consequência, a saída do Euro. No fundo, o que se pede é o colapso total do nosso país, um reset que nos conduziria à total anarquia social e económica, terreno propício à ascensão de modelos totalitaristas que conhecemos, sem qualquer sucesso evidenciado, do outro lado de um muro que caiu em 1989.

A esquerda que sai à rua a exigir o colapso da economia e da sociedade portuguesa, rejeita o aumento de impostos e ao mesmo tempo a redução da despesa: no fundo, o impossível. Qual a alternativa? Sacudir a troyca e declarar a falência, pois sem a mesma, ficaríamos com autonomia financeira para um limite de 1 ou 2 meses de pagamento de salários e de pensões do Estado. O que move pois esta gente que pretende deliberadamente rebentar com o presente e com o futuro do país e comprometer todas as gerações seguintes? Não é difícil adivinhar …

Na verdade, o modelo de facilitismo consumista que fez crescer (ainda que de forma insignificante) a economia nacional ao longo dos últimos 15 anos de governação socialista, sustentado pelo assédio bancário para recurso ao crédito barato, afetou uma significativa franja da sociedade portuguesa, com especial incidência nas classes sociais menos favorecidas e nas classes média e média-baixa, que se veem agora em dificuldades para cumprirem as suas obrigações contraídas no âmbito do crédito ao consumo, mais ainda quando diminui a cada dia o rendimento disponível, por via das medidas de política que forçam a poupança ou a limitação do consumo das famílias. 

Mas, compreender as motivações, não significa desculpar os comportamentos, pelos que será impossível aceitar o branqueamento da responsabilidade dos consumidores excessivos de bens supérfluos e de crédito bancário, em parte responsável pela crise em que estamos, como se a mesma nunca tivesse existido e se possa retomar o caminho interrompido, no mesmo nível que tal aconteceu. Tal falsidade e demagogia é uma perfeita ilusão, correspondente a uma alegada possibilidade de perdão da dívida, que (mesmo a ser possível) nunca beneficiaria a sociedade no seu todo, nem o futuro dos nossos filhos, mas apenas os próprios protagonistas e, mesmo assim, de forma apenas fugaz, pois retomariam de forma imediata a espiral de irresponsabilidade que nos trouxe até aqui.


O nivelamento da sociedade portuguesa não pode fazer-se por baixo, pela mediocridade e pelo empobrecimento que alimenta certas ideologias totalitaristas, mas antes pela ambição de elevação dos níveis de exigência e pelo upgrade económico, social e político, a bem dos nossos filhos.

2013-10-26

Os 3 Embustes do regresso de Sócrates - por José Gomes Ferreira

AUTÁRQUICAS 2013 E ORÇAMENTO DE ESTADO PARA 2014: PREVISÍVEL E QUASE INEVITÁVEL, RESPETIVAMENTE

Os resultados das recentes eleições autárquicas no Alentejo resultaram num previsível recuo do PS em vários concelhos, em benefício da CDU. Recorde-se a campanha eleitoral autárquica de 2009, a seguir à ilusória campanha legislativa pouco mais de um mês antes, durante a qual os portugueses rejeitaram o assustador realismo do discurso de Manuela Ferreira Leite, em troca da ilusória demagogia de Sócrates, com efeito arrastador nas eleições autárquicas, a favor do PS. O resultado da governação nacional do PS viu-se 2 anos depois e o da governação local, em 2013. Previsível.

Muitos alentejanos deixaram-se arrastar pela onda socialista rosa florida, em plena crise, estafadora de um discurso irrealista e fantasioso que prometia o impossível céu na terra, bem mais sedutor do que a prudência da CDU, instalada em vários municípios que acabou por perder. Em 2013, alguns deles foram recuperados pela CDU, diretamente ao PS, tal como aconteceu em Vila Viçosa, em Beja e, com um ciclo mais longo mas de igual resultado, em Évora.

Os 3 casos apontados têm em comum várias coisas que convém ter em atenção: a primeira é a da constatação da incompetência dos autarcas socialistas em executarem o mandato de esperançada mudança que os eleitores neles confiaram, tendo gerado uma enorme desilusão que conduziu os eleitores ao regresso à origem, de forma imediata ou mais dilatada, mas sem interregnos. É obra do PS, que não se pode queixar de nada mais do que falta de habilidade, de incompetência e de arrogância dos seus autarcas derrotados.

