Terminado
mais um congresso, o PSD inicia um novo ciclo na política nacional, mais colado
ao papel de oposição afirmadora de uma alternativa sólida à governação em exercício,
apresentando um pacote de reformas concretas que marcam a diferença clara e
inequívoca em relação às anunciadas pelo PS.
Trata-se
de uma segunda geração de reformas estruturais, viradas para as preocupações de
financiamento da economia e de recuperação de empresas, de promoção do
investimento nacional e estrangeiro, de garantia de sustentabilidade financeira
da segurança social, de revisão da lei eleitoral, que os partidos que saíram vencedores
das últimas eleições legislativas estariam a implementar agora, caso fossem
governo e que, devido às circunstâncias de resgate do país da crise financeira
e económica, não encontraram condições de execução nos últimos 4 anos.
Faz
todo o sentido esta linha de ação do PSD, já que o programa eleitoral que os
portugueses sufragaram nas urnas continua atual e ganha relevância todos os
dias, quando comparado com o adensamento das dúvidas sobre as medidas do
governo e seus efeitos, o que é confirmado pelo Presidente do Banco Central
Europeu (BCE), Mario Draghi, através do enaltecimento dos notáveis e necessários
esforços do governo de Passos Coelho nos últimos 4 anos, ao mesmo tempo que criticava
a revogação das reformas empreendidas pela coligação PSD/CDS pelo atual governo,
desde a educação à área laboral.
As críticas
do Presidente do BCE à febre revogadora do governo socialista, interrompendo e revertendo
mesmo os resultados em afirmação das reformas empreendidas antes, como o crescimento
dinâmico do emprego desde 2014, o aumento da competitividade do país em matéria
de atração de investimento, a redução da taxa de abandono escolar precoce,
entre outros, dão consistência à mensagem que o PSD terá necessariamente de
transmitir aos portugueses durante os próximos meses: a da governação responsável
que soube priorizar o essencial para evitar a bancarrota do país e a retoma de um
caminho de recuperação económica consistente, resistindo à tentação demagógica das
políticas populistas e eleitoralistas que hoje vemos e que ameaçam deitar por
terra os esforços que os portugueses fizeram no passado recente.
A estagnação
da economia e a fraca criação de emprego em resultado dos incipientes níveis de
investimento observados no atual contexto, justificam a necessidade de o PSD
reafirmar e recordar quais as medidas que estaria a tomar se fosse governo, tendo
em vista um crescimento económico duradouro e saudável, o que exige que o país
recupere a confiança, credibilidade e atratividade para o investimento, permitindo-lhe
uma economia mais forte, que gere mais e melhor emprego.
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