Em
2015, a sua construção figurava no programa eleitoral da PAF como uma
prioridade, condicionada à conjugação das suas condições de sustentação
financeira, atendendo a que se considerava estarmos a sair paulatinamente de
uma crise, mas, tal não foi assim entendido pelo PS que fez da mesma construção
uma promessa, demagógica e irresponsável apenas com fins eleitoralistas, sem
qualquer acautelamento das condições objetivas de financiamento da obra.
O
Governo da PAF não falou da construção do Hospital Regional de Évora durante o
seu mandato de 2011 a 2015 porque, como o pouco dinheiro de que o país dispunha
não chegava para todas as legítimas prioridades das populações, havia que fazer
opções, nomeadamente em torno das mais emergentes medidas que evitassem a
falência à beira da qual o PS deixou o país com a anterior governação de
Sócrates.
Mas, é bem aceite pelo PSD de Évora que hoje em dia, perante um governo que apregoa ter erradicado a austeridade, o Hospital Regional de Évora volte a ser prioridade, já que a mesma se justifica face a tantas outras futilidades apregoadas num contexto em que se anuncia haver dinheiro a rodos para tudo e mais alguma coisa, desde as viagens à borla dos familiares dos funcionários da CP e da Carris a tantas outras indescritíveis irresponsabilidades.
Ainda assim, continuamos sem compreender que o PS proponha na Assembleia da República a recomendação ao governo para a construção do dito hospital e a mesma não surja inscrita no OE2016, nem que o ministro da saúde, quando questionado sobre a matéria pelo deputado do PSD por Évora, admita não haver data prevista para o início da construção, não haver fontes de financiamento identificadas (nomeadamente comunitárias), não haver disponibilidade financeira do Estado para o financiamento direto, deixando apenas a certeza de que a dotação orçamental do Ministério da Saúde sofrerá uma forte quebra neste OE2016.
Adivinhamos por isso que a promessa de construção do novo Hospital Regional de Évora volte a figurar no programa eleitoral do PS nas próximas eleições legislativas defendida e apregoada pela enésima vez pelos candidatos regionais que agora juram a pés juntos que desta é que é.
Enfim, mais um embuste político regional a que o PS já nos habituou, aqui e no país. É a vida, sendo que não é pelo que se diz mas sim pelas atitudes que se determina o valor e a credibilidade de cada um.
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