2016-03-24

NOTA DE RECONHECIMENTO PÚBLICO AOS DIRIGENTES DO IEFP NO ALENTEJO

Após a substituição das chefias de topo, no início do corrente ano, o governo socialista substituiu agora mais de um terço dos dirigentes intermédios do IEFP.

No Alentejo, foram substituídas 17 chefias, com nomeação de novos dirigentes em regime de substituição, com os mesmos argumentos e justificações, expressas publicamente, de salvaguarda da estabilidade necessária ao funcionamento do Serviço Público de Emprego e ajustamento a um perfil traçado que assenta na competência e no conhecimento do próprio organismo. Acrescenta-se ainda a necessidade de imprimir uma nova dinâmica à prossecução das prioridades nas políticas de combate ao desemprego jovem e ao desemprego de longa duração, nomeadamente a promoção do emprego e o combate à precariedade, tornando-se necessário implementar um novo ritmo na gestão dos recursos humanos, garantindo-se não estar em causa uma avaliação de desempenho pessoal dos substituídos.

Desejando o maior sucesso aos novos dirigentes, a bem do Serviço Público de Emprego e dos utentes que o mesmo serve, aproveito a oportunidade para, relativamente à equipa de 33 dirigentes do IEFP no Alentejo com que trabalhei, alguns deles agora substituídos, registar uma nota pública de testemunho e reconhecimento pessoal pelo seu desempenho enquanto dirigentes, num período de grande exigência de esforços, para enfrentar as dificuldades com que se debateu o mercado de trabalho nacional e regional, em resultado da crise económica e financeira que assolou Portugal a partir de 2008.

Perante uma intensa pressão do exterior marcada por situações pessoais e empresariais desesperantes e um crescimento do desemprego que parecia imparável até meados de 2013, a prestação das unidades locais do Serviço Público de Emprego atingiu, no Alentejo, alguns dos mais elevados níveis de desempenho na execução das políticas ativas de emprego, especialmente em 2014 e 2015, de que me recordo assistir no serviço público onde trabalho há quase 30 anos.

O empenho da equipa dirigente e a motivação incutida pelos mesmos aos seus colaboradores, em cada unidade orgânica do IEFP no Alentejo, foi determinante na inspiração de uma organização que atingiu valores tão elevados de desempenho, em quantidade e em qualidade.

Para mim, foi um privilégio ter acompanhado de perto e participadamente o dia-a-dia duma equipa de dirigentes que se revelou tão digna e responsável na prestação do serviço público a tão elevado nível de qualidade como o fez o IEFP no Alentejo, assegurando elevado grau de satisfação e de confiança dos que dele precisam e garantem a sua existência enquanto contribuintes.

Bem hajam.

2016-03-14

A NOVELA DO NOVO HOSPITAL REGIONAL DE ÉVORA

A intenção de construção do novo Hospital Regional de Évora, orçamentada no ano de 2005 durante o demitido governo de Santana Lopes, foi abandonada no mesmo ano quando o governo do PS, liderado por Socrates, tomou posse.

Em 2015, a sua construção figurava no programa eleitoral da PAF como uma prioridade, condicionada à conjugação das suas condições de sustentação financeira, atendendo a que se considerava estarmos a sair paulatinamente de uma crise, mas, tal não foi assim entendido pelo PS que fez da mesma construção uma promessa, demagógica e irresponsável apenas com fins eleitoralistas, sem qualquer acautelamento das condições objetivas de financiamento da obra.
O Governo da PAF não falou da construção do Hospital Regional de Évora durante o seu mandato de 2011 a 2015 porque, como o pouco dinheiro de que o país dispunha não chegava para todas as legítimas prioridades das populações, havia que fazer opções, nomeadamente em torno das mais emergentes medidas que evitassem a falência à beira da qual o PS deixou o país com a anterior governação de Sócrates.

Mas, é bem aceite pelo PSD de Évora que hoje em dia, perante um governo que apregoa ter erradicado a austeridade, o Hospital Regional de Évora volte a ser prioridade, já que a mesma se justifica face a tantas outras futilidades apregoadas num contexto em que se anuncia haver dinheiro a rodos para tudo e mais alguma coisa, desde as viagens à borla dos familiares dos funcionários da CP e da Carris a tantas outras indescritíveis irresponsabilidades.

Ainda assim, continuamos sem compreender que o PS proponha na Assembleia da República a recomendação ao governo para a construção do dito hospital e a mesma não surja inscrita no OE2016, nem que o ministro da saúde, quando questionado sobre a matéria pelo deputado do PSD por Évora, admita não haver data prevista para o início da construção, não haver fontes de financiamento identificadas (nomeadamente comunitárias), não haver disponibilidade financeira do Estado para o financiamento direto, deixando apenas a certeza de que a dotação orçamental do Ministério da Saúde sofrerá uma forte quebra neste OE2016.

Adivinhamos por isso que a promessa de construção do novo Hospital Regional de Évora volte a figurar no programa eleitoral do PS nas próximas eleições legislativas defendida e apregoada pela enésima vez pelos candidatos regionais que agora juram a pés juntos que desta é que é.

Enfim, mais um embuste político regional a que o PS já nos habituou, aqui e no país. É a vida, sendo que não é pelo que se diz mas sim pelas atitudes que se determina o valor e a credibilidade de cada um.  

