2007-12-26
(SÓ)CRETINOS ACREDITAM. NÃO, NÃO SOU O ÚNICO A DUVIDAR!
GERAÇÃO À RASCA COM O RENDIMENTO
- Não têm poupanças, não têm casa, não têm carro, não têm filhos
Apesar de não ter origem portuguesa, a expressão "mileurista" serve como uma luva a milhares de trintões nacionais.
Mas foi na vizinha Espanha que nasceu o termo com que se identifica toda uma geração residente nos países da Europa mais ocidental.
Tudo começou com uma carta que a jovem publicitária Carolina Algualcil, residente em Barcelona, dirigiu ao jornal espanhol "El Pais". O calendário marcava o ano de 2002 e o periódico não hesitou em publicar na íntegra a missiva que tinha por título "Sou mileurista". A carta foi o resultado da (in)digestão de uma passagem por Berlim, viagem onde Carolina Algualcil constatou as diferenças entre os estilos de vida e tabelas salariais que vigoravam entre companheiros de geração das duas cidades europeias.
Assim descrevia a jovem publicitária na sua carta as características dos "mileuristas" espanhóis. "Gastam mais de um terço do seu salário no arrendamento de casa. Não têm poupanças, não têm casa, não têm carro, não têm filhos, vivem o momento... Às vezes é divertido. Mas já cansa." É certo que este "modus vivendi" que parece permanecer eternamente em vésperas da idade adulta apesar do passar dos anos é determinado por um conjunto de factores para além da matemática financeira. Mas a magra conta bancária é uma forte ditadora nesta conjuntura. Os "mileuristas" estão longe do salário mínimo nacional mas também se posicionam muito aquém do conforto económico que as suas qualificações prometiam.
São uma nova classe social, ensinada a aproveitar o dia-a-dia e que não quer abdicar de uma certa qualidade de vida que aprendeu a usufruir em casa dos pais. Por isso, muitas vezes adiam a saída do lar paternal, desalentados pelo elevado valor de venda das casas e pelas exorbitantes quantias do arrendamento imobiliário. Adiam igualmente a chegada de filhos, meta considerada alcançável apenas depois de atingida alguma estabilidade económica que tarda em bater à porta. E de adiamento em adiamento, a juventude vai ficando para traz e o futuro dourado que as habilitações académicas prometiam nunca mais chega.
As características desta geração de infância afortunada e adolescência permanente explicam parte do fenómeno a que se somam factores como a precariedade laboral e o excesso de licenciados que o mercado de trabalho não consegue absorver.
E nem o mais longínquo futuro lhes sorri, numa altura em que se multiplicam as vozes que alertam sobre a falência do Estado Providência e a possibilidade da geração hoje pelos trinta anos poder vir a não usufruir das pensões de reforma a que teriam direito com base nos descontos que fazem mensalmente.
São os "mileuristas", geração encalhada na adolescência e com a idade madura comprometida.
PERTINENTES INQUIETAÇÕES
2007-12-24
ROTUNDAS DE ÉVORA: SITEE e BT pouco esclarecidos!
No AutoMotor, pode-se consultar, desde Junho de 2005, esclarecimento sobre a matéria:
A via conveniente
Privilegiar as vias interiores
A fonte da DGV esclareceu que se «pretende essencialmente travar situações em que um veículo percorra toda a rotunda na faixa de fora bloqueandoa saída a outros veículos e, muitas vezes provocando acidentes». Esta atitude resultava da inexistência de uma regulamentação sobre esta matéria, uma vez queo Código da Estrada se limita a dizer que a «circulação das rotundas deve serfeita de forma a dar a esquerda» à zona central.
Também é possível encontrar na Blogosfera, incluindo a Blogosfera alentejana chamadas de atenção bastante pedagógicas para os comportamentos teimosamente desviantes da norma em vigor, nomeadamente a situação que em concreto originou este post e cuja leitura aconselho vivamente, enquanto prevenção rodoviária da quadra natalícia: este é o trajecto adequado e correcto, que o condutor do Mini-Bus da Linha Azul deveria ter feito na rotunda das Portas da Lagoa em Évora e que não fez, da mesma forma que não o fez o agente da GNR condutor do veículo da BT na rotunda junto à BP em Évora, na mesma semana.
