


As razões da minha contestação de então, à incompetência de quem dirige o agrupamento de escolas que inclui a escola do Rossio, que enviou para casa dos pais as famosas 14 regaras para os pais (não)respeitarem, mantém-se, reforçadas agora pelo facto de, a troco de aumentar a entrada de alunos do 1º ano do 1º ciclo na referida escola Básica do Rossio, pretenderem transferir os alunos do 4º ano (e talvez mesmo do 3º) para uma escola EB2+3 sem o mínimo de condições para o seu acolhimento (André de Resende), com a conivência da Cãmara Municipal de Évora que, nesta matéria, se tem revelado de uma inacreditável inércia, totalmente subjugada aos devaneios dos nomeados dirigentes regionais do Ministério da Educação que tanto percebem disso, como da miserável política que fazem.
Uns e outros, têm em comum a cegueira na aplicação das directrizes de redução de custos oriundas dos centros de decisão superiores, sem preocupação com que tal afecte os cidadãos a quem deveriam responder e servir.
Se no que concerne ao Minitério da Educação a margem de manobra é pequena (apesar da autonomia que têm os gestores dos agrupamentos para cometer discricionaridades destas), no que toca à Câmara Municipal, considero que deveriam reflectir um pouco mais sobre a situação, antes que fiquem com o menino no colo e, pode ser um bebé bastante chorão.
Voltando ao tema inicial, nomeadamente ao facto de nenhum dos mediáticos professores do ensino secundário de Évora (do PS e do PSD) vir a público defender o ataque que os seus colegas de outras paragens estão a sofrer, injustamente, quando se dignaram atacar-me por uma opinião que não tinha qualquer impacto real e efectivo sobre a vida e carreira de qualquer professor, só posso atribuir isso a alguma distracção e anomia social e política, o que é de lamentar, face a tal gravidade da situação.
Calando-se agora, não sei qual a legitimidade com que alguma vez mais na vida se atreverão a abrir a boca ou a querer fazer algo em favor daqueles que, supostamente, dizem defender.
Imagine-se o que não teria sido de limpeza na educação, na saúde, na justiça, no emprego, se todos aqueles funcionários dessas áreas que contavam diariamente anedotas do repertório nacional sobre Santana Lopes ou sobre Barroso quando estes eram Primeiros-Ministros, tivessem sido alvo de procedimentos disciplinares tão diligentes quantos aqueles que agora vemos?
Daqui se pode concluir que, em Portugal há uma regra de ouro que antes chamaria de algo bem menos brilhante e mesmo mal-cheiroso: aos supostos simpatizantes do PS tudo é permitido quando o PS governa, mesmo que seja a maior canalhice de todos os tempos, porque é de esquerda(sic) enquanto que aos sociais-democratas tudo é passível e admissível de crítica, mesmo que seja igual ao que os socialistas já fizeram.
Confesso que não há paciência para tanto Mestre da ignorância e tanto oportunista dos tachos políticos regionais.
Resta a contestação diária a tão miserável visão da vida e do mundo.
Infelizmente, o comunicado do CM revela que uma manhã de trabalho resultou na assinatura de um ou dois diplomas menores e num almoço.
Só o Presidente da Câmara de Évora se congratulou com a presença do Governo, tão desprezado que tem sido pelo mesmo, aguardando-se que dê a conhecer as boas notícias (concretas e não promessas gastas) que justifiquem a razão da sua satisfação.
1. O PSD tem assumido uma posição crítica relativamente às opções da Câmara de Évora no que se refere ao trânsito na cidade. Que medidas defende o PSD em termos de estacionamento e de mobilidade dentro do centro histórico?
O PSD mantém-se fiel aos princípios defendidos desde há muito em matéria de mobilidade para o concelho, os quais apresentou ao eleitorado eborense aquando das eleições autárquicas de 2005, traduzidos em propostas concretas no âmbito de:
2. Tendo em conta que o centro histórico de Évora tem perdido população, o que poderá ser feito pela Câmara para contrariar a tendência das últimas décadas?
Cabe à Câmara Municipal tomar e liderar a iniciativa de revalorização do Centro Histórico enquanto espaço de habitação, comércio e actividade turística, mediante o desenho de uma estratégia adequada a conseguir vencer tal desafio.
Para além da indispensável criação de condições de reforço da atractividade e do conforto urbano (criação de estacionamento, criação, adequação e qualificação dos espaços de lazer, organização da circulação pedonal), tal estratégia nunca poderá deixar de incorporar uma forte intervenção na recuperação patrimonial do espaço.
É por isso que o PSD tem vindo a propor repetidamente ao longo deste mandato, uma intervenção mais activa da Câmara Municipal no Centro Histórico através da constituição e liderança de parcerias público-privadas dirigidas à recuperação nos maiores edifícios, com vista à sua posterior venda a custos controlados a jovens casais, produzindo assim efeitos de repovoamento do CH.
Também no que respeita ao comércio no Centro Histórico, tem o PSD formulado por diversas vezes recomendações ao executivo municipal para que este tome a iniciativa de desencadear acções promocionais junto de potenciais investidores do ramo comercial, com vista a encontrar interessados na requalificação e utilização comercial adequada de espaços livres no Centro Histórico de Évora.
3. Como avalia o desempenho do autarca José E. Oliveira?
Um mandato que começou mal, preso a promessas falsas e demagógicas, iludindo o eleitorado na conquista do poder, dificilmente se esperaria que pudesse algum dia vir a revelar-se sofrível no desempenho.
O Presidente da CME mantém-se preso a 2 ou 3 obras que lhe permitam visibilidade e propaganda eleitoral para captar votos e manter o poder, sem preocupação com os interesses e o futuro da cidade.
Trata-se de obras desarticuladas, não estratégicas nem determinantes para estancar o desemprego galopante, que já cresceu 66% desde que o PS ganhou a Câmara de Évora, o que é por si só sintomático da ausência de estratégia do PS para Évora e da sua incapacidade de promover a atracção de investimento e o desenvolvimento do concelho.