2010-12-29

PS E CDU “AFOGADOS” EM CONTRADIÇÕES SOBRE FORNECIMENTO DA ÁGUA EM ÉVORA


O Partido Socialista e a CDU, que em conjunto aprovaram na Câmara Municipal a cessação da concessão existente com a Águas do Centro Alentejo SA, decidiram retirar o ponto da Ordem de Trabalhos da Assembleia Municipal realizada no dia 17 de Dezembro, inviabilizando, dessa forma, que pudesse vir a ser consumada a deliberação tomada por larga maioria no órgão executivo municipal.

Fica, desta forma, evidenciado que a deliberação tomada pelos eleitos do PS e CDU na Câmara Municipal não foi assente em quaisquer estudos sérios e fundamentados sobre a qualidade da água mas, tão só, para uns numa mera questão financeira e, para outros, por meros princípios de oposição ao modelo empresarial de exploração da água, ainda que por empresas de capitais exclusivamente públicos.

Entre a realização da reunião pública da Câmara de Évora e a da Assembleia Municipal, os eleitos da CDU multiplicaram-se em declarações sobre a alegada má qualidade da água fornecida à população do concelho de Évora. Ao contribuírem de forma decisiva para a retirada do ponto na Assembleia Municipal os eleitos da CDU deixaram claro que ou andaram a falar do que não sabem ou sabem que o que disseram não corresponde à verdade. O alarme social que criaram em torno do consumo de um bem essencial apenas se pode justificar pela irresponsabilidade de quem a tudo deita mão para alcançar o poder.

Na Assembleia Municipal de Évora os eleitos do PS e da CDU fizeram tábua rasa sobre a informação dos serviços municipais, que enuncia um conjunto de irregularidades no funcionamento da concessão e que, dias antes, tinha alicerçado o sentido de voto dos respectivos eleitos na Câmara Municipal. Ao primeiro contratempo, socialistas e comunistas decidiram não confiar nas opiniões técnicas dos serviços municipais, em favor do entendimento de entidades externas, facto não contribui para a credibilidade e respeito que os técnicos da Câmara Municipal devem merecer junto dos munícipes.

Por último, importa salientar que este vaivém, desorientado, sem rumo, sem estratégia nem planeamento nas decisões, agravado com tudo o que foi dito no entretanto sobre a qualidade da água, em nada contribui para a confiança a que os consumidores têm direito no fornecimento de um bem essencial como é a água.

Évora, Dezembro de 2010
A Comissão Política Concelhia de Évora do PSD
O Vereador do PSD na Câmara Municipal de Évora
O Grupo Municipal do PSD na Assembleia Municipal de Évora

2010-12-22

A REGIONALIZAÇÃO NÃO SE LEGITIMA SEM RESPONSABILIDADE POLÍTICA REGIONAL

Na p. 12 da edição do jornal “Diário do Sul”, no passado dia 09 deste mês, um curioso anúncio da Câmara Municipal de Alandroal chamava a atenção, pela dimensão e pelo conteúdo: a alienação de Comboio Turístico. Trata-se da venda em hasta pública de comboio turístico com 28 lugares, partindo da base de licitação de 40.000€.



Desconheço o estudo de viabilidade económica que fundamentou a aquisição de tal equipamento pelo executivo municipal de um dos territórios mais pobres de toda a União Europeia e acredito que a operação possa até ter sido financiada pelos fundos estruturais comunitários. Mas, tal não retira, em qualquer das situações, o carácter de exemplaridade deste caso no âmbito da crescente desconfiança que se vai avolumando sobre a instrumentalização política dos investimentos locais e regionais, mais do que a sua subordinação ao interesse de um desenvolvimento responsável e sustentado do Alentejo.

Basta querer e, os estudos podem fundamentar a viabilidade económica de todo e qualquer equipamento que se pretenda adquirir, sendo os estudos do Aeroporto Civil de Beja um exemplo bem fresco na nossa memória. Por outro lado, o recurso ao financiamento comunitário não deveria induzir ao facilitismo na análise das candidaturas ao mesmo, à luz da necessidade de complementar a fatia de cerca de 2/3 dos fundos comunitários com cerca de 1/3 de comparticipação nacional, paga pelo Orçamento do Estado, logo, pelos nossos impostos.

