2006-03-12

SÓ 100?

Admitindo estar errado, não me recordo de Santana ter criado ou alimentado algum monstro no que toca à máquina administrativa pública.
Mas, recordo-me do que aconteceu durante os 6 anos de Guterrismo, cuja inércia, incapacidade, irresponsabilidade (o aumento do endividamento das famílias em consequência de uma aposta - improdutiva e empobrecedora - no consumo interno enquanto componente determinante do crescimento económico, com responsabilidades para o actual PM que fez parte e foi fruto nascido nesse denominado "guterrismo", constitui apenas um exemplo), são hoje responsáveis pela dureza de algumas medidas de natureza económica, tal como aconteceu com os Governo de Barroso.
Por isso, estranho que seja anunciada a extinção de apenas 100 organismos da Administração Pública, tendo em conta a proliferação a que assistimos de estruturas de projecto e programas. Ou trata-se de 100 por cada região administrativa do país, onde foram encaixados tantos milhares de boys, que, por suposta falta de verba para "indemnizações" (problema que já não afecta Portugal) se mantiveram no Governo seguinte do PSD, até oa termo das suas comissões de serviço?
E o engordar da base das pirâmides da Administração Pública, com a proliferação de níveis de chefia, diminuindo a dimensão das unidades orgânicas em nome do aumento dos cargos de chefia onde havia que encaixar os angariadores de votos pelo país inteiro?
Eis um dos motivos que me levam a duvidar da coerência da argumentação dos que apoiam a actuação do actual Governo: são os mesmos que antes apoiaram cegamente Guterres e que apenas ousaram levantar a voz quando o mesmo virou costas, a começar pelo PM.

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