(DES)INFORMAÇÃO E (DES)ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL ou A aposta certa no cavalo errado?
O DN publicava em Abril de 2007 notícia sobre os resultados de um estudo revelando que, em Portugal, a Formação dos pais decisiva no sucesso escolar dos filhos
2007-12-19
A QUE FUNDO CHEGAREMOS EM 2013?
Pode a mesma sociedade avaliar a actuação de certos parceiros sociais responsáveis pela gestão dos fundos comunitários, como compensatória, pelo facto de a impunidade declarada ou por prescrição ser o mais frequente e quase predominante resultado que sobre eles acaba por recair.
Em 2013 logo se verá em que fundo estará Portugal. Responsáveis é que não haverá certamente, a avaliar por este exemplo ...
2007-12-18
2007-12-16
TERRENO POUCO FÉRTIL
A VEZ DOS JOVENS APANHAREM DO GOVERNO
O resto da notícia:
Estes limites máximos - designados como Renda Máxima Admitida (RMA) - variam segundo a dimensão do apartamento e as regiões do País em que se situam. Para a região da Grande Lisboa, por exemplo, a renda máxima admitida para apartamentos T0 ou T1 é de 340 euros. Acontece que na base de dados do portal Casa Sapo não existe na cidade de Lisboa qualquer casa que cumpra esse critério.
Isto mesmo pode ser confirmado em casa.sapo.pt, através de uma simples pesquisa no motor de busca. O DN fez isso e confirmou as suas conclusões com fonte institucional do portal que adiantou ainda que para aquela tipologia a renda mais baixa disponível no mercado é de 400 euros, mais 60 do que o RMA.
Assim, em Lisboa, dos 1863 apartamentos disponíveis para arrendamento (com renda anunciada), só 31 têm preços dentro dos intervalos definidos pelo novo programa. São 27 T2 ou T3 e quatro T4 ou T5 (ver tabela). Na cidade do Porto, as conclusões são ainda mais impressionantes: Dos 487 apartamentos para arrendamento na cidade invicta, só um cumpre estes requisitos.
O DN fez ainda o mesmo exercício para duas cidades de menor dimensão: Coimbra e Setúbal. Em nenhuma delas havia sequer um apartamento que cumprisse as con- dições do novo programa.
Vale a pena lembrar, contudo, que os limites para a renda máxima apoiável pelo Porta 65 aplicam-se a regiões mais amplas do que as cidades. Por exemplo, não há limites específicos para a capital, mas sim para a Grande Lisboa, para a qual o DN não fez uma pesquisa. É natural que nas localidades limítrofes a Lisboa se encontrem casas com rendas mais baixas, mas seria de esperar que um programa como o Porta 65 promovesse a fixação dos jovens nos centros das cidades onde trabalham e passam a maior parte do seu tempo.
2007-12-14
DIVERTIDA MAS BASTANTE CRIATIVA E INTERESSANTE ANÁLISE DA POLÍTICA NACIONAL
2007-12-12
2007-12-11
Mobilidade Especial na DRAPAL e MAPDR
Exmos Senhores,
POR FAVOR NÃO NOS ENGANEM MAIS
ESTE NÃO É O PDM QUE ÉVORA PRECISAVA E MERECE
A equipa técnica que procedeu à revisão do PDM de Évora, alimentada pela visão egocêntrica do Presidente da Câmara (recorde-se Esta Cidade e Eu), desenvolveu logo desde a primeira apresentação pública do documento, um arrogante e incoerente discurso de defesa e justificação das opções contrárias que tomou, ao arrepio das recomendações da metodologia de planeamento.
O resultado só poderia ser a falta de lógica para a criação das novas centralidades propostas, a insuficiente credibilidade das projecções demográficas, a arbitrariedade posta na expansão do perímetro urbano em vez da requalificação das zonas já construídas, a não opção pela reconstrução, como se faz em toda a Europa monumental.