Que se possa considerar bonito, moderno e ousado a aquisição de um comboio turístico por qualquer município do país, não duvido. Mas que as hipóteses de rentabilização (o que implicaria uma intensa utilização diária para fazer face à amortização e aos encargos de manutenção) deveriam ser acauteladas à partida, duvido ainda menos. Na mesma linha, resta ainda elencar em quantas áreas de intervenção do município, um dos mais envelhecidos, pobre e carenciado de toda a União Europeia, poderia o mesmo volume de investimento ter sido aplicado com maior rentabilidade, quer económica, quer social.

Bem, mas como este tipo de apostas locais mais arrojadas costumam resultar bem em termos eleitorais, todos os responsáveis políticos e governativos fecharam os olhos, ao nível local, regional e nacional. Quem se atreveria a contestar aquilo que pode vir para a nossa região ou para o nosso concelho? A futura que alguém pagará mais tarde não interessa no momento, onde reina a conquista eleitoral imediata. O sonho só acaba quando algum Presidente do Município faz soar a campainha de alarme ao descobrir que já não dispõe de recursos financeiros suficientes para suportar pagar vencimentos a todos os funcionários do município, quanto mais para manter os devaneios do seu antecessor.

A questão que se me levanta, a propósito deste caso e de outros que recentemente vieram à estampa, é a dificuldade de entender como podem os socialistas alentejanos com responsabilidades partidárias e governativas desde há 16 anos, invocar a necessidade de se fazer urgentemente a regionalização para que o Alentejo e o país saiam da crise.

Ao invés de se preocuparem com a reflexão sobre os efeitos que este tipo de opções, exigidas, tomadas e assumidas regionalmente pelo PS, possam ter tido sobre a crise financeira que o país atravessa, nomeadamente sobre o défice das contas públicas e o endividamento público, parecem os socialistas alentejanos muito mais interessados em, numa fuga para a frente, descobrirem novos bodes expiatórios para os seus erros, procurando diluir as suas responsabilidades no que toca ao (não)desenvolvimento do Alentejo.


Mais que a exigência da regionalização expiatória, antes conviria ao Alentejo, a bem da transparência política e democrática e do reforço de legitimação do processo de regionalização, que os socialistas assumissem publicamente a responsabilidade por todas as consequências das suas opções ao nível regional e local.

Por certo terão muito com que se entreter, por muito tempo.

2010-12-20

A ABSTENÇÃO RESPONSÁVEL DO PSD NA CÂMARA DE ÉVORA


A Assembleia Municipal de Évora, no passado dias 17 de Dezembro, parece ter confirmado a trapalhada política do PS e da CDU em torno de um tema tão importante para o concelho e para o distrito de Évora, como a água.

Da importância do assunto, decorre desde logo a necessidade de ponderar e fundamentar profundamente as decisões que devam ser tomadas pelo vários actores políticos, o que justifica, por si só, a surpresa que constituiu para alguns, como é o caso do PSD, que o PS tivesse agendado a Cessação da concessão existente a favor da Águas do Centro Alentejo, SA., assim, de um momento para o outro, pouco tempo depois da votação do Orçamento da CME para 2011 onde nunca se falou da água nem das dificuldades financeiras da CME em assumir os compromissos com a AdCA, invocando aí, nessa reunião, razões de natureza económica e financeira da prestação do serviço.

Apanhado de surpresa, o PSD absteve-se na reunião da CME, considerando a proposta pouco fundamentada pela CME, face à sensibilidade da matéria e aos riscos da decisão, precipitada a intenção de abandono imediato do sistema por não acautelar as condições de transmissão das competências para os serviços e para os funcionários do município e, bastante estranha e pouco transparente a proposta do PS, ao arrepio do que sempre foi a defesa daquela força política sobre o tema.

Outros assim não o entenderam, tendo a proposta sido aprovada pelo PS e pela CDU, na Câmara Municipal de Évora.

Mas, ainda nem o tempo suficiente para publicar a acta tinha decorrido e já o PS invocava que afinal as razões de ordem financeira não eram as únicas, mas também as da falta de qualidade da água fornecida, o que viria a ser desmentido com fundamento pela entidade reguladora e, a CDU, viria também a levantar várias dúvidas sobre a capacidade dos serviços municipais para abraçarem a tarefa com sucesso, logo a partir do início de 2011.

A trapalhada criada pelo PS e pela CDU viria a confirmar-se na Assembleia Municipal de Évora em 17 de Dezembro, quando, a pretexto do avanço de uma proposta da AdCA para a procura de soluções de natureza económica e financeira, a CDU volta a apoiar o PS na decisão de adiar a discussão para a próxima reunião, que se deverá realizar dentro de 3 meses.

