2006-03-18

HÁ FILHOS E ENTEADOS! E também parece haver intocáveis.

Como se pode depreender da notícia, esta avaliação e as punições anunciadas são para os comuns funcionários públicos, aqueles que estão destinados ao sacrifício, a bem da imagem da governação em prol do emagrecimento do Estado pedido por Belmiro e outros séquitos.
E quantas são as excepções? São intocáveis?
Para algumas categorias não há avaliação de desempenho porque não erram e estão acima do comum dos cidadãos? Porque os impostos de todos nós são mais bem aplicados neles que nos restantes funcionários públicos?
Ou porque estão mais organizados e, através das suas estruturas sindicais ameaçam com aquelas greves à sexta-feira e deixam os Governos a tremer?
Podemos chamar corajoso a este Governo ao tomar medidas destas contra os mais fracos, evitando sempre que possível meter-se com os mais fortes? Que sentido de justiça e equidade possui? Que objectivos o norteiam?
Por mim falo, que não sou funcionário público mas apenas tenho contato individual de trabalho celebrado com o Estado, pelo que não me sinto afectado nem para o bem nem para o mal, dado que sou avaliado desde há quase 20 anos a esta parte.
Ainda assim, ouso emitir opinião sobre o que não me parece bem mas que afecta outros que não eu próprio.
O que me estranha é o silêncio de tantos supostos lutadores pelas causas públicas, solidários com os mais desfavorecidos, prejudicados e ameçados, que não ousam levantar a voz, antes procuram passar despercebidos, pelo facto de eles próprios, ou alguém próximo fazer parte das categorias "até agora ainda não atingidas" pelas restrições. Muitos que sempre ouvi dizerem-se de esquerda, como se issio fosse uma moda prestigiante.
Pelos vistos, mais prestigiante que a pretença que a presença e a prática, o que não me surpreende.
Não esperem pela demora. E, nem o facto de muitos deles se terem sempre mostrado nos foruns da suposta esquerda solidária, evitará os conflitos de consciência com se debaterão ao perceberem que deram o seu voto e ergueram o seu punho em defesa de quem tem que governar para o país e não para eles, apesar do seu voto e apoio.
Como pode este país alguma vez este país ser verdadeiramente desenvolvido se substancial parte dos seus dos seus habitantes apenas se incomodar quando ouvir baterem à sua porta?

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