2011-11-27

CENTRO HISTÓRICO DE ÉVORA: 25 ANOS DE PATRIMÓNIO MUNDIAL DA HUMANIDADE

Decorridos 25 anos da classificação do Centro histórico de Évora como Património Mundial da Humanidade pela UNESCO, o PSD de Évora e os seus eleitos aos órgãos autárquicos de Évora associam-se a todos os Eborenses na comemoração desta data tão importante para o concelho de Évora, para o Alentejo e para Portugal.

Porém, mais do que comemorar, julgamos que é altura de fazer um balanço sobre o passado e reflectir sobre o futuro.

Herdámos do passado um património arquitectónico único: edifícios e ruas com história tornaram possível a elevação do Centro Histórico ao estatuto de Património Mundial da Humanidade. Residentes, comerciantes, turistas, agentes sociais, culturais e demais instituições construíram um quotidiano, dinamizando-o e preservando-o. Consciente desta realidade, o poder político de então empenhou-se na obtenção deste estatuto, colocando Évora nos principais roteiros turísticos culturais do país, da Europa e mesmo do mundo.

Passada a euforia inicial, por insondáveis razões, os sucessivos executivos municipais da CDU e do PS revelaram-se incapazes de empreender políticas e estratégias de valorização do património. Opções urbanísticas erradas com efeitos negativos na atracção e fixação da população, são algumas das marcas que podem comprometer o estatuto que o Centro Histórico de Évora conseguiu e que permitiu alavancar a economia local e o emprego em torno do sector turístico e do comércio, hoje ameaçados por ausência de medidas estruturais de revitalização do Centro Histórico de Évora.

Desde 2001 que o PSD e os seus eleitos aos órgãos autárquicos do concelho de Évora têm reiterado a sua profunda preocupação sobre o CH de Évora.

Entende o PSD que é indispensável desenvolver uma política autárquica integrada de revitalização e valorização material dos equipamentos inseridos no Centro Histórico acompanhada pelo apoio aos agentes culturais que deveriam animar com maior intensidade o seu quotidiano. 

É urgente estancar e inverter a tendência de abandono comercial e despovoamento do CH de Évora que resulta da inércia autárquica, através de políticas activas que gerem condições de atracção e fixação de população, reforçando, ao mesmo tempo, a criação de novos pólos de atracção para o turismo e para a fruição do espaço público com distinta qualidade de vida para os eborenses e visitantes.

O Centro Histórico de Évora é um território marcado pelos esforços que urge desenvolver por todos os Eborenses, nomeadamente pelos seus agentes sociais, empresariais e culturais e pelos órgãos autárquicos e, é com todos os Eborenses que é necessário contar empenhadamente para a sua (re)valorização.

Não basta herdar o passado, é necessário empreender o futuro…

Évora, Novembro de 2011
O Vereador do PSD na Câmara Municipal de Évora
O Grupo Municipal do PSD na Assembleia Municipal de Évora e
Autarcas eleitos às Assembleias de Freguesia do Concelho de Évora
A Comissão Política Concelhia de Évora do PSD

2011-11-25

GREVE GERAL: A IDEIA É EVITAR SALVAR O PAÍS E SEGUIR O CAMINHO DA GRÉCIA?

Nunca ao longo da minha vida profissional alinhei em qualquer greve, geral, parcial ou sectorial, por considerar que a participação política dos cidadãos se exige a montante, com maior regularidade e não apenas face a situações consumadas e por vezes já irreversíveis. Por isso enveredei por outro tipo de participação cívica e política, mais activa no quotidiano da nossa sociedade.

É nesse contexto de acção que acompanhei ao longo dos últimos 15 anos, num primeiro bloco de 6 anos da governação socialista liderada por Guterres e num segundo bloco igualmente extenso liderada por Sócrates, as denúncias e os alertas de economistas que iam abandonando tais governos, por considerarem que o caminho certo não poderia ser aquele e que o mesmo acarretaria, mais cedo ou mais tarde, consequências bem gravosas para as nossas vidas. Recordo Daniel Bessa, Augusto Mateus e Campos e Cunha, entre outros.
Acompanhei igualmente e secundei muitos dos alertas desesperados de Medina Carreira, considerado um pessimista porque via, responsável e desinteressadamente, bem mais longe que a ponta do seu nariz, o desastre que se anunciava como inevitável. Foram poucos os que acompanharam tais preocupações e despertaram para elas, acomodados e indiferentes a uma autofagia despesista irresponsavelmente alimentada pela governação socialista.
Também não vi tais preocupações e antecipações serem acompanhadas pelos assinantes de um manifesto que pede agora um novo rumo, quando Portugal está no buraco, mas que nunca antes o fizeram, para que a governação socialista evitasse conduzir Portugal para o mesmo. Antes barafustaram e condenaram o controlo do défice e a travagem da fúria despesista que Manuel Ferreira Leite procurou levar a cabo na intermédia e curta governação não socialista.