Já agora, convirá uma nota breve sobre os candidatos socialistas reformados que perderam a junta de freguesia da Senhora da Saúde e Bacelo, em Évora, que já consideravam deles, com excesso de confiança e evidente arrogância, à qual o eleitorado não foi alheio. Pior do que não ganhar uma CM a que somos candidatos, de forma desprendida, com programas sérios, realistas e sem pretensões de apropriação pessoal, imagino que seja perder uma junta de freguesia que já se considerava mobília do PS, ou talvez fosse este que considerasse os eleitos já como mobília. Certo é que os eleitores, nem sempre respeitados por alguns candidatos do PS eborense, mudaram a mobília e deixaram alguns …inhos sentadinhos durante algum tempo. É a vida… como diria o outro vosso conhecido.

Voltando atrás, um segundo fator a reter nas mudanças e reposições de gestão autárquica nos concelhos enunciados, parece decorrer de uma tendência comum: a mobilidade do eleitorado do PSD e de muitos dos seus militantes, num ou noutro sentido, mas nunca em benefício e antes sempre alheios às candidaturas do próprio PSD nesses concelhos.

Nesse eleitorado do PSD, para além dos simpatizantes, há também os militantes, com deveres de participação em prol do partido mas que, qual permanentes contestatários de todos os dirigentes locais, regionais e nacionais, primam por apoiar sempre todos os que sejam contra o PSD, em qualquer lugar e circunstância. Recusam integrar listas, recusam defender o governo do PSD quando este (por fugazes períodos governa, …), e contestam publicamente o OE para 2013, 2014,...

Se é incompreensível a posição de contestação da oposição (em especial do PS) ao OE para 2014, pior ainda é o desafio de aceitar a suposta bondade dos militantes do PSD que se querem arvorar em arautos de um suposto descontentamento interno, quando criticaram o OE2013 porque carregava brutalmente nos impostos, da mesma forma que criticam o OE2014 porque reduz substancialmente a despesa pública. Não se entendem (nem eles próprios), qual a alternativa.

Com ou sem acordo ortográfico, só há uma forma de dizer isto: o OE2014 é quase inevitável, em elevada medida, enquanto consequência da governação de um “estupor” e um “filho da mãe” socialista português, não alemão ou de outro partido ou país quaisquer. O mesmo que ganhou eleições com votos de simpatizantes e militantes do PSD, silenciosos durante os quase 7 anos da sua desastrosa governação, mesmo nos jornais onde hoje escrevem contra o governo atual, como se este governo que pretende resgatar o país, fosse pior que aquele que o afundou. Estranha gente …

Por isso é que estamos perante um OE de ajustamento e de austeridade. Por culpa de ambos.

Trata-se de um orçamento que evita a redução precipitada e o despedimento de funcionários do Estado, antes reduzindo um pouco do salário a todos com garantia de alguma equidade nos sacrifícios, o que parece ainda assim estranho a muitos sempre inconformados, quer se corte nas pensões, isenções fiscais, salários.

Aqueles que não entendem isto ou não o querem entender, principalmente dentro do PSD, apenas estarão a abrir as portas ao regresso branqueado dos que nos levaram à beira do abismo e ao próximo e inevitável passo, por ação dos mesmos, de bancarrota, saída do Euro e arrastamento para um irremediável default que pesará sobre os nossos filhos e do qual dificilmente os filhos deles recuperarão em condições de vida semelhantes às nossas. 

Resta saber as motivações de alguma desta gente (do próprio PSD, porque as da oposição externa já conhecemos): se por convicção social democrata, se por defesa dos interesses instalados, se por guerrilha interna, se por feitio de contestação permanente a tudo, a todos e a si próprios, se por falta de estatura, de estrutura, de estatuto,… 

