2012-12-25

REAVIVAR A MEMÓRIA AOS CRÍTICOS DESTE GOVERNO EM MATÉRIA DE POLÍTICA EDUCATIVA

O círculo fechado da educação-formação em Portugal | Opinião Digital : Cartas Digitais | Diário Digital

Notas sobre o caso Artur Baptista Silva «BLASFÉMIAS»

Notas sobre o caso Artur Baptista Silva « BLASFÉMIAS

Destaque do post: «A comunicação social que aceitou como legítimo o Artur Baptista da Silva é a mesma que tomou por bons todos os estudos sobre SCUTs, OTAs, TGVs e afins e que ajudou a vender a estratégia dos grandes eventos e do investimento em grandes obras públicas. É a mesma que apoiou a trajectória suicidária de Sócrates rumo à bancarrota e desculpou tudo com a crise internacional e as agências de rating.».

Ler ainda: http://31daarmada.blogs.sapo.pt/5819373.html

«Dizer o que as pessoas gostam de ouvir. Apresentar-se com um cartão de visita pomposo. Mostrar um futuro melhor e um caminho mais fácil. Despreocupação com as consequências. Não percebo a surpresa com Artur Baptista da Silva. Já tinhamos eleito um primeiro-ministro assim

2012-11-28

JUSTIFICADO RECONHECIMENTO AO TRABALHO AUTÁRQUICO NA ALDEIA DA LUZ




Francisco Oliveira, o Presidente da Junta de Freguesia da Luz, concelho de Mourão, desabafava na passada semana à comunicação social que a nova Aldeia da Luz parece uma aldeia fantasma, em consequência do não cumprimento das promessas feitas pelos governos e pela EDIA, a troco da mudança de residência dos seus habitantes.
A nova Aldeia da Luz contabiliza agora o seu 10º aniversário e tive oportunidade de, no âmbito das comemorações do mesmo, ouvir em pormenor as insatisfações expressas pelo Presidente da Junta da Luz, quanto às dificuldades da mesma e dos habitantes da aldeia em disporem integralmente do património habitacional, em construírem novas habitações ou alargarem as existentes, em promoverem a atividade agrícola, em recuperarem infra-estruturas coletivas de apoio à produção, …
Visto ao longe, pode parecer apenas mais uma lamúria de queixumes autárquicos, típicos do nosso quotidiano rural, mas, assistir na própria aldeia ao filme da mudança da submersa para a nova Aldeia da Luz, faz-nos perceber com outros olhos a carga emocional de um processo social que poucos em Portugal e mesmo no mundo experimentaram e o quanto aquela comunidade sofreu na sua identidade e organização interna. Arrepiante …
No entanto, fizeram-no, abdicaram de tudo o que sentiam como seu, individual e coletivamente e mudaram-se para uma aldeia totalmente nova, na qual não dispõem ainda, passados 10 anos, de algumas condições fundamentais para estabilizarem o processo de reconstrução identitária, motor essencial na construção e reinvenção de dinâmicas que contrariem a pressão desertificadora que assola todo o interior do país e do Alentejo em particular.
E é aqui que radica a minha incompreensão, perante insensibilidades anteriormente verificadas de poderes distantes a esta comunidade, face às especificidades do processo, único entre nós e que, por isso mesmo, mereceria muito maior atenção e respeito pelas pessoas que o viveram e que o conduziram.
Ocorreu de forma ordeira e com o sucesso conhecido, com o protagonismo de Francisco Oliveira, um autarca que termina agora a sua passagem pela Junta de Freguesia da Luz com a bem sucedida experiência que nenhum outro tem em Portugal e poucos terão no resto do mundo: a mudança de vivos e mortos para um novo local e a submersão do antigo, pelo grande lago de Alqueva.
É obra, digna de merecido reconhecimento público, mas o qual não se vê acontecer, nem mesmo na discussão em curso sobre a reorganização autárquica, nomeadamente no que toca à importância das freguesias rurais enquanto elementos estruturantes do poder local. Não existirá maior evidência da importância do papel de uma Junta de Freguesia e do seu Presidente, na condução da mudança, do que aquele que aconteceu na Aldeia da Luz, concelho de Mourão, Alentejo. E a Junta de Freguesia da Luz, um caso exemplar do exercício autárquico, continuará a existir.

2012-11-04

O PS AINDA DEVE DESCULPAS AOS ALENTEJANOS E AOS PORTUGUESES




Vários ex-governantes do Partido Socialista, que nos últimos 15 anos contribuíram para a quase falência de Portugal, alguns deles de Évora, estiveram reunidos na cidade no passado fim-de-semana, mas recusaram pedir desculpas aos alentejanos e aos portugueses, pelo estado de pré-falência em que deixaram o país e pela degradação em que deixam vários concelhos alentejanos ao fim de dezenas de anos de gestão autárquica. Ora, o PS deve desculpas aos alentejanos e aos portugueses.
A falta de sentido de responsabilidade do PS de Évora e do PS nacional é tão mais gritante quanto, em face da discussão do OE de 2013 se atrevem a criticar o mesmo pelo alegado esquecimento do Alentejo, sem assumirem as verdadeiras culpas por ao longo de 13 anos de governação terem declinado a construção do novo Hospital Regional de Évora que o Governo do PSD inscreveu no OE de 2005, terem iludido os alentejanos sobre a construção de um TGV que não tinha viabilidade comercial nem económica, terem desbaratado os recursos para a construção das circulares rodoviárias externas a Évora (nó do IP2 entre S. Manços e A6), terem endividado as autarquias alentejanas que afundaram tal como fizeram com o país, deixando aos nossos filhos um encargo insuportável.
Mas, aquilo a que assistimos foi ao desfile de vaidades mediáticas, seja pelas altas cilindradas dos carros que usam, sejam pelos destacados cargos que ocuparam nas insustentáveis fundações que todos nós pagamos, sem qualquer nesga de arrependimento, de responsabilidade, de humildade … Apenas arrogância e indiferença dos ex-governantes socialistas face ao mal que causaram aos alentejanos e aos portugueses, cujas consequências estes estão agora a sofrer.
Poupem-nos às demagógicas críticas ao governo que nos está a tirar do buraco onde os socialistas nos meteram, se nos atos não o conseguirem. Já basta a crise que nos deixaram para o este governo e os portugueses resolverem …

Évora, 05 de Novembro de 2012
A COMISSÃO POLÍTICA DISTRITAL DE ÉVORA DO PSD

2012-10-10

ESTUDAR AINDA COMPENSA? SIM … Mas, a informação e orientação profissional ganham importância.