- O PDM agora aprovado não serve para Évora, pois define uma ideia de futuro que cabe de igual forma em qualquer outro local de Portugal ou do mundo, sem afirmar nem distinguir as suas especificidades;
- O PDM agora aprovado não serve para Évora, pois não encara a cultura e o património enquanto elementos estruturantes da afirmação do turismo e âncoras da sua base económica;
- O PDM agora aprovado não serve para Évora, porque se baseia em pressupostos eleitoralistas que apenas pretendem responder às promessas fantasiosas com que o PS conquistou a Câmara e que ainda não cumpriu ao fim de 6 anos;
2007-12-10
PDM DE ÉVORA?
Estrategicamente devem ser desenvolvidas condições para que o concelho aproveite as oportunidades que hoje se lhe deparam e que se podem sintetizar em três grandes domínios, a saber:
- Aplicação de uma política de solos na cidade e outros aglomerados urbanos que, “tendo como padrão a qualidade e sustentabilidade, permita baixar significativamente os custos de habitação e dos espaços dirigidos ao acolhimento empresarial”(1);
- “Definição da estratégia de afirmação das vantagens e oportunidades para Évora, que resulta da consolidação do eixo Lisboa-Madrid, como primeira prioridade”(2) entre o Norte e o Sul do país e, por fim, com o eixo oriundo da faixa atlântica, visando o reforço da internacionalização da região;
- Dinamização de “uma política que posicione e prepare Évora e o seu concelho para acolher a procura da excelência e da qualidade numa relação de proximidade com a Grande Lisboa”(3).
Ficam, desta forma, sintetizadas as grandes linhas de força que presidem à revisão do Plano Director Municipal e que deverão sustentar a política territorial a implementar no espaço concelhio por forma a criar uma nova dinâmica de Évora.
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(1) Oliveira, J.E. “Esta cidade e eu”. Évora, 2001. Ed. Editorial Bizâncio; (2) idem; (3) ibidem
Em consequência, afigura-se legítimo afirmar que o PDM que agora foi aprovado, não seja tanto de Évora quanto do actual Presidente da Câmara de Évora.
2007-12-09
A FALTA DE VERGONHA CHEGOU A ALGUNS SOCIALISTAS DE ÉVORA
- Se o próprio, que pela incompreensível atitude, pode ou não ter sido de iniciativa própria e vingança pessoal usando para isso o cargo de dirigente na Administração Pública, ou a pedido de outrém;
- Se os seus superiores directos que consentiram e calaram os abusos que o mesmo levou a cabo;
- Se as estruturas locais do PS que, tal como em Felgueiras, na DREN e tantos outros locais deste país, consentem a perseguição política e se preparam para, com o silêncio, sancionar positivamente atitudes prepotentes e persecutórias de dirigentes da Administração Pública cuja necessidade verdadeira reforma é mais que evidente.
Eis o "post" do Jumento:
2007-12-08
EU DIRIA AINDA ...
Eu acrescentaria que:
- O PS anda há 6 anos a inventar desculpas para não cumprir as promessas que repetidamente fez ao eleitorado eborense (em 2001 e 2005), invocando por um lado as forças de bloqueio da santa-aliança CDU/PSD (que mais uma vez e em definitivo, se provou agora não existir) e, por outro lado, o desajustamento do PDM;
- Se a revisão do PDM era tão impeditiva para a excelência que o PS prometeu concretizar em Évora, a partir deste momento não há mais desculpas para que tal não aconteça, sendo o PSD a partir de agora substancialmente mais exigente com o desempenho de um executivo municipal que deixou de ter condições para invocar impedimentos para conseguir e mostrar resultados concretos da governação municipal, quebrando o marasmo de 6 anos;
- O PSD, ainda assim, não acredita que a gestão autárquica do PS seja melhor daqui para frente, relativamente ao que tem sido o desastre das promessas eleitorais vãs e não cumpridas, da demagogia e do show-off quotidianos, da inércia da autarquia, da falta de visão para o futuro, ...