2016-03-11

LOUVÁVEL E OPORTUNA INICIATIVA DA JSD ÉVORA


A Juventude Social Democrata de Évora repetiu as jornadas distritais já antes ensaiadas com sucesso, dedicando as do passado fim de semana a “Construir o Alentejo: património de futuro”, um tema que me parece bem oportuno e de elevado interesse para a reflexão sobre o futuro de uma região cada vez mais envelhecida na base da pirâmide etária e, por isso, mais desertificada.

Para além do papel do poder local na fixação dos jovens, foi o empreendedorismo e a inovação que estiveram em destaque nos trabalhos das jornadas, procurando estimular abordagens inovadoras à geração de iniciativa empresarial e à criação de emprego, o que se afigura bastante pertinente, numa altura em que várias forças políticas procuram incutir na sociedade portuguesa uma regressão à predominância do Estado enquanto gerador de oportunidades, em desprimor da iniciativa privada, nomeadamente da iniciativa individual.

Perante um generalizado crescimento tendencial do desemprego jovem (ainda que qualificado) em consequência da revolução digital e dos seus impactos na matriz económica, do abrandamento do crescimento económico e da sua capacidade de gerar novos empregos, da desregulação dos mercados de trabalho e da emergência de novos modelos e relações de trabalho, para além do défice de qualificações que persiste em resultado do desajustamento na produção de competências, importa olhar para o futuro do trabalho com alguma inovação e iniciativa, que estimule a criatividade individual dos jovens na abordagem, necessariamente diferente, ao mesmo.

Mais do que o lamento da inexistência de empregos ajustados às aspirações dos jovens, à porta do mesmos, ou na sua região de nascimento, ganha relevo a reflexão sobre qual o seu papel, ao nível individual, na procura das competências necessárias a um mercado de trabalho que é hoje global, o qual implica com elevada probabilidade, deslocações, estadias e experiencias profissionais várias, noutras partes do país, da Europa e mesmo do mundo.

Por isso importa estar atento às competências formais e não formais (de índole individual e particular) que são valorizadas cada vez mais num contexto de globalização e de multiculturalidade onde a predisposição para a mobilidade geográfica e profissional são determinantes e incontornáveis atualmente, em que a responsabilidade individual é cada vez maior na gestão do próprio cv e das oportunidades de aprendizagem ao longo da vida, de modo a manter a condição de empregabilidade em permanência.

Perante um mundo cada vez menos mediatizado nas relações de trabalho, o qual tenderá a ser cada vez mais autónomo, isolado e individual, levar os jovens a tomarem consciência do aumento da importância de uma atitude empreendedora na diferenciação e na revelação do seu talento, bem como da necessidade de abordagens inovadoras aos problemas crescentemente complexos com que se depararão no futuro, só pode ser de louvar.

É por isso merecido o reconhecimento à equipa liderada pela Ângela Caeiro pela iniciativa que se deseja ver repetida regularmente nos próximos anos.

2016-03-04

PRONTO PARA AS RESPONSABILIDADES QUE O PAÍS EXIGIR


Na semana da sua reeleição como Presidente do PSD, Pedro Passos Coelho revelou a sua determinação em, tal como ao longo dos últimos 4 anos, não virar as costas às responsabilidades que o país lhe possa vir a exigir a curto ou médio prazos e retomar as reformas entretanto interrompidas.

O caráter reformista da sua governação, nomeadamente no que toca à coragem de enfrentar e pensar a fundo os problemas com que o país se deparava em 2011 e enveredar pelas soluções necessárias e adequadas, indiferente à tentação demagógica a que a governação sempre apela, constitui marca indelével da governação da PAF, num dos períodos económica e financeiramente mais difíceis por que Portugal passou no atual democrático.

Os quase 37% de eleitores que reconheceram e valorizaram nas eleições legislativas de 2015 o projeto reformista da PAF, por oposição ao projeto radicalista da coligação de interesses atualmente instalada na governação e no parlamento, podem assim continuar a acreditar que existem vontades e capacidades latentes para a resolução séria e com profundidade dos problemas estruturais que continuam, agora mais que antes, a pressionar a sociedade e os recursos do Estado, como sejam a demografia e a sustentabilidade da segurança social.

Olhar com profundidade para esses desafios e atuar na sua origem, ao invés do seu adiamento para contentar os eleitores no imediato, exigirá, mais cedo ou mais tarde, o retomar do caminho das reformas estruturais que sustente um crescimento económico suficiente ao processo de geração de emprego e absorção do desemprego, por via, entre outras, da atratividade do investimento estrangeiro, caminho que se inverteu no atual ciclo governativo.

O projeto reformista do PSD para voltar a levar Portugal para a frente, que vinha sendo trilhado de forma prudente e sustentada, continua pois atual e, mais que necessário, verdadeiramente premente, face aos variadíssimos sinais de risco apontados ao cumprimento das metas e medidas do OE para 2016, os quais poderão atirar o país para uma crise económica e financeira de um momento para o outro, ao longo do corrente ano.

Ora, num eventual (embora provável, esperamos que não concretizável) cenário de emergência económica e financeira e, consequente crise política, que muitos analistas, organismos internacionais e instituições reguladoras não descartam, a demonstração de vitalidade do PSD e do seu caráter reformista, preparado para assumir responsabilidades governativas, será sem dúvida uma garantia de credibilidade do país no quadro internacional. É essa a principal fonte da importância da (re)candidatura de Pedro Passos Coelho à presidência do PSD.