2016-04-15

O CAMINHO QUE PORTUGAL DEVERIA ESTAR A PERCORRER


Terminado mais um congresso, o PSD inicia um novo ciclo na política nacional, mais colado ao papel de oposição afirmadora de uma alternativa sólida à governação em exercício, apresentando um pacote de reformas concretas que marcam a diferença clara e inequívoca em relação às anunciadas pelo PS.

Trata-se de uma segunda geração de reformas estruturais, viradas para as preocupações de financiamento da economia e de recuperação de empresas, de promoção do investimento nacional e estrangeiro, de garantia de sustentabilidade financeira da segurança social, de revisão da lei eleitoral, que os partidos que saíram vencedores das últimas eleições legislativas estariam a implementar agora, caso fossem governo e que, devido às circunstâncias de resgate do país da crise financeira e económica, não encontraram condições de execução nos últimos 4 anos.

Faz todo o sentido esta linha de ação do PSD, já que o programa eleitoral que os portugueses sufragaram nas urnas continua atual e ganha relevância todos os dias, quando comparado com o adensamento das dúvidas sobre as medidas do governo e seus efeitos, o que é confirmado pelo Presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, através do enaltecimento dos notáveis e necessários esforços do governo de Passos Coelho nos últimos 4 anos, ao mesmo tempo que criticava a revogação das reformas empreendidas pela coligação PSD/CDS pelo atual governo, desde a educação à área laboral.

As críticas do Presidente do BCE à febre revogadora do governo socialista, interrompendo e revertendo mesmo os resultados em afirmação das reformas empreendidas antes, como o crescimento dinâmico do emprego desde 2014, o aumento da competitividade do país em matéria de atração de investimento, a redução da taxa de abandono escolar precoce, entre outros, dão consistência à mensagem que o PSD terá necessariamente de transmitir aos portugueses durante os próximos meses: a da governação responsável que soube priorizar o essencial para evitar a bancarrota do país e a retoma de um caminho de recuperação económica consistente, resistindo à tentação demagógica das políticas populistas e eleitoralistas que hoje vemos e que ameaçam deitar por terra os esforços que os portugueses fizeram no passado recente.

A estagnação da economia e a fraca criação de emprego em resultado dos incipientes níveis de investimento observados no atual contexto, justificam a necessidade de o PSD reafirmar e recordar quais as medidas que estaria a tomar se fosse governo, tendo em vista um crescimento económico duradouro e saudável, o que exige que o país recupere a confiança, credibilidade e atratividade para o investimento, permitindo-lhe uma economia mais forte, que gere mais e melhor emprego.

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