- Só um milagre permitiria ao PS melhorar a gestão da Câmara de Évora pois, apesar de criadas as condições exigidas pelo próprio PS, são fracas as expectativas de que os seus eleitos tenham capacidade para conduzirem Évora para além da estagnação e degradação com que brindaram os eborenses ao longo dos últimos 6 anos.
2007-12-06
PDM DE ÉVORA POUCO AMBICIOSO E SEM ESTRATÉGIA
- O processo de revisão do PDM de Évora que agora terminou, não responde à ideia de futuro e de desenvolvimento que o PSD defende, mas sim à visão (não suficiente) do Partido Socialista para Évora, que ao recusar organizar em simultâneo um processo de planeamento estratégico para o concelho, não permitiu ancorar e sustentar coerentemente o processo de revisão do PDM;
- O resultado final é um instrumento que não reflecte as preocupações e prioridades do PSD para Évora, que compromete boa parte do seu potencial de resolução dos problemas que afectam Évora hoje e dos desafios que o concelho enfrentará no futuro. No fundo, trata-se de um instrumento assente em demasiadas incertezas, fechado sobre o concelho, sem estratégia nem ambição para um futuro de sucesso;
- Apesar de ficarmos com um PDM insuficiente e que está longe do óptimo, pior seria que Évora continuasse na incerteza e paralisia dos últimos 10 anos, cujo PDM já deveria efectivamente ter sido revisto. O PSD considera essencial estabilizar um mínimo de referência orientadora para a vivência de pessoas, entidades e empresas de Évora;
- O PSD não impediu o processo de revisão e, ao contrário do PS que não permitiu a participação durante a feitura do documento, estimulou a discussão pública como única forma de os eborenses participarem efectivamente no mesmo mas, não pode ainda assim o PSD aprovar algo que é manifestamente frágil e insuficiente para o que Évora merece e precisa;
- O PSD foi um partido responsável durante o processo de discussão do PDM, expressando as suas posições sobre o conteúdo do documento sem preocupações propagandísticas, não se aproveitou publicamente das preocupações dos eborenses, escutou-as com atenção e pugnou para que as suas opiniões fossem consideradas no documento final procurando assim o mínimo de melhoria participada;
- A partir de agora, acabaram-se as desculpas do Partido Socialista para os problemas que continuam por resolver em Évora, para as promessas eleitorais não cumpridas, para os investimentos anunciados e que tardam, para os milhares de postos de trabalho prometidos e não criados, para a especulação imobiliária que teima em continuar;
- Criadas as condições exigidas e invocadas pelo PS, depois da aprovação da revisão do PDM, o PSD será criteriosamente exigente com o executivo socialista na Câmara de Évora, mas acreditamos que só um milagre poderia fazer recuperar o marasmo e atraso de 6 anos em Évora;
- É urgente estimular e preparar um novo ciclo de vida para a cidade e para o concelho de Évora enfrentarem com sucesso um futuro exigente face às oportunidades do QREN 2007/-2013 e às transformações em curso nos domínios do desenvolvimento urbano e do ordenamento do território, designadamente no Alentejo;
- O reforço da atractividade e do papel de Évora, enquanto pólo de desenvolvimento regional, na sociedade e economia do conhecimento, a valorização económica do património histórico e cultural da Cidade, o desenvolvimento equilibrado das componentes urbana e rural, com qualidade de vida e sustentabilidade económica, social e ambiental, serão opções incontornáveis no caminho do futuro de Évora;
- Esse caminho consistente e de consolidação gradual pressupõe instrumentos tecnicamente credíveis e politicamente legitimados que suportem as intervenções de médio e longo prazo para fortalecer e qualificar os argumentos competitivos da Cidade: bem-vindo seja o exercício de planeamento estratégico que em breve se iniciará; Reunião Publica Extraordinária da Câmara Municipal de Évora – 05 de Dezembro de 2007