Na
semana da sua reeleição como Presidente do PSD, Pedro Passos Coelho revelou a
sua determinação em, tal como ao longo dos últimos 4 anos, não virar as costas
às responsabilidades que o país lhe possa vir a exigir a curto ou médio prazos
e retomar as reformas entretanto interrompidas.
O caráter
reformista da sua governação, nomeadamente no que toca à coragem de enfrentar e
pensar a fundo os problemas com que o país se deparava em 2011 e enveredar
pelas soluções necessárias e adequadas, indiferente à tentação demagógica a que
a governação sempre apela, constitui marca indelével da governação da PAF, num
dos períodos económica e financeiramente mais difíceis por que Portugal passou
no atual democrático.
Os quase
37% de eleitores que reconheceram e valorizaram nas eleições legislativas de
2015 o projeto reformista da PAF, por oposição ao projeto radicalista da
coligação de interesses atualmente instalada na governação e no parlamento,
podem assim continuar a acreditar que existem vontades e capacidades latentes
para a resolução séria e com profundidade dos problemas estruturais que
continuam, agora mais que antes, a pressionar a sociedade e os recursos do
Estado, como sejam a demografia e a sustentabilidade da segurança social.
Olhar
com profundidade para esses desafios e atuar na sua origem, ao invés do seu
adiamento para contentar os eleitores no imediato, exigirá, mais cedo ou mais
tarde, o retomar do caminho das reformas estruturais que sustente um
crescimento económico suficiente ao processo de geração de emprego e absorção
do desemprego, por via, entre outras, da atratividade do investimento
estrangeiro, caminho que se inverteu no atual ciclo governativo.
O
projeto reformista do PSD para voltar a levar Portugal para a frente, que vinha
sendo trilhado de forma prudente e sustentada, continua pois atual e, mais que
necessário, verdadeiramente premente, face aos variadíssimos sinais de risco
apontados ao cumprimento das metas e medidas do OE para 2016, os quais poderão
atirar o país para uma crise económica e financeira de um momento para o outro,
ao longo do corrente ano.
Ora, num eventual (embora provável, esperamos que não
concretizável) cenário de emergência económica e financeira e, consequente
crise política, que muitos analistas, organismos internacionais e instituições
reguladoras não descartam, a demonstração de vitalidade do PSD e do seu caráter
reformista, preparado para assumir responsabilidades governativas, será sem
dúvida uma garantia de credibilidade do país no quadro internacional. É essa a principal
fonte da importância da (re)candidatura de Pedro Passos Coelho à presidência do
PSD.