O Ministro da Educação e da Ciência afirmou na passada semana em Bragança que Portugal precisa de mais engenheiros e técnicos e que os Institutos Politécnicos, entre os quais os do interior do país, podem ter um papel fundamental na formação destes profissionais.

Paralelamente, ficámos a conhecer os resultados da 2ª fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior (universidades e politécnicos), onde se destacam a diminuição de candidatos face ao passado ano e a existência de dezenas de licenciaturas praticamente desertas de interessados, nomeadamente 36 cursos sem qualquer colocação, sendo que apenas 3 deles não têm “engenharia” no nome do mesmo, revelando a quebra de candidatos nesta área. Em contrapartida, os cursos oferecidos pelas mesmas instituições de ensino superior nas áreas das ciências da educação e das ciências sociais humanas, não figuram na lista em causa, revelando uma elevada procura na sua maioria.

Ora, se o aumento do desemprego registado nos Centros de Emprego do IEFP em Agosto e Setembro, tem uma forte componente de jovens, candidatos ao primeiro emprego, com qualificações de nível superior nas áreas da educação e da ciências sociais e humanas, em consequência da redução do emprego público e associativo e da diminuição do número de alunos inscritos nos vários níveis do sistema de ensino, isso deveria induzir desde logo nos jovens estudantes e suas famílias a reflexão sobre a rentabilidade futura da aposta da educação/formação que estão a realizar.

Mais ainda porque igualmente elevado e pesado nos ficheiros dos Centros de Emprego do IEFP é o volume de candidatos ao primeiro emprego oriundos de cursos profissionais de escolas que, para manterem o nível de atividade necessário à sua sustentação financeira oferecem e ministram formação em áreas que são apelativas do ponto de vista da hierarquia social das profissões, mas o qual tem, no entanto, uma correspondência inversa no que à empregabilidade regional e nacional diz respeito.

Se é verdade que a teoria do capital humano continua atual no que corresponde à maior taxa de empregabilidade, progressão na carreira, remuneração ao longo da carreira, proteção contra a probabilidade de desemprego, probabilidade de sair da situação de desemprego, dos que mais estudam e se qualificam face aos que menos apostam na sua qualificação, também é verdade que cada vez mais que compensa estudar mas não em todas as áreas e que a informação e a orientação profissional sobre as tendências do mercado de trabalho é um recurso determinante para aconselhar nas escolhas que podem condicionar o resto de toda uma carreira profissional e, em consequência, toda uma vida.

A melhoria dos sistemas de educação e formação tem vindo a ser aconselhada e exigida pela OCDE e pela Comissão Europeia, apontando para que os estados membros reorientem os seus sistemas para a apresentação de uma oferta de qualidade, qualificante e relevante para o mercado de trabalho, transmitindo adequadamente capacidades e competências profissionais desejáveis e necessárias ao sistema produtivo e ao seu processo de transformação, em direção ao indispensável aumento de competitividade para nos fazer sair da crise.

Esse apelo qualificado deverá traduzir-se, numa altura de diminuição de oportunidades de emprego geradas pela economia, nas escolhas quanto à educação-formação, as quais devem ter em conta a relevância e o grau de qualidade da oferta, mais do que a simples e por vezes ilusória valorização social associada à representação social das profissões.

Neste sentido, a análise custo-benefício e dos indicadores de empregabilidade são cruciais, a par da análise prospetiva das qualificações e das profissões, enquanto coordenadas para melhorar a organização do mercado da educação-formação e da relação deste subsistema com os mercados de trabalho nacional e regionais, tendo por base que a elevação dos níveis de qualificação da população ativa são uma condição indispensável ao aumento de competitividade da economia mas, por si só, não suficiente para que tal aconteça, antes se traduzindo em mais desemprego qualificado sem a correspondente absorção pelo mercado de trabalho como agora acontece, consequência da disfuncional articulação entre as diversas componentes.

Até que tal articulação não seja substancialmente corrigida, continuaremos envoltos no persistente paradoxo do défice de qualificações que, mesmo em tempos de crise e de elevado desemprego, teima em marcar os mercados de trabalho regionais, traduzido na oferta de qualificações em recursos humanos que não encontram procura por parte do sistema produtivo a par da existência de ofertas de emprego em carteira que permanecem por largos períodos de tempo sem candidatos com perfil ajustado ao seu preenchimento, no serviço público de emprego.

É nesta linha que se enquadra a intensificação da oferta de formação para jovens inserida no Sistema de Aprendizagem, que procura reforçar o sistema dual de alternância entre entidade formadora e a empresa (com maior envolvimento do tecido empresarial no desenho e na produção de qualificações), investindo nas áreas e nos públicos mais importantes e adequados às necessidades da economia e das empresas, nomeadamente na componente tecnológica e no aumento de competitividade das empresas, garantindo a dupla certificação dos jovens (12º ano, escolar e nv 4, profissional), entre os 15 e os 25 anos, que podem continuar os seus percursos formativos de nível superior de seguida ou mais tarde.

As opções dos jovens sobre as áreas e saídas profissionais que escolham para aquisição das competências que sustentarão os seus percursos profissionais futuros são determinantes na facilitação da sua transição e inserção na vida ativa e, aqui, a informação e a orientação profissional sobre os diferentes níveis de empregabilidade, embora não necessariamente coincidente com a atratividade do ponto de vista social, é cada vez mais indispensável porque se situa na esfera de responsabilidade de quem escolhe e decide qual o caminho a escolher e a seguir.

2012-10-05

UMA CLARIFICAÇÃO SOBRE A DEMAGOGIA DO DISCURSO À ESQUERDA E TAMBÉM DE UMA CERTA DIREITA

E se trocássemos umas ideias sobre cortes nas despesas do Estado? « BLASFÉMIAS

«Portugal gosta de viver de ilusões. Quem ler os jornais ou vir as televisões, descobrirá que tudo se vai resolver neste rectângulo à beira-mar plantado no dia em que se cortar nas despesas do Estado. Dos mais sisudos “senadores” aos mais azougados repórteres, passando por atarantados deputados, tudo se resolve com um Estado mais pequeno. Ou seja, parece existir em Portugal um enorme consenso “neoliberal”.

