2008-05-04

A POLÍTICA PANTANOSA DO PS

Muitos defendem, nomeadamente entre os santanistas, que a principal responsabilidade pela situação de grave crise a vários níveis a que Portugal chegou, é de Sampaio, por ter dissolvido a AR em 2004 e provocado novas eleições legislativas.

Não partilho dessa opinião, embora considere que o Governo do PSD/PP em funções então, era muito mais competente do ponto de vista técnico-político que o Governo liderado por Barroso. O certo é que Barroso não estava preparado para governar, nem a coligação feita à pressa com o PP resultou, bastando ver as sondagens eleitorais feitas a partir de então, que sempre apontaram o PS acima do PSD então no Governo, mesmo quando Ferro estava na berlinda do caso Casa-Pia.

O principal responsável pelo abismo para que Portugal caminha, de forma assustadora, a passos largos, é Guterres, o homem que só avisa da cheia, gritando desperadamente, quando a água do pântano sobe assustadoramente e ameaça a sua baixa estatura.

A falta de autoridade não é admissível a um Primeiro-Ministro que prefere engolir em seco durante 6 anos até considerar que já não tem mais estômago para aguentar tropelias de Varas, Sócrates e outros que, sendo colaboradores da sua confiança, ele não conseguiu por na ordem e deixar para nós a factura para pagamento a longo prazo.

Guterres foi uma fraude neste país, onde permitiu a ascensão da maior incompetência técnica e política do PS, bem piores do que ele, a quem, apenas faltou coragem para decidir um rumo para o país e impor ordem na sua casa.

Teve tudo o resto na mão, incluindo os valores humanistas que faltam hoje ao PM (que nunca os teve) e aos seus mais directos colaboradores (muitos também de Guterres) que os perderam, por interesse directo nos tachos para si e seus familiares, ou seja, por falta da vergonha que também nunca tiveram, apesar do discurso de meninos do coro.

Assim se compromete o futuro de um país: por falta de princípios, em ambos os casos.

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