2011-04-09

ORGULHO IRRESPONSÁVEL E RUINA DO FUTURO DE PORTUGAL

Pela terceira vez desde 1977 e novamente pela mão de um Governo socialista, Portugal bate à porta do FMI.


Vários analistas e especialistas, consideram que o Governo já deveria ter accionado o pedido de ajuda externa que agora ocorreu há bastante tempo atrás, entre os quais estão diversas vozes que, dentro do próprio PS, acusaram o Primeiro-Ministro de trair o interesse do país apenas para segurar o poder.



Formalizar o recurso à ajuda financeira externa bem antes do “golpe” do Primeiro-Ministro para provocar eleições, na expressão de António Barreto, teria permitido aos cofres do Estado, o mesmo é dizer aos contribuintes portugueses, poupar várias centenas de milhões de €uros, porque evitaria a degradação e o deslize das finanças públicas portuguesas, agravados a cada dia da governação socialista que fez Portugal perder o fraco poder negocial que ainda tinha ao seu alcance.

A crise política provocada intencionalmente pelo Primeiro-Ministro apenas acelerou o inevitável recurso a uma ajuda financeira que confirma a incapacidade e o fracasso da governação socialista, recordista do desemprego, do défice público e do endividamento externo. O adiamento do pedido de ajuda ocorreu por culpa do inadmissível orgulho pessoal e partidário de um Primeiro-Ministro para quem vale tudo o que estiver ao seu alcance para salvar a própria pele e que coloca os seus interesses eleitorais e os do PS acima do interesse nacional.

Ora, certo é que suportar o ego de um Primeiro-Ministro que procurou evitar o pedido de resgate financeiro do país antes das eleições, não só fica bem caro aos contribuintes portugueses (estimado em 334 milhões de €uros só em dívida de curto prazo), como agrava a situação financeira do país e a sua debilidade em recursos necessários mas escassos. Concretamente, poderemos questionar quantos Hospitais Regionais como aquele de que Évora precisa e que o governo socialista não construiu, poderiam ser financiados com esses 330 M€? Como podem os portugueses confiar alguma vez mais num político que sacrifica tais recursos essenciais à vida humana para salvar eleitoralmente o seu partido político e minimizar os estragos da sua governação incompetente, ao mesmo tempo que ataca a oposição que lhe deu todas as condições para governar em estabilidade?


A estratégia da vitimização e a imagem de resistente do Primeiro-Ministro apenas interessará ao próprio, para minimizar os estragos eleitorais no PS, desesperado por ter conduzido o país a um beco sem saída, mas caluniando entidades internacionais, credores do Estado, empresários e banqueiros, para além de toda a oposição, como se fosse esta a responsável pelos 6 anos de governação socialista ao estilo “PowerPoint” e vazia de qualquer reforma estrutural, ou pela subida dos juros da dívida pública em 34% só nos últimos 3 meses.

Depois de mentir aos portugueses nas eleições de 2009, escondendo a difícil situação financeira a que o governo conduziu o país (e cujo estado das contas públicas continua a ser desconhecido), ao adiar agora para além do limite razoável o recurso à ajuda financeira externa, o Primeiro Ministro do governo socialista arruinou financeiramente o país e comprometeu definitivamente as condições de recuperação da economia portuguesa durante as próximas décadas, o mesmo é dizer, durante uma parte substancial das nossas vidas e das vidas dos nosso filhos.


Muitos portugueses se questionarão se, para além do julgamento político próximo, não se pode julgar este responsável em Tribunal, tal como aconteceu na Islândia?

1 comentário:

Anónimo disse...

Sugestão ao futuro Governo de Portugal relativamente a Política de Pensões e Reformas:
- Com valores até 300 euros mensais, fazer ajustes proporcionais para cima.
- Com valores entre 3oo e 1000 euros, manter os valores actuais.
- Com valores entre 1000 e 2000 euros, fazer ajustes proporcionais para baixo.
- Estabelecer o teto máximo em 2000 euros.