Nada mais enganador. Primeiro, porque já se está a cortar imenso na despesa do Estado mas isso não tem chegado. Depois porque a esmagadora maioria dos que exigem cortes discordam de todo e qualquer um dos cortes em concreto.

Na semana passada, o presidente do BPI, Fernando Ulrich, surpreendeu muita gente ao declarar que devia ser motivo de orgulho para Portugal “que a despesa primária, sem juros, e sem medidas extraordinárias, tenha passado de 83,5 mil milhões de euros em 2010, para pouco mais de 70 mil milhões de euros” em 2012. O banqueiro citou aqueles números para responder ao Financial Times, mas, na verdade, estava a dirigir-se à cacofonia que parece ocupar todo o nosso espaço público. Sem surpresa, a generalidade dos órgãos de informação dedicou-lhe uma breve nota de rodapé: convém não estragar a narrativa estabelecida.

No entanto, estamos a falar de números impressionantes. O corte na despesa pública, sem juros da dívida, foi de 13,5 mil milhões de euros em dois anos. Desses, 5,7 mil milhões foram em despesas de investimento e o restante, 7,8 mil milhões, foi na chamada despesa corrente primária. 7,8 mil milhões é quase quatro vezes o valor do corte dos dois subsídios aos funcionários públicos. 7,8 mil milhões é também mais do que todos os juros que vamos pagar este ano (7,5 mil milhões) e é quase tanto quanto o que se gastou em educação em 2011 (8,2 mil milhões).

Muitos destes cortes afectaram já a vida dos portugueses. O corte no investimento, por exemplo, levou à paragem de muitas obras públicas – e ainda bem, digo eu -, e isso está a ter importantes consequências nesse sector da economia. Mas não só. Vejamos também o que aconteceu entre 2011 e 2012 nos principais ministérios comparando a execução orçamental até Agosto. O Ministério da Defesa cortou mais de 200 milhões de euros – a consequência vimo-la na manifestação de sábado passado, com as associações de militares a marcharem ao lado da CGTP. O Ministério da Saúde gastou menos 500 milhões de euros, apesar de ter pago dívidas em atraso – mas todos sabemos como a redução de custos neste sector tem gerado protestos e manifestações. E o Ministério da Educação já tinha conseguido cortar, nesses oito meses, 750 milhões de euros. Até os encargos líquidos do Estado com as PPP caíram 52 por cento no primeiro semestre, uma poupança de 586 milhões de euros.

É claro que, para conseguir estes cortes, foi necessário reduzir os salários dos funcionários públicos, fechar serviços de saúde que eram redundantes e escolas com poucos alunos, tal como dispensar professores que ficaram sem turmas para dar aulas, bloquear as progressões nas carreiras, acabar com os subsídios às empresas, tudo medidas que afectaram corporações específicas e suscitaram a habitual onda de críticas contra os “cortes cegos”. Mais: sempre que se anuncia alguma racionalização, mesmo que tímida, mesmo que mal feita e insuficiente, como a que foi anunciada para as fundações, salta logo um coro de protestos a justificar o carácter indispensável do respectivo gasto público.

Mesmo assim, estamos longe dos objectivos. Este ano estão a ser cortados mais de quatro mil milhões de euros na despesa corrente primária, para o ano o ministro das Finanças já anunciou que será necessário cortar outros quatro mil milhões. Se alguém souber como se cortam sete mil milhões em vez de quatro, que avance: assim evitaremos o assalto fiscal via IRS.

Portugal tem vivido na ilusão de que todos estes cortes ainda não ocorreram e que, portanto, basta realizá-los para resolvermos os nossos problemas. E também na ilusão – que, de resto, foi alimentada pela actual maioria durante a última campanha eleitoral – de que tudo se pode fazer tocando apenas nas gorduras do Estado, nas PPP ou nas fundações. Não era verdade e não é verdade, pois tudo o que se fizer nessa área, sendo muitíssimo importante (até por razões políticas), pesa relativamente pouco quando olhamos para os grandes números. Basta pensarmos que, dos quase 74 mil milhões de euros que o Estado gastou em 2010 (sem juros nem investimento), mais de 80 por cento foram para pagar os salários dos funcionários e as pensões sociais.

Todos estes números são públicos, mas mesmo assim há quem insista em ignorá-los e, sobretudo, quem continue a negar o essencial. Isto é, que os níveis de despesa públicos atingidos em 2009 e 2010 – mais de 88 mil milhões de euros – não só eram incomportáveis para uma economia como a nossa, como só foram possíveis por décadas de políticas erradas, muito populismo e uma enorme falta de coragem.

Em Portugal, ganharam-se muitas eleições a aumentar desmesuradamente os funcionários públicos – ganhou-as Cavaco, ganhou-as Guterres, ganhou-as Sócrates. Poucos na altura se incomodaram com isso, quase todos os “senadores” que hoje saltitam de estúdio de televisão em estúdio de televisão colaboraram activamente com isso.

Em Portugal, vamos quase em quatro décadas sem alterar devidamente a lei das rendas, por endémica falta de coragem política, e isso contribuiu muito para distorcer as prioridades do sistema financeiro, que se especializou numa actividade não produtiva – o crédito à habitação – e nunca financiou devidamente a economia. Quantos “senadores” não foram cúmplices desta inacção?

Em Portugal, nunca nenhum governante deixou de sonhar ser uma espécie de Fontes Pereira de Melo moderno, espalhando auto-estradas ou semeando rotundas, criando dívida directa ou dívida através de PPP, assim contribuindo para que, só em 2007, cerca de 70 por cento do crédito bancário total concedido a empresas e a particulares fossem destinados ao cluster da construção civil e imobiliário. Não surpreende que, com estes comportamentos e distorções, a dívida tenha crescido e a economia estagnado.

Em Portugal, os governantes sempre gostaram de subsidiar as empresas, e estas de ser subsidiadas, e, em Portugal, são raros os “senadores” que não tiveram sinecuras em alguma das grandes empresas do regime, ou em alguma das instituições públicas ou semipúblicas onde os salários não estão limitados pelo desagradável tecto imposto aos ministros.

É por todas estas e muitas outras que tenho cada vez menos tolerância para os conselhos de sapiência de “senadores” que no passado criaram rendas e hoje dizem que temos de acabar com elas; que querem cortar nas despesas públicas mas não só nunca o fizeram como, nalguns casos, beneficiam de pensões superiores a 10 mil euros mensais; que foram incapazes de fazer reformas decentes, do arrendamento à lei do trabalho, e agora continuam a criticar as reformas; que inventaram e encheram o país de PPP mas agora estão muito preocupados com a corrupção; que pedem cortes na despesa mas só sabem referir as viagens e as ajudas de custo.

