Como muitos eborenses, desconhecia que
os candidatos do PS à Câmara Municipal de Évora, tudo farão para repor as
Freguesias agora extintas, prometendo transformar a autarquia eborense num
antro de contestação à governação de Portugal.
Recebi
em casa o folheto sobre o compromisso do PS para “Defender as Freguesias do
Bacelo e da Senhora da Saúde”, sem que tenha percebido quais as propostas concretas
dos candidatos, reformados e repetentes, para a freguesia onde se propõem fazer
melhor. Trata-se apenas de um manifesto contra o Governo, bem descarado e à boa
maneira comunista, de contestação pública a partir das autarquias.
Fiquei
a saber, pelo texto expresso, que tanto os candidatos do PS à CME como às
respetivas Uniões de Freguesias, têm por única proposta repor as Freguesias
extintas, quando um suposto futuro governo do PS revogar a legislação que as
extinguiu.
Ora,
o PS que vai gastar 92.000€ na campanha autárquica de Évora, provocatoriamente
e indiferente à crise em que deixou o país e às dificuldades económicas dos
portugueses e dos eborenses, bem que podia aproveitar os mesmos milhares de € para
comunicar aos eborenses as suas propostas concretas para os órgãos autárquicos,
em vez de fazer a demagogia do “vale tudo” para se manter agarrado ao poder na
CME.
Desde
logo, a questão de perceber a falta de seriedade dos candidatos do PS tanto à
CME como às Freguesias, sabendo eles e nós que foi um governo do PS que
conduziu Portugal à pré-falência e se viu obrigado a assinar com a Troika um
compromisso de restrições e emendas, a troco de um programa de assistência
financeira. Nesse compromisso, figura, ao que se sabe por erro de um
ex-governante do PS, uma medida de agregação e de redução dos órgãos
autárquicos, neste caso as freguesias. Como podem estes candidatos do PS em
Évora virem prometer tamanho disparate, a não ser pela falta de propostas
concretas, depois de nada terem feito de concretização das anteriores, ao longo
de 12 anos?
Só
isso justificará que os próprios candidatos do PS à CME também se comprometam
com o mesmo disparate, conforme diz o texto do folheto, revelando
verdadeiramente a massa de que são feitos, no concelho de Évora: demagogia.
Manter
em pleno funcionamento as instalações das juntas agregadas e manter nos atuais
locais os funcionários das Freguesias, surge igualmente de forma disparatada no
texto do folheto do PS, como se outros, nomeadamente o Governo atual, alguma
vez tivessem dado algum sinal em contrário de uma coisa obvia, natural e aceite
logo na base da reforma do poder local feita pelo atual governo.
O
que já não se pode aceitar, por falta de seriedade, é a proposta do PS de
reforçar o quadro de pessoal das Freguesias, a começar pelo Bacelo, sabendo o
PS que tal lhe está vedado por lei e, mais ainda, pela falência a que conduziu
o município, nos últimos 12 anos, com reflexos financeiros na capacidade de
ação das Freguesias.
Os
eborenses mereciam mais seriedade e menos demagogia de alguns candidatos, que
não se limitassem a dizer que vão fazer melhor, quando já vimos o mau
desempenho das suas forças políticas na desgovernação de Portugal e a inércia e
o marasmo no endividamento do concelho de Évora, durante os últimos 12 anos.
1 comentário:
Estes deprimidos estão a fazer campanha autárquica ou legislativa! Qual é o seu programa para o concelho e para as freguesias! Será que é manter a degradação permanente da cidade! Qual é o seu programa para manter os jovens na cidade, para melhorar a qualidade de vida dos munícipes e das empresas! Quererão estes Srs. construir um aeroporto em Évora, e uma auto-estrada de 6 faixas entre S. Manços e a Azaruja?
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