2013-09-17

AUTÁRQUICAS: OS EBORENSES MERECIAM MAIS SERIEDADE DE ALGUNS CANDIDATOS


Como muitos eborenses, desconhecia que os candidatos do PS à Câmara Municipal de Évora, tudo farão para repor as Freguesias agora extintas, prometendo transformar a autarquia eborense num antro de contestação à governação de Portugal.
Recebi em casa o folheto sobre o compromisso do PS para “Defender as Freguesias do Bacelo e da Senhora da Saúde”, sem que tenha percebido quais as propostas concretas dos candidatos, reformados e repetentes, para a freguesia onde se propõem fazer melhor. Trata-se apenas de um manifesto contra o Governo, bem descarado e à boa maneira comunista, de contestação pública a partir das autarquias.
Fiquei a saber, pelo texto expresso, que tanto os candidatos do PS à CME como às respetivas Uniões de Freguesias, têm por única proposta repor as Freguesias extintas, quando um suposto futuro governo do PS revogar a legislação que as extinguiu.
Ora, o PS que vai gastar 92.000€ na campanha autárquica de Évora, provocatoriamente e indiferente à crise em que deixou o país e às dificuldades económicas dos portugueses e dos eborenses, bem que podia aproveitar os mesmos milhares de € para comunicar aos eborenses as suas propostas concretas para os órgãos autárquicos, em vez de fazer a demagogia do “vale tudo” para se manter agarrado ao poder na CME.
Desde logo, a questão de perceber a falta de seriedade dos candidatos do PS tanto à CME como às Freguesias, sabendo eles e nós que foi um governo do PS que conduziu Portugal à pré-falência e se viu obrigado a assinar com a Troika um compromisso de restrições e emendas, a troco de um programa de assistência financeira. Nesse compromisso, figura, ao que se sabe por erro de um ex-governante do PS, uma medida de agregação e de redução dos órgãos autárquicos, neste caso as freguesias. Como podem estes candidatos do PS em Évora virem prometer tamanho disparate, a não ser pela falta de propostas concretas, depois de nada terem feito de concretização das anteriores, ao longo de 12 anos?
Só isso justificará que os próprios candidatos do PS à CME também se comprometam com o mesmo disparate, conforme diz o texto do folheto, revelando verdadeiramente a massa de que são feitos, no concelho de Évora: demagogia.
Manter em pleno funcionamento as instalações das juntas agregadas e manter nos atuais locais os funcionários das Freguesias, surge igualmente de forma disparatada no texto do folheto do PS, como se outros, nomeadamente o Governo atual, alguma vez tivessem dado algum sinal em contrário de uma coisa obvia, natural e aceite logo na base da reforma do poder local feita pelo atual governo.
O que já não se pode aceitar, por falta de seriedade, é a proposta do PS de reforçar o quadro de pessoal das Freguesias, a começar pelo Bacelo, sabendo o PS que tal lhe está vedado por lei e, mais ainda, pela falência a que conduziu o município, nos últimos 12 anos, com reflexos financeiros na capacidade de ação das Freguesias.


Os eborenses mereciam mais seriedade e menos demagogia de alguns candidatos, que não se limitassem a dizer que vão fazer melhor, quando já vimos o mau desempenho das suas forças políticas na desgovernação de Portugal e a inércia e o marasmo no endividamento do concelho de Évora, durante os últimos 12 anos.