Novamente surpreendido pela proposta de arrastamento de uma decisão que o PS e a CDU consideraram em conjunto tão urgente, o PSD votou contra tal proposta de adiamento da discussão, em Assembleia Municipal, não tendo conhecimento de que tal facto tivesse motivado qualquer reconhecimento de aliança "mais que natural" entre duas forças políticas que, em Évora, tanto partilham na sua génese e protagonistas: o PS e CDU.

É bem difícil entender esta trapalhada e os métodos pouco transparentes a que o PS e a CDU nos habituaram, em matérias tão delicadas como a da água, fruto de uma escola política comum, que muitos daquelas duas forças políticas frequentaram, sendo certo que ainda nenhuma delas esclareceu suficientemente as suas mudanças de posição sobre o tema, a saber:
  • O PS, com a maioria de que beneficiava nos vários órgãos autárquicos, fez aprovar em 2002, a entrada de Évora na AdCA, argumentando que essa seria a solução milagrosa para os problemas do abastecimento, preço e qualidade da água em Évora, tendo sido forte a contestação da CDU. Hoje,  6 anos depois de o PS reconhecer a incapacidade dos serviços municipais para assegurarem satisfatoriamente aquelas funções,  tais preocupações já não se justificam, como se tivessem desaparecido da noite para o dia;
  • A CDU, por seu lado, que se opôs ao PS em 2002, invocando precisamente os perigos de aumento do preço e perda de qualidade da água com a transferência de competências municipais de captação e tratamento para a AdCA, parece não saber muito bem o que defende, para além de se aliar ao PS em tudo o que antes servia de discordância. Por um lado, vota com o PS a saída das AdCA e o regresso das funções de captação e tratamento aos serviços municipais, mas por outro lado, considera que estes não estão preparados para aquelas funções. Como se isso não bastasse, a CDU também vota com o PS na AME o contrário do que ambos votaram na Câmara, o adiamento da saída das AdCA, dando a entender estar disponível para, em função da proposta daquela entidade em matéria económica e financeira, concordar com a continuidade do município no sistema multimunicipal, do qual sempre discordaram e não apenas por razões dessa ordem.
Em que ficamos afinal?

Segue-se, a propósito a declaração de voto do PSD na AME de 17 de Dezembro de 2010:

Aqui está a “santa aliança”.
O Partido Socialista e a CDU, que em conjunto aprovaram na Câmara Municipal a cessação da concessão existente com a Águas do Centro Alentejo SA, decidiram hoje retirar o ponto da Ordem de Trabalhos da Assembleia Municipal, inviabilizando, dessa forma, que seja consumada a deliberação tomada por larga maioria no órgão executivo municipal.
Fica, desta forma, evidenciado que a deliberação tomada pelo PS e CDU na Câmara Municipal não foi assente em quaisquer estudos sérios e fundamentados sobre a qualidade da água e, tão só, para uns numa mera questão financeira e, para outros, por meros princípios de ser contra o modelo empresarial de exploração da água, ainda que por empresas de capitais exclusivamente públicos.
Foi feita tábua rasa sobre a informação dos serviços municipais, que enunciam um conjunto de irregularidades no funcionamento da concessão e que alicerçaram a decisão da vereação. Não confiar nas opiniões técnicas dos serviços municipais, em favor de entidades externas, não contribui para a sua credibilidade e respeito junto dos munícipes.
Este vaivém, desorientado, sem rumo, sem estratégia nem planeamento nas decisões, agravado com tudo o que foi dito no entretanto sobre a qualidade da água, em nada contribui para a confiança a que os consumidores têm direito no fornecimento de um bem essencial como é a água.
O Grupo Municipal do PSD na Assembleia Municipal de Évora

2010-12-14

ALIANÇAS QUE A ESCOLA MOLDOU

Lemos e ficamos pasmados com esta conversa de que há em Évora um acordo secreto entre o PSD e o PCP.

Isto porque, não é preciso ir muito longe para confirmar a tradicional sintonia entre a CDU e o PS que está na Câmara de Évora, os quais em nada se esforçam para negar as suas origens comuns em matéria de escola política.

Ora vejam lá se adivinham que forças políticas se juntaram contra a proposta do PSD, revivendo a escola política comum dos seus protagonistas?