Portugal não chegou onde chegou por ser uma barca que navegou sem piloto: houve pilotos, houve responsáveis, houve muita gente que contribuiu, por acção ou omissão, para chegarmos aos intoleráveis 88 mil milhões de despesa pública (e 7,5 mil milhões de despesas anuais com os juros da dívida). Muita dessa gente tem hoje cabelos brancos e continua a achar que devia estar no Governo, como se esse fosse um qualquer direito divino que lhe assistisse. Até o vai dizer a programas de televisão.

Mas para pior já basta assim. Para esbulho fiscal já chega o anunciado, não precisamos ainda de mais impostos para pagar ainda menos cortes nas despesas. Por isso só desejo que a providência nos livre de quem nos trouxe até aqui e nem isso é capaz de admitir.»

QUALQUER SEMELHANÇA COM A ABERRAÇÃO É UMA CLARA E DESCARADA COINCIDÊNCIA

«O líder do PS, António José Seguro, disse hoje em Alenquer que, se for primeiro-ministro, vai fazer com que o dia 05 de outubro volte a ser um feriado nacional.»

Últimas notícias de Portugal e do mundo > TVI24

2012-09-24

UMA INEGÁVEL LUCIDEZ NA ESCRITA

Preferia nunca ter tido de escrever este texto « BLASFÉMIAS

«Se calhar até devemos sair do euro. Não se falará mais de TSU ou de desvalorização fiscal, porque a desvalorização do novo escudo não será de 7%, talvez seja de 40%. Já não será preciso pedir ao BCE para imprimir mais dinheiro, o nosso Banco de Portugal fá-lo-á freneticamente. Escolhas não nos faltam.


Por vezes interrogo-me se não seria melhor preparar já este último cenário, por muito apocalíptico que ele nos surja. É que se o Governo e o primeiro-ministro têm a maior das responsabilidades na forma como perderam o país, choca-me muito mais a irresponsabilidade do CDS e do PS, ambos lestos a cavalgar a onda do descontentamento e ambos omissos sobre as suas próprias responsabilidades (do CDS na TSU, do PS no estado a que levou o país) e sobre as suas alternativas. Helena Garrido teve razão quando ontem escreveu, no Jornal de Negócios, que, “para Paulo Portas e António José Seguro, é mais importante garantir votos de curto prazo do que defender o interesse de Portugal e respeitar os sacrifícios que os portugueses já fizeram”. Assim como me choca o silêncio incendiário do Presidente da República, que depois de múltiplas intervenções desastradas deixou que se instalasse a percepção de que fala por interpostos “cavaquistas”. Fez até pior: convocou Vítor Gaspar para o Conselho de Estado, um gesto inédito na nossa história constitucional que é uma facada nas costas do primeiro-ministro.»

2012-08-25

AOS POUCO CRENTES E POUCO LEITORES ...

Por qué los jefes son jefes, explicado por la neurociencia - elConfidencial.com

Tributo à produção científica que afirma a necessidade de se dominar a arte e o temática, isto é, que é preciso dominar bem tecnicamente aquilo em que trabalhamos e pretendemos chefiar, dirigir, coordenar ou presidir ...
Mas, uns têm outros, não, ... embora compensem frequentemente com a inveja, ....
Quem não tem competência, serve-se da intriga.

Não lhes perdoeis Senhor, porque eles sabem o que fazem e, não merecem ser perdoados.


2012-08-21

ELOGIO À CORAGEM DO GOVERNO QUE TRATA COM REALISMO E RIGOR AS MEGALOMANIAS SOCIALISTAS


Antes de associar a falência dos PIN alentejanos ao governo atual, deveria o PS de Évora rever em profundidade a campanha eleitoral de 2009, durante a qual o PSD denunciou repetidamente que se aproximava a passos largos a escassez de crédito bancário às empresas, devido aos megalómanos e inviáveis projetos socráticos, entre os quais se contam, no Alentejo: os estudos e os contratos para um TGV que os espanhóis começavam a reduzir e a cancelar; as obras para um aeroporto regional de passageiros (para além da carga) que os espanhóis começavam a registar como inviáveis em todas as suas regiões (exceto nos voos subsidiados em 50% pelo Estado ou pelas comunidades); o atraso da concretização do EFMA muito para além do previsto, antes criando mais empresas públicas geradoras de mais dívida pública; as inviáveis SCUT com empoladas estimativas de volume de tráfego previsto; o desperdício decorrente do errado planeamento e da má gestão nas obras da Parque Escolar, requalificando escolas do Alentejo para capacidades duplas daquelas que hoje servem em alunos; …


A megalomania e a insustentabilidade económica e financeira dos PIN socialistas socráticos, anunciados para o show propagandístico dos jornais televisivos das 8 horas era mais que previsível, sendo bem conhecidos vários casos de insucesso dos mesmos no distrito de Évora (ex. do empreendimento turístico Vila Sol Palheta em Redondo), já no decurso do rebentamento da bolha imobiliária nos EUA em Agosto de 2007 (há 5 anos), apesar de Sócrates e os seus ajudantes de governação (vários deles associados às estruturas do PS de Évora) continuarem indiferentes à especulação imobiliária que já revelava sinais de negativo impacto económico e financeiro noutros países.


Em plena crise financeira internacional decorrente da vertente imobiliária, o governo de Sócrates anunciava 11 projetos de turísticos de “excelência” para o distrito de Évora, aos quais corresponderia um investimento de cerca de 2 mil milhões de euros, bem como a criação de 4 mil postos de trabalho (500.000€ por posto de trabalho criado, a financiar com empréstimos bancários a obter no estrangeiro). Mas, 4 anos volvidos, nada passou do papel e contam-se pelos dedos os postos de trabalho criados, na mesma linha do falhanço da anunciada recuperação dos 150.000 empregos.


O governo socialista de Sócrates cansou e prejudicou os alentejanos e os portugueses com a venda de ilusões, de castelos megalómanos montados nas nuvens sem qualquer noção de realismo económico e financeiros, tendo todos eles vindo a confirmar-se inviáveis e deixando atrás de si um número infindável de buracos financeiros sem fundo, onde foram enterrados milhões de euros que saíram dos impostos e do crédito cortado às empresas e às famílias que hoje passam as dificuldades que sabemos e que as gerações vindouras ainda terão que continuar a pagar.


