Como os meninos ainda não se fazem de barro, alguns dos professores do 1º ciclo do Ensino Básico e Educadores de Infância recém formados ou ainda em formação, nunca virão a exercer a profissão para cujo perfil estão a adquirir competências.
Tal constitui, por um lado, um desperdício de recursos públicos que poderiam e deveriam ser canalizados para outras áreas em que o país é manifestamente deficitário, para além de, por outro lado, acarretarem uma enorme frustração para os afectados, que confiaram e apostaram numa área de formação que, apresentada enquanto oferta pelas universidades do Estado, deveria à partida, oferecer garantias de adequação na resposta às necessidades do mercado de trabalho.
Até quando vai o Estado permitir que a confiança que nos seus organismos deveriam os cidadãos depositar, continue a ser corroída desta forma?
Mais do que coragem, exige-se aos governantes que gerem a máquina administrativa do Estado, o respeito pelos cidadãos, não criando neles expectativas que se sabe, à partida não poderem ser satisfeitas mais tarde. Poderia ainda acrescentar a falta de respeito que constitui o desperdício de recursos financeiros públicos, provenientes dos nossos impostos, de forma consciente e deliberada (a informação sobre as carências e excesso de competências no mercado de trabalho é abundante e de acesso generalizado).
Às Universidades e Escolas Superiores do ensino público podem e devem os recém-licenciados que estão e provavelmente continuarão desempregados, pedir responsabilidades por não responderem à missão para a qual foram criadas, podendo para tal pedir ajuda à Associação Sindical dos Professores Licenciados.
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