2013-08-27

Recuperar a formação profissional Agricola no Alentejo


POR UMA ESTRATÉGIA DE DINAMIZAÇÃO COMERCIAL DO CENTRO HISTÓRICO DE ÉVORA

As notícias sobre as dificuldades de exploração (até agora a 60%) do novo espaço comercial de Badajoz, permitem-me voltar à carga com a minha defesa desde há mais de uma década: nem aquele modelo, nem o fórum eborense (à moda do Montijo) com construção parada e que será mais um elefante branco da gestão socialista, são  adequados a Évora, cidade que tem um centro histórico classificado como património da humanidade pela UNESCO. 
O pior é que a CME, presidida pelo PS, teve a oportunidade de, por iniciativa do PSD, implementar a solução adequada, depois de ter prometido 5 centros comerciais a todos os possíveis e imaginários promotores de projetos comerciais durante as 3 campanhas eleitorais dos últimos 12 anos, resultando na perda de milhões de € dos mesmos, devido à ilusão criada pelo PS de Évora.
Foi em tempos solicitado pela CME, por iniciativa do PSD, a um Centro de Estudos associado a uma Universidade portuguesa, a elaboração do estudo de "Avaliação dos Impactos dos Centros Comerciais na cidade de Évora", com vista a ajuizar politicamente mas com algum fundamento técnico e científico, os pedidos de instalação dos 5 projetos de investimento comercial para Évora que entretanto lhe chegaram à mão.
A principal preocupação era a de perceber se seria possível sustentar, em Évora, tal quantidade de intenções de investimentos, com formatos e dimensões disparatadas logo à vista desarmada e, mais ainda, a de equacionar a melhor localização para os empreendimentos, à luz da necessidade harmonia com a valorização turística do comércio tradicional e genuíno (e não os chineses) em pleno Centro Histórico, de forma a dar escoamento aos produtos regionais associados a uma marca Évora e Alentejo, de cariz local e regional, porque Évora é a mais importante cidade do Alentejo.
Infelizmente, como em tudo o resto durante as últimas décadas, a inteligência não foi visível nos paços do município PS, embrulhado nas promessas/compromissos assumidos de forma leviana com os potenciais investidores durante a campanha eleitoral, os quais eram pura ilusão e, por isso, uma vigarice eleitoral.
O estudo elaborado sobre a viabilidade dos espaços comerciais em Évora, apontou uma proximidade ao Centro Histórico como a mais adequada para um (e apenas um) espaço comercial e de lazer a criar em Évora, promovendo dessa forma, por via da complementaridade, a revitalização do pequeno comércio daquela área e a requalificação urbana da Rua de Avis e Rua do Muro. 
E o que fez o PS na CME? Não aproveitou para negociar a deslocalização da intenção de investimento comercial da zona industrial de Almeirim, para o espaço que tinha ficado vago (por devolução de terreno da Universidade de Évora) entre as rotundas da Lagoa e de Avis, onde acabou por fazer aquela coisa hibrida das hortas urbanas com uma vergonhosa taxa de abandono e, antes insistiu em deixar continuar a construção do fórum comercial que sabia não seria viável nem servia os interesses de Évora, pela sua localização.

Criar um polo de animação comercial numa ponta do Centro Histórico e requalificar o Rossio (na outra ponta), continua a ser urgente para dinamizar todo um corredor que inclui as ruas da Lagoa, de Avis, da República, o Jardim das Canas, a Praça do Girado, o Mercado 1º de Maio. O PSD sempre o defendeu e… continuará a lutar por essa solução.

2013-08-19

O JUSTO ELOGIO E RECONHECIMENTO À COMPETÊNCIA GOVERNATIVA

O Ministro Poiares Maduro anunciou que o Governo português entregará brevemente à Comissão Europeia a proposta de estratégia para o desenvolvimento do país e das suas regiões, entre as quais o Alentejo, no horizonte 2020, ou seja o documento para o Quadro Estratégico Comum (QEC) que agora terá como balizas enquadradoras os objetivos do crescimento inteligente, sustentável e inclusivo.
 
Seria de bom-tom e bom senso, que toda a oposição elogiasse publicamente o resultado bem conseguido deste esforço do governo, pelo cumprimento dos prazos de preparação da estratégia de desenvolvimento do país, onde se pretende verter os fundos comunitários de apoio financeiro a receber entre 2014 e 2020, bem como pela condução interna da discussão, preparação, desenho, acerto, estabilização e construção das matrizes regionais dessa estratégia, partilhadas exaustivamente entre os agentes políticos, sociais, económicos e empresariais, culturais e voluntários, por iniciativa das CCDR’s, por comparação governo socialista e àquilo que se passou no anterior Quadro comunitário, designado QREN.
 
Diz o ministro Poiares Maduro que no segundo semestre de 2014 estaremos a receber esses fundos comunitários do próximo QEC. É obra! Basta pensar na carga burocrática de regulamentação que se segue à entrega da proposta portuguesa para contratualização do QEC.
 
E, pensar que com o primeiro governo de Sócrates, demorámos 2 anos a receber os primeiros fundos do atual QREN, ou, pior ainda, que quando o atual governo tomou posse, os processos concorrentes a certos programas regionais (como é o caso do INALENTEJO) eram de tal monta, por analisar, por decidir, por pagar, por executar, que a execução financeira do mesmo programa era de 22% em 2011, tendo num só ano duplicado essa taxa para 44% mas correndo mesmo assim o risco de não conseguir beneficiar de toda a verba financeira disponível devido ao tempo perdido na governação socialista.
 
Posto isto, resta-me desafiar os eleitores a avaliarem os sumptuosos gastos do PS de Évora num jornal de elevada qualidade para passar uma única mensagem: votar no PS para derrubar este governo. Não se compreende, pois poderíamos pedir também o voto no PSD para derrubar este executivo municipal que arruinou Évora, da cor do mesmo partido (PS) que levou Portugal à beira da bancarrota. Será esta a campanha que poderemos esperar do PS em Évora, a que se junta a utilização do PAEL para limpar a cidade e abrir um balcão isolado (não único), em vez de se pagar aos fornecedores locais a quem a CME deve há anos? Que os eleitores eborenses nos ajudem a construir um futuro melhor para os nossos filhos e que seja bem melhor que o encargo de dívidas irresponsáveis contraídas por incompetentes. 

