Antes de associar a falência dos PIN alentejanos ao governo atual, deveria o PS de Évora rever em profundidade a campanha eleitoral de 2009, durante a qual o PSD denunciou repetidamente que se aproximava a passos largos a escassez de crédito bancário às empresas, devido aos megalómanos e inviáveis projetos socráticos, entre os quais se contam, no Alentejo: os estudos e os contratos para um TGV que os espanhóis começavam a reduzir e a cancelar; as obras para um aeroporto regional de passageiros (para além da carga) que os espanhóis começavam a registar como inviáveis em todas as suas regiões (exceto nos voos subsidiados em 50% pelo Estado ou pelas comunidades); o atraso da concretização do EFMA muito para além do previsto, antes criando mais empresas públicas geradoras de mais dívida pública; as inviáveis SCUT com empoladas estimativas de volume de tráfego previsto; o desperdício decorrente do errado planeamento e da má gestão nas obras da Parque Escolar, requalificando escolas do Alentejo para capacidades duplas daquelas que hoje servem em alunos; …
A megalomania e a insustentabilidade económica e financeira dos PIN socialistas socráticos, anunciados para o show propagandístico dos jornais televisivos das 8 horas era mais que previsível, sendo bem conhecidos vários casos de insucesso dos mesmos no distrito de Évora (ex. do empreendimento turístico Vila Sol Palheta em Redondo), já no decurso do rebentamento da bolha imobiliária nos EUA em Agosto de 2007 (há 5 anos), apesar de Sócrates e os seus ajudantes de governação (vários deles associados às estruturas do PS de Évora) continuarem indiferentes à especulação imobiliária que já revelava sinais de negativo impacto económico e financeiro noutros países.
Em plena crise financeira internacional decorrente da vertente imobiliária, o governo de Sócrates anunciava 11 projetos de turísticos de “excelência” para o distrito de Évora, aos quais corresponderia um investimento de cerca de 2 mil milhões de euros, bem como a criação de 4 mil postos de trabalho (500.000€ por posto de trabalho criado, a financiar com empréstimos bancários a obter no estrangeiro). Mas, 4 anos volvidos, nada passou do papel e contam-se pelos dedos os postos de trabalho criados, na mesma linha do falhanço da anunciada recuperação dos 150.000 empregos.
O governo socialista de Sócrates cansou e prejudicou os alentejanos e os portugueses com a venda de ilusões, de castelos megalómanos montados nas nuvens sem qualquer noção de realismo económico e financeiros, tendo todos eles vindo a confirmar-se inviáveis e deixando atrás de si um número infindável de buracos financeiros sem fundo, onde foram enterrados milhões de euros que saíram dos impostos e do crédito cortado às empresas e às famílias que hoje passam as dificuldades que sabemos e que as gerações vindouras ainda terão que continuar a pagar.
No distrito de Évora, o PSD sempre defendeu o carácter estratégico do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva, que os governos socialistas não executaram no tempo programado, continuando a fazê-lo no futuro, por considerar que este é indispensável para o desenvolvimento económico e social da região, devendo, por esse motivo, merecer uma atenção responsável e realista dos responsáveis políticos. Os empresários que investem no Alentejo merecem todo o respeito e carinho por parte do PSD e do governo, que incentivarão e apoiarão os mesmos na geração de riqueza e de emprego necessários à recuperação e consolidação da economia alentejana e nacional.
Mas, todos os investimentos privados e públicos a apoiar e incentivar no Alentejo e no país exigem, no quadro de pré-falência em que o PS deixou o país, realismo na análise dos efeitos esperados sobre a economia e garantias de diversificado financiamento sustentador. Proceder em contrário, seria enveredar pelo mesmo caminho de demagogia e irresponsabilidade através do qual o PS nos conduziu até aqui.
Évora, Agosto de 2012
A Comissão Política Distrital de Évora do PSD
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