2013-08-27
POR UMA ESTRATÉGIA DE DINAMIZAÇÃO COMERCIAL DO CENTRO HISTÓRICO DE ÉVORA
As notícias sobre as dificuldades de exploração (até agora a 60%)
do novo espaço comercial de Badajoz, permitem-me voltar à carga com a minha
defesa desde há mais de uma década: nem aquele modelo, nem o fórum eborense (à
moda do Montijo) com construção parada e que será mais um elefante branco da
gestão socialista, são adequados a
Évora, cidade que tem um centro histórico classificado como património da
humanidade pela UNESCO.
O pior é que a CME, presidida pelo PS, teve a oportunidade de, por
iniciativa do PSD, implementar a solução adequada, depois de ter prometido 5
centros comerciais a todos os possíveis e imaginários promotores de projetos
comerciais durante as 3 campanhas eleitorais dos últimos 12 anos, resultando na
perda de milhões de € dos mesmos, devido à ilusão criada pelo PS de Évora.
Foi em tempos solicitado pela CME, por iniciativa do PSD, a um
Centro de Estudos associado a uma Universidade portuguesa, a elaboração do
estudo de "Avaliação
dos Impactos dos Centros Comerciais na cidade de Évora", com
vista a ajuizar politicamente mas com algum fundamento técnico e científico, os
pedidos de instalação dos 5 projetos de investimento comercial para Évora que
entretanto lhe chegaram à mão.
A principal preocupação era a de perceber se seria possível
sustentar, em Évora, tal quantidade de intenções de investimentos, com formatos
e dimensões disparatadas logo à vista desarmada e, mais ainda, a de equacionar a
melhor localização para os empreendimentos, à luz da necessidade harmonia com a
valorização turística do comércio tradicional e genuíno (e não os chineses) em
pleno Centro Histórico, de forma a dar escoamento aos produtos regionais
associados a uma marca Évora e Alentejo, de cariz local e regional, porque
Évora é a mais importante cidade do Alentejo.
Infelizmente, como em tudo o resto durante as últimas décadas, a
inteligência não foi visível nos paços do município PS, embrulhado nas
promessas/compromissos assumidos de forma leviana com os potenciais
investidores durante a campanha eleitoral, os quais eram pura ilusão e, por
isso, uma vigarice eleitoral.
O estudo elaborado sobre a viabilidade dos espaços comerciais em
Évora, apontou uma proximidade ao Centro Histórico como a mais adequada
para um (e apenas um) espaço comercial e de lazer a criar em Évora, promovendo
dessa forma, por via da complementaridade, a revitalização do pequeno
comércio daquela área e a requalificação urbana da Rua de Avis e Rua
do Muro.
E o que fez o PS na CME? Não aproveitou para negociar a deslocalização
da intenção de investimento comercial da zona industrial de Almeirim, para o
espaço que tinha ficado vago (por devolução de terreno da Universidade de
Évora) entre as rotundas da Lagoa e de Avis, onde acabou por fazer aquela coisa
hibrida das hortas urbanas com uma vergonhosa taxa de abandono e, antes
insistiu em deixar continuar a construção do fórum comercial que sabia não
seria viável nem servia os interesses de Évora, pela sua localização.
Criar um polo de animação comercial numa ponta do Centro
Histórico e requalificar o Rossio (na outra ponta), continua a ser urgente para
dinamizar todo um corredor que inclui as ruas da Lagoa, de Avis, da República, o
Jardim das Canas, a Praça do Girado, o Mercado 1º de Maio. O PSD sempre o
defendeu e… continuará a lutar por essa solução.
2013-08-19
O JUSTO ELOGIO E RECONHECIMENTO À COMPETÊNCIA GOVERNATIVA
O Ministro Poiares Maduro anunciou que o Governo
português entregará brevemente à Comissão Europeia a proposta de estratégia
para o desenvolvimento do país e das suas regiões, entre as quais o Alentejo,
no horizonte 2020, ou seja o documento para o Quadro Estratégico Comum (QEC) que
agora terá como balizas enquadradoras os objetivos do crescimento inteligente,
sustentável e inclusivo.