2010-12-13

GOVERNO SOCIALISTA E CÂMARAS MUNICIPAIS AGRAVAM EFEITOS DA CRISE NO DISTRITO DE ÉVORA

O PSD teme que o desprezo do governo socialista pelo distrito de Évora e o desequilíbrio financeiro a que o PS e a CDU irresponsavelmente conduziram as Câmaras Municipais no distrito, agrave nas famílias e nos residentes os efeitos negativos da crise que se prevêem devastadores em 2011.

O PSD de Évora reprova a política do Governo Socialista, o qual transfere cada vez mais competências para as autarquias mas não cumpre com elas os seus compromissos financeiros, antes reduz cada vez mais as transferências que tão necessárias são ao distrito de Évora no auge da crise que o Governo Socialista criou. Mas as Câmaras Municipais geridas pelo PS e pela CDU no distrito de Évora são igualmente responsáveis pela calamitosa situação orçamental que vivem hoje e que as estrangula financeiramente, limitando a sua capacidade de apoio social aos munícipes, quando estes mais dele necessitam.

É urgente mudar o rumo desta política desastrosa por parte do Governo Socialista e das câmaras do distrito de Évora, cabendo ao PS e à CDU a assunção de responsabilidades pela situação financeira dos municípios, mas também é urgente a tomada de medidas que corrijam a situação a que nos conduziram.

O Partido Social Democrata fez ao longo do tempo, nos órgãos autárquicos onde está presente, repetidos alertas sobre o rumo que vinha sendo seguido pelos Municípios do Distrito, quanto aos investimentos de duvidoso retorno económico-social, ao crescimento exagerado dos quadros de pessoal e à ausência de politicas diferenciadoras que atraíssem investimento para os concelhos e para o distrito de Évora.

Apesar disso, a situação a que chegámos é deveras preocupante, espelhada nas manobras orçamentais dos Municípios para 2011, procurando corrigir em desespero os desequilíbrios financeiros decorrentes dos exercícios anteriores, numa altura em que se esperam dos municípios medidas bem mais enérgicas de apoio social para responder às crescentes necessidades de uma população cujas condições de vida se degradam com o agravamento da crise económica.

É notória a incapacidade do Governo Socialista e das Câmaras do distrito de Évora na resposta ao desafio que lhes é colocado, não correspondendo a sua acção às necessidades da população, nem dando sequência aos projectos que o PS e a CDU se propuseram realizar quando foram sufragadas em Setembro de 2009.

A Comissão Política Distrital do PSD de Évora.
Évora, Dezembro de 2010

2010-12-12

ALGUÉM ANDA A ENVENENAR AS ÁGUAS POLÍTICAS DE ÉVORA

No blog Mais Évora, foi colocado em 12 de Dezembro um post com o título A rescisão do contrato com a AdCA ainda vai dar confusão?..., no qual é possível encontrar o seguinte comentário anónimo, publicado em 12 de Dezembro, às 14:13 horas, no qual chamo a atenção para a parte destacada, a qual motiva este post: 

Rui M F disse...
Segundo foi posto a circular, existe já uma lista de ex técnicos das águas da CME prontos (será???) a actuar no dia 1 de Janeiro sob a ordens de um Engenheiro;
Existem igualmente os técnicos das AdCA;
Para lançar mais confusão, juntam-se os técnicos contratados por “outsourcing” que são quem na realidade repara e faz a manutenção dos equipamentos. As AdCA pagam seguramente “BALURDIOS” por mês em manutenção vinda externamente. Assim por alto (nas minhas contas evidentemente) 1 técnico externo por dia (8h), deve custar entre 600 a 800€!
Adivinha-se uma “formidável” organização do trabalho para meter toda esta “massa critica” a funcionar.
Os técnicos internos fazem exactamente o quê?  Fiscalizam apenas o trabalho dos outros? Ou vão tendo formação para que um dia mais tarde possam ser autónomos? Ao fim de 7 anos os técnicos das AdCA ainda não são autónomos? Há alguma noção de gestão de manutenção no meio desta salganhada?
Chama-se a isto um verdadeiro Regabofe costurado à medida do PS! É o que se chama...deitar dinheiro pelo cano abaixo.
O PSD votou sempre a favor da privatização da água (neste caso é uma meia privatização até ao dia em que uns tipos vindo do “espaço” comprem as Águas de Portugal)! A CDU e o Bloco de Esquerda que fiquem atentos.
Desta o Dr Dieb e o PSD estão enterrados até aos cabelos e não se podem abster como Pilatos.
12 Dezembro, 2010 14:13

Ao administrador do Blog Mais Évora, sugere-se maior atenção e exigência quanto a comentários que, sob CAPA COVARDE DO ANONIMATO, sejam ofensivos para autarcas do nosso município como acontece com o Dr. Dieb, pelo facto de serem TOTALMENTE FALSOS os factos desses comentários.

