2006-01-14

NO CENTRO HISTÓRICO DE ÉVORA... NÃO HÁ RECANTO SECO.

Estas imagens, publicadas em (http://jumento.blogdrive.com/) referem-se a uma campanha de sensibilização a decorrer em Gotemburgo.

Diga-se em boa verdade, por demonstração, que o Centro Histórico de Évora, classificado pela UNESCO como Património da Humanidade, bem que merecia idêntica campanha de sensibilização de cidadãos e turistas, onde não é difícil encontrar, a qualquer hora do dia, alguém em "idêntica figura".

A dificuldade estaria no entanto em perceber até que ponto a incapacidade da Câmara Municipal de Évora relativamente à gestão do seu Centro Histórico será ou não responsável pelos comportamentos prevaricadores (por necessidade) dos utentes daquele espaço.

A imagem ao lado, retratando as instalações sanitárias públicas sitas a 50m do ex-libris da cidade de Évora (o Templo Romano), encerraram para obras de remodelação em Junho de 2005 (não poderia ser melhor a altura, ou não fosse a febre eleitoralista que afinal não produziu os resultados esperados) e ainda não reabriram ao público, encontrando-se prontas, a espera de, segundo se diz, completar a instalação eléctrica, tendo a situação sido aqui denunciada em Setembro do passado ano.

Cada vez que observo os turistas a dirigirem-se (guiados pela sinalização existente) a tais instalações sanitárias e, perante a aflição, procurarem um recanto para descarregarem as suas necessidades fisiológicas mais básicas (por sinal, junto ao edifício da PSP e Governo Civil), sinto-me algo envergonhado na compreensão e aceitação da indução de comportamentos não desejados pelos seus protagonistas.

Até quando esta imagem degradante que Évora transmite aos seus visitantes? Não sei quem fica mais envergonhado: se os visitantes, se os eborenses, por verificarem que os vistantes são obrigados a praticarem actos que embaraçam os próprios.

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