No distrito de Évora, o PSD sempre defendeu o carácter estratégico do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva, que os governos socialistas não executaram no tempo programado, continuando a fazê-lo no futuro, por considerar que este é indispensável para o desenvolvimento económico e social da região, devendo, por esse motivo, merecer uma atenção responsável e realista dos responsáveis políticos. Os empresários que investem no Alentejo merecem todo o respeito e carinho por parte do PSD e do governo, que incentivarão e apoiarão os mesmos na geração de riqueza e de emprego necessários à recuperação e consolidação da economia alentejana e nacional.


Mas, todos os investimentos privados e públicos a apoiar e incentivar no Alentejo e no país exigem, no quadro de pré-falência em que o PS deixou o país, realismo na análise dos efeitos esperados sobre a economia e garantias de diversificado financiamento sustentador. Proceder em contrário, seria enveredar pelo mesmo caminho de demagogia e irresponsabilidade através do qual o PS nos conduziu até aqui.

Évora, Agosto de 2012
A Comissão Política Distrital de Évora do PSD

2012-07-27

MERECE LEITURA

O cardeal e o dr. Zorrinho - Opinião - DN

Sobre a mediocridade da oposição e, para melhor compreensão, ainda pode ser completada a leitura com um texto interessante relativo à ilusória relação entre Níveis de educação e desenvolvimento das sociedades e das regiões.

Enfim,  é o que temos e, por isso o país foi ao tapete ...

2012-06-21

COISAS QUE NÃO ENTENDO EM ÉVORA: O DEFINHAMENTO DO MERCADO MUNICIPAL 1º DE MAIO

Frequentador habitual do Mercado 1º de Maio em Évora aos Sábados de manhã, fiquei claramente assustado, mais que desapontado, com o estado de definhamento em que encontrei o mesmo no passado dia 16 de Junho, Sábado, sem entender que motivação pode mover uma Câmara Municipal para permitir, por ação e por omissão, que as coisas corram tão mal por ali. Confesso-me impotente para entender tal motivação (se for deliberada) ou tal falta de competência (se for por opção de gestão), especialmente se equacionarmos, por referência comparativa, o percurso inversamente ascendente do mercado semanal de Estremoz, no mesmo dia.

Convém desde logo recuperar a discussão sobre a opção municipal da deslocação do mercado dos produtores hortícolas desde o jardim das laranjeiras para o Bacelo, justificada então por uma intenção de requalificação do Rossio de S. Brás e do jardim das laranjeiras. Ora, passados estes anos sem que tal tivesse acontecido (nem seria de esperar isso da CME, falida e sem que tais projetos fizessem parte programa eleitoral do PS em 2001), tal como não se realizaram qualquer uma das outras promessas emblemáticas, parece mais que justificado que se reequacione a decisão de dispersão de mercados municipais em Évora.

Nada justifica, à luz do bem senso que deveria estar mais presente na CME, que tal dispersão se mantenha, sendo uma das razões para o definhamento do Mercado 1º de Évora. Mas, outras haverá igualmente, como sejam a permissão da CME de que uma loja de fruta de um comerciante chinês se tenha instalado mesmo ao lado do Mercado 1º de Maio com preços de arrasar no comércio de frutas. Poderiam até o Presidente ou outros responsáveis da CME responderem a esta acusação invocando que a lei o permite, que eu continuaria a manter a mesma contra resposta que por diversas vezes usei: se o executivo municipal existe apenas para cumprir a lei, demita-se e permita a sua substituição por um técnico superior jurista, que o erário público agradece e os contribuintes eborenses enaltecem.

Mas, se é para defender o interesse municipal, que é o que se espera do executivo municipal eleito pelos eborenses, não se podem permitir tais afrontas ao comércio local, na senda do que já aconteceu com a instalação de uma loja de comércio de chineses em plena Praça do Giraldo, mesmo ao lado do Posto de Turismo de Évora. A lei permite, é certo, mas cabe ao Presidente da CME escrever, por despacho sobre o requerimento apresentado pelo proponente, que tal solicitação não é do interesse municipal e indeferir a mesma.

Chamar-se-ia a isso exercer o verdadeiro papel de Presidente da CME e eu próprio o elogiaria por esse feito, justificado pela defesa do estatuto da classificação patrimonial de Évora pela UNESCO e pela necessidade de preservar um comércio eborense que valorizasse os recursos do concelho.

Assim, não sei o que diga perante o definhamento do comércio intramuros, perante a mais que irresponsável decisão do executivo municipal do PS de aprovar a construção de um centro comercial fora de portas e longe do Centro Histórico mesmo depois de se terem gasto alguns milhares de Euros dos nossos impostos a encomendar um estudo sobre o comércio eborense que recomendava exatamente o oposto, ou de assistir à inauguração de mais uma edição da Feira se S. João naquele antro de pó e degradação que é o Rossio de S. Brás, votado ao abandono durante 12 anos por este executivo municipal do PS (na sequência do que já vinha acontecendo), cuja inércia não permitiu tampouco que, no mínimo, se asfaltasse o piso e se beneficiasse um espaço polivalente para efeitos de estacionamento e de feira anual. Tudo a troco de maquetes, ilusões e projetos de papel não concretizados, à bela maneira socratina e demagógica da caça ao voto e do insustentável aumento da dívida municipal.

Enfim, os eborenses têm hoje o resultado das suas opções: uma degradação e definhamento de Évora bem patente pela Feira de S. João ou pelo Mercado 1º de Maio. Tal como os portugueses têm hoje o resultado das suas opções políticas nas eleições e 2009 quando escolheram o irresponsável Sócrates, em vez da verdade dura mas realista apontada pelo PSD.

No país, como em Évora, há dois pontos em comum: a desastrosa gestão do PS e as consequências da mesma, que é o insuportável endividamento que compromete o nosso futuro e o dos nossos filhos. Nas próximas eleições autárquicas, em 2013, logo se vê as escolhas que serão feitas, sendo certo que das mesmas, só os próprios eleitores se podem queixar.