Um pouco de investigação para quem já não se recorda, conviria, para esclarecimento da situação e das acusações com que muita gente de algumas forças políticas de Évora, desesperadas com a estagnação em torno dos 3 vereadores na CME, desde há 10 anos, pretendem imputar a que não pode ser acusado nem responsabilizado.

Os factos são que:
  • A adesão da CME à AdCA é autorizada pela Assembleia Municipal em 28 de Setembro de 2002, logo no primeiro mandato autárquico do PS, bastando para confirmar isso, consultar a respectiva acta, no site da AME, pois nessa sessão ordinária foi votado o ponto sobre Autorização para integração do Município de Évora na Sociedade Anónima Águas Do Centro Alentejo, SA, tendo a votação sido a seguinte, conforme consta da p. 34 daquela acta: Concluída esta dissertação e não querendo mais alguém aflorar o 6º ponto da ordem de trabalhos, o Sr. Presidente pô-lo à votação, que foi aprovado por maioria, com dezanove votos a favor, dez contra e três abstenções.
  • Entre as 3 abstenções em Assembleia Municipal, 2 delas foram dos 2 deputados do PSD cujo sentido de voto, como se pode comprovar pela soma dos votos, nunca seria influenciadora de qualquer decisão, pelo facto de o PS deter maioria absoluta naquele órgão, no mandato 2001-2005.
  • Nesse mesmo mandato, o PSD não estava representado na Câmara Municipal com qualquer vereador, tendo apenas eleito 2 membros à Assembleia Municipal.
Factos, repostos, à atenção dos anónimos comentadores.


2010-12-10

DESCONTROLO NA GESTÃO DO ESTADO

Orçamentos deficientes e facturas por pagar no núcleo das funções essenciais do Estado:

Desperdícios de funcionamento onde poderiam ser poupados recursos, a canalizar para as funções essenciais do Estado, precisadas de recursos:


Com tanta família a alimentar, é preciso muita receita:




O Governo não deixa em mãos alheias nem poupa esforços no contributo para aumentar a desconfiança dos mercados.


Nem a crise abranda os sinais de festa rija em país rico que somos: 







MILITANTES DO PSD TEMEM PELA DEGRADAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA DOS EBORENSES A PARTIR DE 2011

Os militantes do PSD do concelho de Évora, reunidos em Assembleia de Secção em 09 de Dezembro de 2010, aprovaram por unanimidade a seguinte moção, com o título do post:

Desperdiçando a última oportunidade de convergência com a União Europeia através de um bom aproveitamento dos fundos comunitários de que o país beneficiou, o Partido Socialista conduziu Portugal para uma crise financeira e económica sem precedentes na nossa vida democrática.

Os efeitos sociais da crise, que já se fazem sentir nos níveis de desemprego nunca antes experimentados em Portugal, serão devastadores e tenderão a pressionar os orçamentos das autarquias para que estas respondam às necessidades de emergência que muitas famílias sentirão, o que afectará mais ainda municípios como Évora, com um desequilíbrio orçamental assustador, consequência da desastrosa gestão socialista.

Como a capacidade orçamental do município de Évora é cada vez mais limitada, pelo galopante acumular da dívida e diminuição das receitas, será de esperar que as condições de vida dos eborenses se venham a degradar mais intensamente a partir de 2011, decorrente da ausência de obra feita ao longo dos 10 anos em que o PS governou a Câmara de Évora em abundância de recursos.

O trânsito na cidade de Évora piorou a cada dia, sendo hoje verdadeiramente caótico, o estacionamento que acolhe os turistas, visitantes e trabalhadores de outros concelhos ocorre em verdadeiros descampados esburacados, o Rossio de S. Brás está inundado de água e lama por não ter sido nem requalificado, nem melhorado minimamente o seu piso, as prometidas condições para a prática de desporto resumem-se a uma vedação para propaganda eleitoral, os agentes desportivos e culturais abandonam a actividade, por incumprimento do pagamento dos contratos por parte da Câmara, a animação comercial resume-se a mais lojas encerradas em cada mês, a animação cultural do concelho resume-se ao anúncio do fim definitivo do cinema, o Centro Histórico perde em cada inverno vários edifícios que a UNESCO classificou e desertifica-se por ausência de uma política de repovoamento que nunca a Câmara ousou ensaiar, apesar das promessas repetidas em 3 campanhas eleitorais, a sujidade e as águas pluviais acumulam-se pelas ruas e passeios por onde deveriam poder circular com agrado os residentes e turistas.