Seria de bom-tom e bom senso, que toda a oposição
elogiasse publicamente o resultado bem conseguido deste esforço do governo, pelo
cumprimento dos prazos de preparação da estratégia de desenvolvimento do país,
onde se pretende verter os fundos comunitários de apoio financeiro a receber
entre 2014 e 2020, bem como pela condução interna da discussão, preparação,
desenho, acerto, estabilização e construção das matrizes regionais dessa
estratégia, partilhadas exaustivamente entre os agentes políticos, sociais,
económicos e empresariais, culturais e voluntários, por iniciativa das CCDR’s,
por comparação governo socialista e àquilo que se passou no anterior Quadro
comunitário, designado QREN.
Diz o ministro Poiares Maduro que no segundo semestre de
2014 estaremos a receber esses fundos comunitários do próximo QEC. É obra!
Basta pensar na carga burocrática de regulamentação que se segue à entrega da
proposta portuguesa para contratualização do QEC.
E, pensar que com o primeiro governo de Sócrates,
demorámos 2 anos a receber os primeiros fundos do atual QREN, ou, pior ainda, que
quando o atual governo tomou posse, os processos concorrentes a certos programas
regionais (como é o caso do INALENTEJO) eram de tal monta, por analisar, por
decidir, por pagar, por executar, que a execução financeira do mesmo programa
era de 22% em 2011, tendo num só ano duplicado essa taxa para 44% mas correndo
mesmo assim o risco de não conseguir beneficiar de toda a verba financeira
disponível devido ao tempo perdido na governação socialista.
Posto isto, resta-me desafiar os eleitores a avaliarem os
sumptuosos gastos do PS de Évora num jornal de elevada qualidade para passar uma
única mensagem: votar no PS para derrubar este governo. Não se compreende, pois
poderíamos pedir também o voto no PSD para derrubar este executivo municipal
que arruinou Évora, da cor do mesmo partido (PS) que levou Portugal à beira da
bancarrota. Será esta a campanha que poderemos esperar do PS em Évora, a que se
junta a utilização do PAEL para limpar a cidade e abrir um balcão isolado (não
único), em vez de se pagar aos fornecedores locais a quem a CME deve há anos?
Que os eleitores eborenses nos ajudem a construir um futuro melhor para os
nossos filhos e que seja bem melhor que o encargo de dívidas irresponsáveis
contraídas por incompetentes.
2013-08-06
2013-08-04
MUNICÍPIO DE ÉVORA: QUE PERFIL ESCOLHER NAS ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS?
Os
eborenses serão em breve convocados a escolherem o próximo Presidente da CM de
Évora, que iniciará um novo ciclo político, findos os 12 anos correspondentes a
3 mandatos consecutivos do PS como força política absoluta primeiro e
maioritária depois, desde 2001. Essa será a primeira nota a reter: o pior que
os eborenses poderão fazer, será absterem-se do exercício dos seus direitos,
mas acima de tudo, dos seus deveres como eleitores decisores a quem cabe a
escolha da qual não poderão mais tarde queixar-se apenas pela crítica, se não
tiverem exercido no ato da eleição, a sua opção efetiva.
Ora,
como as eleições são um momento especial que tende a iludir todo o resto dos
mandatos, procurando as candidaturas dirigir a atenção dos eleitores para os
fatos mais recentes, para os últimos 6 meses antes das eleições, importaria
fazer um exercício “à priori” ou “ex-ante” sobre qual o perfil de candidatura
que melhor servirá os interesses da autarquia eborense neste momento, em 2013 e
tendo em vista o horizonte de um novo ciclo político até 2020, correspondente ciclo
europeu do novo QEC (Quadro de Referência Estratégica no âmbito do ciclo
europeu 2020).