2013-08-04

MUNICÍPIO DE ÉVORA: QUE PERFIL ESCOLHER NAS ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS?

Os eborenses serão em breve convocados a escolherem o próximo Presidente da CM de Évora, que iniciará um novo ciclo político, findos os 12 anos correspondentes a 3 mandatos consecutivos do PS como força política absoluta primeiro e maioritária depois, desde 2001. Essa será a primeira nota a reter: o pior que os eborenses poderão fazer, será absterem-se do exercício dos seus direitos, mas acima de tudo, dos seus deveres como eleitores decisores a quem cabe a escolha da qual não poderão mais tarde queixar-se apenas pela crítica, se não tiverem exercido no ato da eleição, a sua opção efetiva.

Ora, como as eleições são um momento especial que tende a iludir todo o resto dos mandatos, procurando as candidaturas dirigir a atenção dos eleitores para os fatos mais recentes, para os últimos 6 meses antes das eleições, importaria fazer um exercício “à priori” ou “ex-ante” sobre qual o perfil de candidatura que melhor servirá os interesses da autarquia eborense neste momento, em 2013 e tendo em vista o horizonte de um novo ciclo político até 2020, correspondente ciclo europeu do novo QEC (Quadro de Referência Estratégica no âmbito do ciclo europeu 2020).

Podemos começar por questionar se o melhor perfil de Presidente do Município será o da continuidade da gestão dos últimos 12 anos, empenhado nos descalabros e insucessos da gestão anterior, prometendo agora fazer melhor não se sabe bem o quê, porque, já se percebeu que a medida de certas candidaturas quanto à melhoria conseguida é muito parca e que facilmente se reduzirá a uma pedra de calçada agora desencaixada ou a algum balcão supostamente único num serviço municipal que não conseguiram por a funcionar melhor em benefício dos eborenses, ao longo de 12 largos anos.

O insucesso do PS na gestão da CM de Évora durante 12 anos deve-se apenas à sua incapacidade e incompetência para governar os destinos do concelho, por um lado e, por outro lado, a uma total incapacidade e incompetência na gestão da máquina que é a autarquia em si, a qual em nada funciona hoje melhor que há 12 anos atrás. O mínimo que os eborenses esperariam hoje, passados 12 de vacas gordas com 8 anos de governação socialista ao nível nacional, seriam a redução da dívida herdada e uma modernização substancial do funcionamento dos serviços municipais. Nada disso foi conseguido, nem no primeiro mandato, quando o PS teve maioria absoluta, nem nos seguintes e, mesmo aí, poderão os eborenses agradecer ao vereador do PSD as iniciativas que foram levadas a cabo, com ponderação, responsabilidade e controlo, a partir de 2005.

Esta é, por outro lado, uma fragilidade da candidatura da CDU à CME nestas eleições: o número de propostas ativas, ou de iniciativa que 3 vereadores da CDU apresentaram (ou não) nomeadamente durante os últimos 8 anos em que o PS perdeu a maioria absoluta e ficou representado na CM com os mesmos 3 vereadores que a CDU. As atas das reuniões da CME, disponíveis no site respetivo da web revelam apenas uma atitude da CDU ao longo dos últimos 8 anos: uma oposição de rejeição total contra o PS que governava e contra o PSD que apoiava quando achava oportuno e do interesse de Évora e dos eborenses.

A permanente, reiterada e sistemática atitude de rejeição e de oposição negativa e destrutiva da CDU durante tantos anos, acabou por ser corrosiva até internamente, ao ponto de este força política deixar de funcionar de forma coerente e como alternativa, antes dando origem a uma candidatura de alguém de fora do concelho, já reformado e impedido de se candidatar a outro concelho, da linha mais ortodoxa do PCP e bem diferente em termos de perfil do ex-presidente Abílio. Será este o perfil desejado para presidir e gerir um novo ciclo de futuro para o concelho de Évora?