2012-04-14

ACERTAR O PASSO NA VELOCIDADE DA FERROVIA


O ex-Ministro de Guterres responsável pelo logro financeiro das SCUT, João Cravinho, talvez influenciado pelo desastre a que se deixou conduzir pelo excessivo otimismo dos estudos que apontavam para a viabilidade financeira daquele investimento, revelava no início de 2009 que o país só teria a ganhar em desistir da ligação Lisboa/Madrid em alta velocidade (TGV), um projeto ruinoso. Mas, em meados de 2010, a esquerda parlamentar (incluindo o PS) chumbava na AR a proposta de suspensão do TGV apresentada pelo PSD e PP, negando assim até ao limite os sinais de uma crise financeira internacional por demais identificados e antecipados que estivessem os seus efeitos sobre a economia nacional.

Reconhecendo que os estudos encomendados pelos Governos assumem em regra como primeira preocupação a justificação sustentadora das opções políticas tomadas, ignorando que na prática as coisas nem sempre se expressam na mesma linha dos resultados de exploração estimados (ex. das SCUT, do Aeroporto de Beja, Estádios do Euro 2004), Cravinho adivinhava assim a desgraça decorrente da ilusão socrática em que assentava o projeto TGV, na linha de toda a governação socialista que pintou a negra realidade do país de uma cor rosa durante os últimos 7 anos.

O resultado da comprometedora sangria de recursos bancários que tais projetos de investimento público acarretou para a economia nacional sente-se hoje, apesar de o PSD denunciar desde a campanha eleitoral de 2009 a necessidade de reverter os mesmos para a atividade das empresas em geral e das PME’s em particular, onde eram efetivamente necessários e continuam a ser hoje, mas que agora infelizmente não estão mais disponíveis.

Uma boa parte da subida do desemprego a que assistimos neste início de 2012 deve-se ao encerramento de empresas pela quebra do consumo interno, mas também pela fuga do IDE (investimento direto estrangeiro) que Portugal não consegue mais fixar e tem cada maior dificuldade em captar, para países onde os bancos reservam o dinheiro disponível para financiar as empresas produtivas mais do que para o crédito à habitação: que hoje aí temos de sobra para as próximas gerações e que dela menos necessitarão pelo decréscimo populacional previsto pelas projeções demográficas conhecidas.

Apesar de ter sido demonstrada à exaustão a falência do investimento no TGV (sem rentabilidade económica nem repercussões imediatas sobre o desemprego e os mercados de trabalho regionais), aqui e na vizinha Espanha onde estão a ser desativados ramais recentemente construídos, bem como evidenciada a impossibilidade da sua construção pela ausência de recursos financeiros internos para fazer face ao empréstimo a contrair junto do BEI (Banco Europeu de Investimento), o PS continua a ignorar tais evidências da mesma forma que continua a negar as suas responsabilidades perante a atual crise para onde conduziu o país e os portugueses, vindo a terreiro clamar contra a alteração do projeto pela qual o atual governo se decidiu, como se as contas públicas depois da governação do PS fossem cor-de-rosa e não negras como realmente são.

A propaganda do PS assenta em que o TGV criaria emprego e ajudaria à recuperação económica do país, mas o que os portugueses hoje conhecem e sentem na pele, é o estado a que o país chegou com tantas outras propagandas socialistas em 12 anos de guterrismo e socratismo: défice descontrolado, dívida pública galopante, um endividamento externo alarmante, desemprego crescente e, pedido de ajuda financeira externa.

O Governo em exercício optou por abandonar a Alta Velocidade e substitui-lo por uma modalidade de Velocidade Alta, dando prioridade a um eixo ferroviário de mercadorias entre o porto de Sines e a fronteira franco-espanhola, por Madrid, apostando na competitividade das exportações portuguesas e espanholas. Estranha-se assim que o PS, partido sustentador do anterior Governo, que ao longo de 7 anos abundância de crédito à economia e aos investimentos públicos, não construiu as infraestruturas necessárias à sustentação do investimento estrangeiro no Alentejo (veja-se o caso da Embraer), venha agora através dos seus peões menores invocar os enormes prejuízos do abandono do TGV para a perda de competitividade territorial do Alentejo, que deveriam saber não se resolver apenas com comboios, tal como não se resolveu com autoestradas.

Alheios às medíocres performances do poder local marcadamente socialista no que toca à (não) dotação do Alentejo dos fatores de competitividade territorial necessários a um desenvolvimento consentâneo com outras regiões do país, bem como às reiteradas quebras de solidariedade dos governos socialistas para com o Alentejo (ex. da não construção do Hospital Regional de Évora), vários dirigentes socialistas locais e nacionais ainda se atrevem a criticar o atual Governo e o Tribunal de Contas pelo abandono do investimento no TGV, afirmando que há dinheiro para o concretizar e que “perdemos” 1.200M€ (de um empréstimo, logo, a devolver ao BEI).

A irresponsabilidade e leviandade dos ex-governantes socialistas é de tal monta que afirmam não se criar emprego, prejudicando os setores da construção e dos serviços e que tal significa que este Governo afunda, por esta, via, a economia do país e que não tem modelo de desenvolvimento económico.

Parece mais que nunca evidente qual o modelo de desenvolvimento que o PS tinha em mente para este país e que levou à prática nos últimos 15 anos: a construção de infraestruturas públicas mal planeadas e que hoje são verdadeiros elefantes brancos, endividando o país até ao limite de pedir ajuda financeira internacional. Emprego? Sim, algum, artificial (subsidiado pelos empréstimos contraídos), sem sustentação económica, que hoje bate à porta dos centros de emprego, porque se esgotou nas fases da construção desses projetos que não geraram riqueza, mas apenas endividamento.

O que resta para o futuro? Uma crise que temos que vencer e ultrapassar, mas sem demagogias, com transparência, com trabalho e com esforço, como este governo está a fazer e para cujo sucesso precisa de empenho, dedicação e tudo o mais, mas não precisa dos demagogos que até há um nos atrás enganaram os portugueses como se as finanças públicas estivessem bem, em vez de pedirem ajuda um ano antes, em condições mais vantajosas para todos e com menos sacrifícios.

Basta de falta de responsabilidade e de falta de vergonha dos que nos afundaram até há um ano atrás! Mais respeito por aqueles que todos os esforços desenvolvem para nos tirarem do buraco onde nos meteram.


2012-03-24

DISTRITO DE ÉVORA CONTA COM O GOVERNO

Os militantes do PSD de Évora, reunidos em Assembleia Distrital, aprovam um voto de louvor e elogio ao Governo em exercício, na pessoa do Ministro da Administração Interna, pelo apoio à concretização de meios fundamentais ao funcionamento dos Bombeiros Voluntários no distrito de Évora, aumentando assim a capacidade e qualidade nas respostas prestadas à população, bem como o reforço dos dispositivos e verbas para apoio aos fogos no ano de 2012.