Ouvir Mário Soares (cujos direitos adquiridos se traduzem num interminável caudal de apoios públicos à sua faustosa actividade de reformado) atentar contra a austeridade em curso, decorrente de um pedido de resgate financeiro ao exterior originado pela desgovernação socialista e pedir outro rumo porque Portugal corre o risco de dar uma grande cabeçada (coisa que ele parece desconhecer já ter acontecido), ou assistir às críticas do PS ao OE2012, partido que ameaça deitar por terra o apoio ao memorando de entendimento com a Troika, é de perder a paciência para com os socialistas portugueses.

Parece ser aliás essa a reacção dos portugueses, a avaliar pelas sondagens publicadas no mesmo dia da greve geral (aumento da base eleitoral dos partidos do governo e da popularidade do Primeiro Ministro), compreendendo que não há outro caminho a percorrer para sairmos desta desesperada situação e que o mesmo está a ser construído com responsabilidade e determinação, cumprindo Portugal os objectivos acordados com a Troika, tal como revelou publicamente a missão de acompanhamento da mesma na sequência da recente segunda avaliação.


O PS e os seus ex-governantes agora deputados, pelos vistos, parecem não compreender nada disto, antes anunciando que compreendem sim a greve geral. Continuam no entanto a negar que tenham alguma responsabilidade na situação, como se tivessem abandonado o governo há uma eternidade e como se ainda houvesse financiamento externo para alimentar outro caminho, irresponsável e despesista, como aquele que eles percorreram e que nos trouxe até aqui. Tal só vem dar razão à teoria diversas vezes avançada de que os incompetentes não conseguem corrigir ou melhorar o seu medíocre desempenho porque não têm competência para reconhecer a sua própria incompetência.



Se o PS enveredar por seguir o PCP e do BE na alimentação da contestação social contra as medidas por ele próprio também assinou com a Troika, apenas contribuirá fortemente para arrastar Portugal para uma situação de perigosa ingovernabilidade que, tal como na Grécia, já demonstrou ser a principal responsável pela espiral de insucesso das medidas aplicadas para recuperar o país. Os portugueses ajuizarão a seu tempo, se tal acontecer.

2011-11-17

PSD DEFENDE A ESPECIFICIDADE DE ÉVORA NA REFORMA ADMINISTRATIVA


O PSD de Évora congratula-se com a preocupação do Governo em atender à especificidade do Alentejo na corajosa Reforma Administrativa do Poder Local que reforce o municipalismo e promova a coesão e a competitividade do território, através de uma reforma de gestão, uma reforma de território e uma reforma política do poder local. 

O choque reformista em curso, decorrente do acordo assinado com a Troika pelos partidos do Governo e pelo PS, assentando na proximidade aos cidadãos e orientando-se para a melhoria da prestação do serviço público, procurando aumentar a eficiência e reduzindo custos, não deixará de considerar as especificidades locais, nomeadamente as do distrito de Évora e as do concelho de Évora. 

Para além da racionalização do Sector Empresarial Local, da revisão do modelo de Gestão Municipal, Intermunicipal e do Financiamento autárquico, ou do desenho de uma Nova Democracia Local, a nova Organização do Território afectará particularmente os concelhos do interior de Portugal, reduzindo e aglomerando o número de Freguesias para lhes conferir maior dimensão e escala.

No concelho de Évora, marcado por fracos níveis de densidades populacional e económica, urge a promoção do debate local entre todos os autarcas e os agentes e actores locais da sociedade civil, no sentido de afinar um mosaico de freguesias que assegure a especificidade de um território urbano que alberga um Centro Histórico classificado como Património Mundial, pela UNESCO, desde há 25 anos.

Ao contrário do PS e da CDU, os quais, sem proporem alternativas, apostam apenas na agitação das populações para que nada se faça e se abandonem os compromissos assumidos perante a Troika nesta matéria, o PSD de Évora pretende ouvir os agentes locais e as pessoas, debater a reforma em curso e apresentar propostas concretas que salvaguardem a identidade cultural e económica do Centro Histórico de Évora face ao restante tecido urbano, sem esquecer a identidade, a gestão do território e a proximidade funcional às populações na espaço rural, mantendo a Freguesia como espaço reconhecível pela comunidade de cidadãos.

Todos concordaremos na necessidade de adaptar as autarquias locais às novas realidades económica, financeira e social dos dias de hoje, pelo que importa agora que todos sejamos capazes de ponderar e discutir as soluções, sem recurso a lógicas destrutivas ou de interesses eleitoralistas.

Acima de tudo, o nosso País, o nosso Distrito e o nosso Concelho...

Évora, Novembro de 2011
A Comissão Política Concelhia de Évora do PSD