Em qualquer dos casos de escolha dos eborenses, pelas candidaturas do PS ou da CDU, poderão contar com presidentes de CM que apenas desculparão a dívida acumulada por má gestão própria, vociferando contra o governo que não resolve os problemas que o PS criou e agravou em Évora, ou então, manifestações de rua permanentes e uso e abuso dos autocarros da autarquia para transporte dos funcionários sindicalizados em direção às manifestações da CGTP em Lisboa, caso fosse a CDU a força vencedora nas próximas eleições autárquicas.

Restam assim, as candidaturas protagonizadas por independentes associados a forças políticas, suficientemente desprendidos das estruturas partidárias e que lhes permitam por um lado, algumas ruturas controladas com o passado dos últimos 12 anos em Évora e, que alarguem por outro lado o leque de abrangência para além das sedes dos partidos, que se sintam suficientemente à vontade para poderem criticar e exigir perante os governos (sejam do PSD ou do PS) o cumprimento das promessas que fazem em campanha e que são determinantes para a vida do concelho e do Alentejo, como seja a construção do Hospital Regional em Évora, que foi orçamentado pelo PSD em 2005 e abandonado pelo PS a meio do mesmo ano aquando das eleições legislativas seguintes.


O pior que poderia acontecer a Évora e ao futuro dos eborenses, seria que todos os que criticaram tão severamente ao longo dos últimos 30 anos a subserviência da gestão municipal à influencia da Rua de Avis ou da Travessa da Alegria, não valorizem o que nisso, poderá ser diferente nestas eleições por parte de outras candidaturas, bem mais promissoras.

2013-04-07

Noticias ao Minuto - "Governo não tem condições para tirar País da alhada em que está"

Noticias ao Minuto - "Governo não tem condições para tirar País da alhada em que está"

Pois, mas esta espécie e bem mediocre amostra de politico, acha que tem condições para tirar o país do atoleiro em que os governos socialistas nos colocaram, perante o silencio deste senhor, durante 15 anos sentado na última fila da bancada par(a)lamentar do PS, na AR.

Irra, que não há paciência para estes tipos de demagogos do Partido Socialista .... São todos iguais!

2013-03-28

PAULO JALECO É O CANDIDATO DO PSD À CÂMARA MUNICIPAL DE ÉVORA


O Cirurgião Paulo Jaleco é o candidato do PSD à Câmara Municipal de Évora. O candidato independente, já integrou em 2009 a lista à Câmara de Évora pelo PSD, sendo agora o cabeça de lista de um projeto político que pretende abrangente e ganhador. 


Natural de Lisboa, o cirurgião de 50 anos reside em Évora desde os 5. Licenciado em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas de Lisboa, é Assistente Hospitalar de Cirurgia Geral no Hospital do Espírito Santo de Évora, tendo exercido, no período de 2002 a 2004 o cargo de Diretor Clínico do Hospital de São Paulo, em Serpa.


Entre 1997 e 2005, Paulo Jaleco foi eleito Presidente da Assembleia de Freguesia de Juromenha, tendo mais tarde sido eleito para a Assembleia Municipal de Alandroal, cargo que ocupou entre 2005 e 2009.


Desde muito jovem ligado ao fenómeno desportivo, foi atleta nas modalidades de Rugby, Futebol e Andebol, tendo também pertencido ao Grupo de Forcados Amadores de Évora. Para além da prática desportiva, Paulo Jaleco tem sido um dos principais impulsionadores de diversos clubes de Évora, tendo sido Fundador e 1.º Presidente do Clube de Rugby de Évora. Em 1997, fundou o Clube de Rugby de Juromenha, mantendo-se desde essa data como Presidente da Direção.


Entre 2002 e 2003 foi Presidente da Direção do Juventude Sport Clube, mantendo-se ainda ligado ao emblema eborense como Vice – Presidente da Assembleia Geral. Paulo Jaleco mantém-se também ligado ao Andebol, desempenhando funções de Presidente da Assembleia Geral do Évora Andebol Clube desde 2008.


Enquanto Médico, tem colaborado com diversos clubes do distrito de Évora, em várias modalidades. Destacam-se ainda as suas participações como Médico da Volta a Portugal em Bicicleta.



Para além da sua ligação ao desporto, Paulo Jaleco tem colaborado com diversas associações da sociedade civil, tendo sido Médico dos Bombeiros Voluntários de Évora e Vice-Presidente da Direção dos Bombeiros Voluntários de Alandroal.