Os militantes do PSD do distrito de Évora repudiam ainda a demagogia dos dirigentes distritais do Partido Socialista que iludiram o Secretário Geral do PS evitando que, na sua visita ao distrito de Évora, tivesse contactado com:

  • O insustentável volume de emprego do call center da Reditus/CGD, instrumentalizado politicamente pelo PS em campanhas eleitorais e inaugurado repetidamente por membros dos governos socialistas deste distrito;
  • A desertificação do distrito de Évora onde foram encerrados centros de saúde, postos da GNR, escolas, durante a governação socialista dos últimos 7 anos que conduziram Portugal à situação de pré falência;
  • Os fornecedores que aguardam há mais de 1 ano os pagamentos das Câmaras socialistas do PS no distrito;
  • Os agentes culturais e desportivos do concelho de Évora a quem não são pagos os valores correspondentes aos contratos assumidos;
A Comissão Política Distrital de Évora do PSD
Évora, Março de 2012

2012-02-23

UM GOVERNO SÉRIO E TRANSPARENTE A ELOGIAR



Ficámos a saber que nenhum membro do atual governo (o que inclui ministros e secretários de estado, chefes de gabinete, diretores-gerais e presidentes de institutos) tem cartão de crédito pago pelo erário público, ao contrário do que acontecia no anterior governo do PS liderado por Sócrates, cujos governantes usavam cartão para despesas sem orçamentação: os casos mais evidentes e comprovados parecem ser os da ex-ministra da cultura que beneficiava de 5.000€ por mês e do ex-secretário de estado da cultura que beneficiava de um plafond de 4.000€ por mês.

Se quiséssemos prolongar a lista de abusos deste tipo até ao nível regional, nomeadamente no que respeita às práticas dos ex-dirigentes da administração pública regional posteriores à deliberação do Conselho de Ministros de 05 de Julho de 2011 sobre esta matéria (decisão de não emissão de cartões de crédito de contas governamentais para a realização de despesas, mas também sobre a proibição de utilização pessoal de viaturas oficiais), ficaríamos certamente surpreendidos com a falta de pudor com que se continuaram a violar sistematicamente tais deliberações até ao limite e até ao último minuto de exercício de funções, com a cobertura de ex-governantes socialistas que os desculparam por serem considerados boa gente, que sempre lutou pelos alentejanos e pelas suas causas.

O que já não me surpreende é que não só a comunicação social mais relevante não se deu ao trabalho de promover devidamente o destaque desta nova atitude de seriedade, transparência e exemplaridade do atual governo do PSD/PP perante o país e perante os contribuintes, como no próprio PS todos os ex-governantes hoje com assento parlamentar tenham assobiado para o lado e procurado distrair as atenções com a grande preocupação perante os “inacreditáveis” números que o desemprego registado atingiu no final do mês de Janeiro de 2012.

Ora, os preocupantes números de registo do desemprego que aí estão, publicados a tempo e horas, de acordo com os critérios de contabilização em vigor e sem tentações do governo para os mudar, ao contrário do que fez o governo socialista por diversas vezes durante os seus 2 últimos governos, exigem uma análise despida de qualquer demagogia política em que o PS é especialista, tentado desde logo acusar o atual governo pelo crescimento do desemprego.

Conviria aqui tomar nota particular de alguns factos que parecem esquecidos ou manipulados pelo Partido Socialista: 1) após vencer as eleições em Fevereiro de 2005, Sócrates andou durante um ano a atribuir a culpas de todo o mal do país a Santana Lopes e ao seu governo que poucos meses durou, bem distantes dos 7 anos de governação que há pouco terminou; 2) o crescimento do desemprego que agora nos afeta, resulta em elevada medida das políticas erradas do passado mais recente, nomeadamente de 6 anos da governação socialista de Guterres, durante os quais nenhuma reforma estrutural foi feita, apesar das impares condições de crescimento económico do país, a que acresce outro ciclo de repetição de asneiras com Sócrates, onde o esbanjamento de recursos e o abuso do uso de meios públicos para outros fins marcaram a despudorada governação quotidiana até ao estado de pré-insolvência a que o pais chegou.

Por isso, merece o atual governo e Passos Coelho muito mais respeito do que aquele que lhe é atribuído pela oposição e pela comunicação social, já que é preciso analisar seriamente a governação e as suas medidas, entendendo que o governo está a fazer o que é preciso fazer, sem nenhum Luis de serviço para a fotografia do jornal ou para a abertura dos telejornais televisivos.

Tenhamos esperança de que os portugueses sejam bem mais conscientes a avaliar e a valorizar a seriedade e a transparência deste governo, por oposição ao que foram os dois governos imediatamente anteriores, confiando que essa (des)governação socialista não tenha desvalorizado ou mesmo invertido na sociedade portuguesa valores como o trabalho, o esforço, a seriedade e o respeito pelos eleitores, que tanta falta fazem ao país para sair da crise a que o PS conduziu Portugal.

2012-02-09

A PERMANENTE PROPAGANDA SOCRATINA

Évora: projeto Embraer é «luz de esperança», diz autarca Negócios Dinheiro Digital

Em muitos projectos de IDE, especialmente no interior do país, a classificação PIN serviu essencialmente para propaganda, pois o governo socialista fez pouco, em concreto, para garantir as condições do seu sucesso.
Este é um exemplo do dramatismo vivido hoje, denunciado pelos próprios, relativamente ao que não foi feito pelo último governo socialista, que conduziu o país à pré-falência:

2012-02-05

CONSIDERAÇÕES À PROPOSTA DE PLANO E ORÇAMENTO DA CÂMARA MUNICIPAL DE ÉVORA PARA 2012


1. O Plano e Orçamento da CME para 2012 continua marcado pela recusa do executivo municipal em atender às prioridades e preocupações para que o PSD tem vindo repetidamente a alertar por serem essenciais para o concelho de Évora: i) o equilíbrio orçamental; ii) a recuperação e animação do Centro Histórico; iii) o ordenamento, para melhoria da qualidade de vida, na cidade e nas freguesias rurais; iv) a solidariedade social para com os mais afectados pela crise; v) a liquidação célere dos compromissos financeiros assumidos pela CME com os fornecedores e diversos agentes do concelho.

