As notícias sobre as dificuldades de exploração (até agora a 60%)
do novo espaço comercial de Badajoz, permitem-me voltar à carga com a minha
defesa desde há mais de uma década: nem aquele modelo, nem o fórum eborense (à
moda do Montijo) com construção parada e que será mais um elefante branco da
gestão socialista, são adequados a
Évora, cidade que tem um centro histórico classificado como património da
humanidade pela UNESCO.
O pior é que a CME, presidida pelo PS, teve a oportunidade de, por
iniciativa do PSD, implementar a solução adequada, depois de ter prometido 5
centros comerciais a todos os possíveis e imaginários promotores de projetos
comerciais durante as 3 campanhas eleitorais dos últimos 12 anos, resultando na
perda de milhões de € dos mesmos, devido à ilusão criada pelo PS de Évora.
Foi em tempos solicitado pela CME, por iniciativa do PSD, a um
Centro de Estudos associado a uma Universidade portuguesa, a elaboração do
estudo de "Avaliação
dos Impactos dos Centros Comerciais na cidade de Évora", com
vista a ajuizar politicamente mas com algum fundamento técnico e científico, os
pedidos de instalação dos 5 projetos de investimento comercial para Évora que
entretanto lhe chegaram à mão.
A principal preocupação era a de perceber se seria possível
sustentar, em Évora, tal quantidade de intenções de investimentos, com formatos
e dimensões disparatadas logo à vista desarmada e, mais ainda, a de equacionar a
melhor localização para os empreendimentos, à luz da necessidade harmonia com a
valorização turística do comércio tradicional e genuíno (e não os chineses) em
pleno Centro Histórico, de forma a dar escoamento aos produtos regionais
associados a uma marca Évora e Alentejo, de cariz local e regional, porque
Évora é a mais importante cidade do Alentejo.
Infelizmente, como em tudo o resto durante as últimas décadas, a
inteligência não foi visível nos paços do município PS, embrulhado nas
promessas/compromissos assumidos de forma leviana com os potenciais
investidores durante a campanha eleitoral, os quais eram pura ilusão e, por
isso, uma vigarice eleitoral.
O estudo elaborado sobre a viabilidade dos espaços comerciais em
Évora, apontou uma proximidade ao Centro Histórico como a mais adequada
para um (e apenas um) espaço comercial e de lazer a criar em Évora, promovendo
dessa forma, por via da complementaridade, a revitalização do pequeno
comércio daquela área e a requalificação urbana da Rua de Avis e Rua
do Muro.
E o que fez o PS na CME? Não aproveitou para negociar a deslocalização
da intenção de investimento comercial da zona industrial de Almeirim, para o
espaço que tinha ficado vago (por devolução de terreno da Universidade de
Évora) entre as rotundas da Lagoa e de Avis, onde acabou por fazer aquela coisa
hibrida das hortas urbanas com uma vergonhosa taxa de abandono e, antes
insistiu em deixar continuar a construção do fórum comercial que sabia não
seria viável nem servia os interesses de Évora, pela sua localização.
Criar um polo de animação comercial numa ponta do Centro
Histórico e requalificar o Rossio (na outra ponta), continua a ser urgente para
dinamizar todo um corredor que inclui as ruas da Lagoa, de Avis, da República, o
Jardim das Canas, a Praça do Girado, o Mercado 1º de Maio. O PSD sempre o
defendeu e… continuará a lutar por essa solução.
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