2006-06-17

PIOR DO QUE A QUEDA, SÓ O ATESTADO ...

Pior do que as declarações públicas sobre a perda de influência da CME junto do Governo socialista, proferidas em entrevista a um jornal regional, por alguém que, tendo apenas recentemente criado uma fundação em Évora, já conseguiu trazer à mesma mais membros do actual Governo (incluindo o Primeiro-Ministro) do que o Presidente da Câmara de Évora, só mesmo o "Grupo Municipal do Partido Socialista" com a moção que apresentou na Assembleia Municipal de Évora.
Não podia deixar de ser aprovada por unanimidade, com uma declaração de voto de grande empenho da minha parte: afinal, há que ajudar quem precisa... porque a cidade de Évora, o concelho e o Alentejo, não têm culpa de a CME estar à deriva e do seu Presidente ter sido abandonado pelo Governo e pelo PS.
Nem poderíamos permitir que o Presidente da CME se sentisse totalmente abandonado, desde logo pelos seus e lhe passasse pela ideia abandonar o barco logo no início da travessia do mar de rosas (com bastantes espinhos para ele) que prometeu aos eborenses.
Não se pode no entanto deixar de sentir uma certa apreensão sobre qual o sentido oculto desta moção. Será mesmo este, ou poderá significar a confirmação da desconfiança que se vem instalando de que o investimento poderá já estar encaminhado para outra cidade alentejana que não Évora? E se, por hipótese, tal acontecer por mão e vontade do Governo, influenciado por autarcas alentejanos e gestores de empreendimentos públicos com maior peso e capacidade de persuasão do que o edil eborense?
Seja como for, já resta pouco tempo para confirmarmos, em Setembro, se o Presidente da CME ganha asas emprestadas para se manter no ar, aqui no concelho, ou se sentirá necessidade de voar rasteiro para o retiro do repouso.

Em contrapartida, vá-se lá perceber porquê, 19 membros do Grupo Municipal do Partido Socialista decidiram votar contra uma recomendação que sugeria à CME a preparação de iniciativas tendentes à valorização e projecção do património cultural eborense no contexto nacional.

Esta estratégia de colocarem nos órgãos autárquicos eborense os carreiristas e seguidistas políticos do partido socialista, só podia dar tal resultado, para prejuízo de Évora e desilusão dos incautos eleitores eborense (substancialmente menos, é verdade) que ainda se deixaram iludir pelo canto enganoso.

Nada que se estranhe da atitude de suposto seguidismo cego, a avaliar pela democraticidade revelada aquando das recentes eleições para a Presidência da República. Nunca se sabe as consequências que podem advir para os dissonantes da "nomenklatura".

Se assim fazem entre eles, ...

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