2013-02-14

AS ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS SÃO O QUE SÃO E NÃO O QUE ALGUNS PRETENDEM QUE SEJAM




O antigo ministro socialista Augusto Santos Silva, ao afirmar recentemente que as eleições autárquicas deste ano vão ser a primeira oportunidade para os portugueses se exprimirem sobre a situação do país e a responsabilidade dos partidos, procurando induzir das mesma um significado nacional importante e um efeito sobre os atos eleitorais seguintes e, mais ainda, afirmando que tal demonstrará claramente que o PS é a única alternativa, legitimada pela ressuscitação do legado dos ciclos governativos socialistas de Guterres a Sócrates, vem colocar em devido texto e tempo a ideia socialista que poderemos esperar para o país, originando alguns pontos de reflexão a saber.

Desde logo o de que as eleições autárquicas servem exatamente para os portugueses se exprimirem sobre a situação de cada município onde residem, nomeadamente, no Alentejo, sobre os buracos nas ruas de algumas cidades, sobre a degradação da qualidade de vida em matéria cultural, sobre as falências dos estabelecimentos comerciais por falta de atratividade comercial, sobre a diminuição populacional por falta de atratividade territorial, sobre os parques industriais abandonados e não preenchidos, sobre a falta de espaços de desporto enquanto sobram os relvados sintéticos em aldeias sem jovens suficientes para constituir uma equipa de futebol, sobre a falência dos agentes culturais por desprezo local, sobre a ruinosa gestão dos clubes desportivos que permitiram que os políticos locais interferissem nos seus órgãos sociais, sobre … as piscinas a cada esquina e que encerram por falta de dinheiro para manutenção, sobre os pavilhões multiusos para uso anual (quando muito), sobre a falsidade e demagogia das (pelo menos) 100 medidas prometidas já em tempo de crise (na campanha eleitoral de 2009) para o primeiro ano de mandato…

O que estará em causa nas próximas eleições autárquicas é, no Alentejo, ajuizar sobre a atuação dos autarcas que, irresponsável e demagogicamente, aumentaram exponencialmente a dívida herdada, com menos obra que os seus antecessores, na senda dos seus mentores governantes nacionais a cujo clube Augusto Santos Silva pertence, que agora pretende reabilitar no PS e no país a herança do foragido Sócrates e passar uma esponja sobre a governação dos que conduziram o país à beira da bancarrota e cuja irresponsabilidade justifica os sacrifícios exigidos pelo atual governo aos portugueses.

Para aumentar a desilusão, basta observar como uma parte significativa de autarcas alentejanos do PS e da CDU pretendem aproveitar o descontentamento que as incontornáveis medidas do atual governo provocam (necessárias e decorrentes da irresponsabilidade da governação socialista que levou o pais à falência) para desagravarem as suas erradas opções de investimento, muitas vezes excessivo e desnecessário, em obras construídas sobre pressupostos e projeções económicas ou populacionais não consolidados nem justificados, com vista a delas retirar dividendos eleitorais, mais do que efeitos sobre o desenvolvimento dos territórios.   

Resta-nos esperar pelo desfecho das próximas eleições autárquicas e observar se o eleitorado alentejano será permeável a tal demagogia, em especial do PS, repetindo a vulnerabilidade da sedução pela votação ocorrida em 2009, com os resultados que se conhecem hoje, ao nível local, no Alentejo.

O corolário, agora e então, será o mesmo: a responsabilidade será sempre dos eleitores e, a maior ilusão que pode toldar a sua visão será a da suposta vingança e penalização local perante o governo nacional, pois isso em nada contribuirá para melhorar o nosso quotidiano, antes pelo contrário, ao escolher para a governação dos nossos concelhos aqueles que levaram o país ao lastimável estado em que se encontra.

É preciso aprender com os anteriores erros de escolha e corrigir os mesmos, evitando o regresso dos que prejudicaram a nossa vida de hoje e cujos efeitos se prolongarão pelas próximas gerações.

2013-01-12

Parque Expo paga premios ilegais

Parque Expo paga premios ilegais

A Inspecção-Geral de Finanças (IGF) acusa a Parque Expo de ter pago indevidamente aos seus administradores, durante 11 anos, gratificações mensais e regalias adicionais, em seguros de vida e de saúde, no valor de 1,56 milhões de euros.