2. O PSD alertou o executivo municipal ao longo dos últimos anos para a ausência de planeamento e de racionalização dos investimentos municipais; para o excessivo optimismo, repetidamente verificado, relativamente à receita efectivamente arrecadada; para a ausência de políticas efectivas e consistentes de redução da despesa, temendo que este conjunto de factores conduzissem, mais tarde ou mais cedo, a um desequilíbrio financeiro grave da CME e gravoso para os munícipes.

3. À repetida preocupação dos eleitos do PSD com o equilíbrio das finanças municipais, aos sistemáticos apelos de redução sustentada do endividamento do município por via da redução orçamental da despesa e de rigorosa execução orçamental, respondeu o Presidente da CME com uma aceitação em palavra e uma inscrição documental que não encontrou cabimento na sua prática de gestão. Não podemos deixar de anotar a observada falta aos compromissos e de considerar como inaceitável a mesma, face ao PSD e face aos eborenses.

4. A despesa da CME continuou a aumentar, praticou-se a desorçamentação, contrariando todos os compromissos assumidos pelo Presidente do executivo, até chegarmos à situação em que nos encontramos: após 10 anos de gestão socialista, a CME está hoje na mesma situação de alarmante endividamento a que a CDU chegou e que o PS não conseguiu melhorar nem contrariar.

5. Avolumando-se os indícios de que a situação financeira da CME divergia substancialmente da informação até agora disponibilizada à oposição pelo executivo municipal, os eleitos do PSD no Município de Évora conseguiram finalmente que, pela primeira vez nos últimos anos, fosse facultada informação clara e com o detalhe suficientes à garantia de que, como nunca antes, o Orçamento da CME para 2012 assegure realidade e transparência na despesa, assumindo, reconhecendo e registando todos os compromissos efectivos da CME.

6. Tal esforço de recolha e análise detalhada de informação por parte dos eleitos do PSD confirmou a gravidade da situação financeira da CME, a qual apresenta um nível de endividamento incomportável e uma estrutura de custos e responsabilidades anuais já assumidas à revelia do orçamento, que deverá ser largamente superior às receitas anuais estimadas.

7. Temos dúvidas, fortes e fundamentadas, sem querer cair na presunção das certezas, de que se atinjam os valores previstos para a receita em 2012, o que implicará o recurso urgente e competente a apoio financeiro da Administração Central e/ou da banca, sem prejuízo de recurso a outras fontes institucionais nacionais ou internacionais. Ainda assim, prevalece para o PSD a indicação da despesa, que esperamos desta vez real e verdadeira, não sendo razoável sermos confrontados com mais surpresas.

8. O preocupante desequilíbrio financeiro da CME, patente na insuficiente arrecadação de receita para fazer face à dívida já comprometida, a que se junta a nova despesa a efectuar em 2012, tem desde logo, a nosso ver, duas implicações imediatas:

a. Primeira: o executivo municipal e o Partido Socialista devem assumir a responsabilidade pela situação e daí retirar consequências políticas, impondo-se uma explicação detalhada à oposição e aos eborenses como e porquê se chegou a este ponto, sem que a informação disponibilizada pelo mesmo assim o indicasse;

b. Segunda: desde o primeiro dia de 2012, iniciar com determinação a redução programada da dívida e sem tibieza uma profunda reestruturação em todas as áreas da estrutura de custos da CME, tarefas que constituem as derradeiras vias de consolidação do passivo financeiro a médio prazo e que permitam à autarquia libertar recursos financeiros para investimento no futuro.

9. Atendendo ao comprovado histórico de incapacidade do actual executivo municipal em empreender esforços satisfatórios de contenção e redução da despesa, considera o PSD ser imprescindível que, de forma a garantir o cumprimento das normas em vigor para a gestão orçamental das autarquias, seja assumida publicamente a necessidade de encetar um processo de saneamento financeiro assistido e validado pelo Governo, com vista a assegurar a reestruturação financeira da CME junto da banca e os pagamentos atrasados e futuros aos fornecedores.

10. Só a garantia desse compromisso por parte do executivo, a par da apresentação perante a CME e a AME de um plano credível de redução da nova despesa para os próximos anos, monitorizado através de acesso pleno de todos os eleitos naqueles dois órgãos a balancetes trimestrais, poderão assegurar à oposição e aos eborenses que os esforços de saneamento financeiro da CME por via da redução da despesa e do pagamento de compromissos assumidos perante os fornecedores se afirmam como processos de verdade e transparência na gestão municipal em Évora, com vista a devolver ao Orçamento municipal, a partir de 2014, o realismo e a seriedade entretanto perdidas.

11. Ainda assim, continuará o PSD a não considerar como sua uma proposta de orçamento final que não corresponde às suas expectativas, profundamente desequilibrada e reveladora da má gestão da coisa pública pelo Partido Socialista, incapaz de reduzir a dívida herdada da CDU, agravando o fardo de encargos para os eborenses e para a gestão municipal seguinte.

12. A manifesta incapacidade da CDU e do PS em gerirem a CME traz à evidência a necessidade de os eleitores escolherem outras políticas e outros protagonistas em Évora, nas próximas eleições autárquicas. Mas, o momento particularmente sensível que Portugal e a Europa vivem aconselha a que se devam garantir as condições mínimas para que a CME disponha de um orçamento para 2012 verdadeiro, essencial ao seu normal funcionamento e à procura dos instrumentos mais adequados à regularização dos compromissos perante os fornecedores e ao reequilíbrio financeiro futuro.

13. Os eleitos do PSD têm a perfeita consciência de que este sinal de preocupação com as populações, com as empresas e outros agentes do concelho, e de responsabilidade para com o difícil quotidiano de munícipes, funcionários e fornecedores do Município de Évora não pode justificar qualquer alívio nos níveis de exigência necessários ao acompanhamento e fiscalização dos compromissos assumidos pelo Presidente da CME, nomeadamente no que respeita aos objectivos de redução da despesa nova e de rigor orçamental. Nesse sentido, o PSD, caso se verifiquem desvios naqueles parâmetros ao longo dos próximos dois anos, irá pedir responsabilidades políticas e exigir as respectivas consequências dos actos praticados à força política que preside ao executivo municipal.


Évora, 16 de Dezembro de 2011
O Vereador do PSD na Câmara Municipal de Évora
Grupo Municipal do PSD na AME
A Comissão Política da Secção de Évora do PSD.