Podemos
começar por questionar se o melhor perfil de Presidente do Município será o da
continuidade da gestão dos últimos 12 anos, empenhado nos descalabros e
insucessos da gestão anterior, prometendo agora fazer melhor não se sabe bem o
quê, porque, já se percebeu que a medida de certas candidaturas quanto à
melhoria conseguida é muito parca e que facilmente se reduzirá a uma pedra de
calçada agora desencaixada ou a algum balcão supostamente único num serviço
municipal que não conseguiram por a funcionar melhor em benefício dos
eborenses, ao longo de 12 largos anos.
O
insucesso do PS na gestão da CM de Évora durante 12 anos deve-se apenas à sua
incapacidade e incompetência para governar os destinos do concelho, por um lado
e, por outro lado, a uma total incapacidade e incompetência na gestão da
máquina que é a autarquia em si, a qual em nada funciona hoje melhor que há 12
anos atrás. O mínimo que os eborenses esperariam hoje, passados 12 de vacas
gordas com 8 anos de governação socialista ao nível nacional, seriam a redução
da dívida herdada e uma modernização substancial do funcionamento dos serviços
municipais. Nada disso foi conseguido, nem no primeiro mandato, quando o PS
teve maioria absoluta, nem nos seguintes e, mesmo aí, poderão os eborenses
agradecer ao vereador do PSD as iniciativas que foram levadas a cabo, com
ponderação, responsabilidade e controlo, a partir de 2005.
Esta
é, por outro lado, uma fragilidade da candidatura da CDU à CME nestas eleições:
o número de propostas ativas, ou de iniciativa que 3 vereadores da CDU
apresentaram (ou não) nomeadamente durante os últimos 8 anos em que o PS perdeu
a maioria absoluta e ficou representado na CM com os mesmos 3 vereadores que a
CDU. As atas das reuniões da CME, disponíveis no site respetivo da web revelam
apenas uma atitude da CDU ao longo dos últimos 8 anos: uma oposição de rejeição
total contra o PS que governava e contra o PSD que apoiava quando achava
oportuno e do interesse de Évora e dos eborenses.
A
permanente, reiterada e sistemática atitude de rejeição e de oposição negativa
e destrutiva da CDU durante tantos anos, acabou por ser corrosiva até
internamente, ao ponto de este força política deixar de funcionar de forma
coerente e como alternativa, antes dando origem a uma candidatura de alguém de
fora do concelho, já reformado e impedido de se candidatar a outro concelho, da
linha mais ortodoxa do PCP e bem diferente em termos de perfil do ex-presidente
Abílio. Será este o perfil desejado para presidir e gerir um novo ciclo de
futuro para o concelho de Évora?
Em
qualquer dos casos de escolha dos eborenses, pelas candidaturas do PS ou da
CDU, poderão contar com presidentes de CM que apenas desculparão a dívida
acumulada por má gestão própria, vociferando contra o governo que não resolve
os problemas que o PS criou e agravou em Évora, ou então, manifestações de rua
permanentes e uso e abuso dos autocarros da autarquia para transporte dos
funcionários sindicalizados em direção às manifestações da CGTP em Lisboa, caso
fosse a CDU a força vencedora nas próximas eleições autárquicas.
Restam
assim, as candidaturas protagonizadas por independentes associados a forças
políticas, suficientemente desprendidos das estruturas partidárias e que lhes
permitam por um lado, algumas ruturas controladas com o passado dos últimos 12
anos em Évora e, que alarguem por outro lado o leque de abrangência para além
das sedes dos partidos, que se sintam suficientemente à vontade para poderem criticar
e exigir perante os governos (sejam do PSD ou do PS) o cumprimento das
promessas que fazem em campanha e que são determinantes para a vida do concelho
e do Alentejo, como seja a construção do Hospital Regional em Évora, que foi
orçamentado pelo PSD em 2005 e abandonado pelo PS a meio do mesmo ano aquando
das eleições legislativas seguintes.
O
pior que poderia acontecer a Évora e ao futuro dos eborenses, seria que todos
os que criticaram tão severamente ao longo dos últimos 30 anos a subserviência
da gestão municipal à influencia da Rua de Avis ou da Travessa da Alegria, não
valorizem o que nisso, poderá ser diferente nestas eleições por parte de outras
candidaturas, bem mais promissoras.
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