2013-01-07

O PERIGOSO REGRESSO DA ESPIRAL DO FACILITISMO DE SIMPÁTICA COR

As declarações do Presidente da República relativas à espiral recessiva, desencadearam nas oposições internas e externas ao Governo, uma eufórica espiral de reparos e palpites que parecem caminhar no sentido da concordância com uma ideia que supostamente encontram inerente ao discurso do Presidente da República: a de que este não é o caminho certo, porque é doloroso e lento quanto a resultados.

 
Indiferentes ao fato de se verificarem sucessivos novos mínimos dos juros (a todos os prazos) da dívida pública portuguesa, em queda acentuada desde há alguns meses a esta parte, atingindo valores próximos dos 6%, quando os mesmos se situavam perto dos 20% há um ano atrás, os defensores da tese do outro caminho (que nunca enunciam nem concretizam) querem convencer-nos do maravilhoso mundo que nos espera depois da crise, a qual acham que é conjuntural e poderá ser resolvida com soluções imediatas como o investimento em obras públicas e em mais habitação, que trará aos portugueses o regresso facilitado ao trabalho aqui e no comércio, bem como ao enriquecimento que incentive o elevado consumo de automóveis e nos centros comerciais, a que assistimos nos últimos anos da governação e que nos conduziu à beira do precipício financeiro.

Não tenho a certeza de que seja pura ilusão, mas antes de pura demagogia dos defensores de tais teses do facilitismo. A crise é profunda e não conjuntural, antes estrutural, pelo que os seus efeitos, nomeadamente em matéria de destruição do emprego em setores como o comércio, a banca e a pequena indústria induzida pela construção civil, continuarão a produzir elevados níveis de desemprego durante vários anos, talvez mesmo décadas.

Um pouco por todo o mundo, o desenvolvimento e consolidação da economia do conhecimento torna menos relevante a componente humana da produtividade (a nova economia precisa de menos pessoas), em detrimento dos processos e do “software”. Ora, os esperados ganhos de produtividade e competitividade da economia portuguesa, que se espera possam fazer avançar a mesma no sentido do crescimento da riqueza produzida num futuro próximo e sobre o qual se deposita a esperança de saída da crise, com crescimento do emprego, serão sempre insuficientes para repor os níveis de emprego anteriores, decorrentes de um modelo de desenvolvimento económico esgotado que não nos conduziu a qualquer outra parte que não à situação difícil em que nos encontramos.

Dito de outra forma: se as coisas correrem bem para a economia portuguesa (crescimento substancial da produtividade e da riqueza produzida), o futuro que nos espera será o da manutenção de taxas elevadas de desemprego por algum tempo. Se as coisas correrem menos bem, teremos dias ainda mais difíceis. Uma recuperação sustentada da profunda crise em que estamos mergulhados, será por isso não só prolongada como dolorosa. Insistir num suposto caminho mais rápido e menos doloroso, é perder tempo, é aumentar ainda mais a dívida que deixaremos aos nossos filhos e é, acima de tudo, enganar as pessoas.

É um erro e uma desonestidade intelectual apontar a austeridade deste governo como a única causa para o aumento do desemprego em Portugal, durante o último ano. Pior ainda será iludir os portugueses com uma recuperação rápida do emprego e diminuição do desemprego através do aumento da despesa pública, do aumento do consumo privado, do crescimento do investimento privado interno ou do investimento direto estrangeiro.


O aumento do desemprego, sentido em Portugal com maior intensidade no último ano, não é conjuntural, pois os sinais já se faziam sentir desde 2004 e acentuaram-se em 2008, mas foram ignorados na prospetiva académica e nos discursos políticos, onde apenas se relevou durante as últimas 2 décadas uma prospetiva otimista quanto à expansão das atividades económicas e ao crescimento do emprego, aos empregos do futuro e às competências a produzir para esses empregos, nomeadamente a partir dos investimentos públicos, com efeitos pouco sustentados do ponto de vista do emprego e por isso geradores de parte do atual desemprego.

Contam-se pelos dedos, os académicos, políticos e decisores que, em Portugal, não embarcaram na espiral otimista quanto ao futuro da economia e do emprego que prevaleceu ao longo das últimas 2 décadas, distanciados das trajetórias de aproximação das economias mundial, europeia e portuguesa à crise financeira instalada em 2008. Ainda assim, muitos dos mesmos parecem apostados em não reconhecer o seu erro de raciocínio e teimam mesmo em repeti-lo, procurando além do mais arrastar outros pelo caminho que alimentaram antes e que nos conduziu ao ponto em que nos encontramos. Convenhamos que é demais.