Em tempo de crise, exige-se à gestão municipal criatividade, imaginação, iniciativa e redobrado empenho na procura de recursos para construir soluções que estejam à altura das exigências de um concelho com a importância de Évora.

Pela distância da “Excelência” que revelaram os 10 anos de gestão socialista, o PSD teme que o actual executivo municipal não esteja, ele próprio, à altura das suas responsabilidades pelo que, se tal se vier a confirmar, o PSD não deixará de, durante o ano de 2011, assumir a sua responsabilidade de exigir ser altura para os eborenses considerarem uma mudança de executivo na Câmara de Évora.

2010-12-07

LANÇAMENTO DA DERRAMA PARA 2011 - PROPOSTA DO PSD DE ESTÍMULO ÀS MICROEMPRESAS CHUMBADA NA CME E NA ASSEMBLEIA MUNICIPAL

Tal como no ano passado, o PSD voltou a propor uma redução significativa da taxa de DERRAMA para as microempresas sediadas no concelho de Évora, fixando-a em 0,10%, a aplicar às empresas cujo volume de negócios não ultrapasse os € 150.000 anuais. Infelizmente para estas pequenas empresas, o PS e a CDU entenderam inviabilizar tal proposta, na Câmara e na Assembleia Municipal.

O PSD e os eborenses não compreendem as razões do PS e CDU, que se juntaram na oposição à proposta do PSD, numa altura em que estas empresas terão muita dificuldade em manterem-se abertas em 2011 e evitarem mais desemprego que tanto afecta já as famílias do concelho de Évora. 

Mais do que nunca, cabe aos responsáveis políticos encontrar soluções e definir prioridades, libertando recursos para que a economia, as famílias e os cidadãos consigam “respirar”. Por isso, a proposta do PSD é necessária, ao dar um sinal positivo às microempresas do concelho de Évora, justificando-se:

  • Porque as centenas de microempresas existentes no concelho são responsáveis por um número significativo de postos de trabalho e cabe à Administração Local apoiar e estimular a sua viabilidade económica, preservando os níveis de emprego e impedindo o crescimento do elevado desemprego que o PS trouxe a Évora;
  • Porque é indispensável uma discriminação positiva para as empresas do Interior, cada vez mais desertificado e distante do Litoral do país, devido ao galopante crescimento das assimetrias regionais durante a governação socialista;
  • Porque sendo fundamental a captação e fixação de novas empresas no concelho de Évora, também é igualmente importante apoiar aquelas que já existem no nosso concelho, para que possam gerar crescimento económico e mais empregos.
O PS e a CDU também não aceitaram a proposta do PSD de redução para 1% da taxa de DERRAMA para as restantes empresas, com volume de negócios superior a € 150.000 anuais, que pretendia atenuar as dificuldades de liquidez e de obtenção de financiamento que vão crescer em 2011. A proposta aprovada (1,3%), apesar de ser inferior em 0,2% à derrama que habitualmente era aprovada pela Câmara Municipal, encontra-se ainda assim aquém daquilo que o PSD pretendia e pelo que se bateu.

Os eleitos do PSD, ainda que em minoria na Câmara e na Assembleia Municipal de Évora, mantêm firme o seu compromisso de continuarem a propor soluções fiscais que vão de encontro às necessidades das pessoas, dos agentes e das empresas do concelho, porque são estas, e só estas, o fim único da nossa actividade política.

Évora, Dezembro de 2010
O Vereador do PSD na Câmara Municipal de Évora
O Grupo Municipal do PSD na Assembleia Municipal de Évora
A Comissão Política Concelhia de Évora do PSD

2010-12-03

AEROPORTO DE BEJA: OUTRO ELEFANTE ROSA


A comunicação social divulgou amplamente o Relatório de Auditoria do Tribunal de Contas sobre o novo Aeroporto Civil de Beja, destacando a incerta viabilidade económica do empreendimento, por um lado e, por outro lado, as derrapagens dos custos de construção, por erros e deficiências na execução e gestão do projecto, bem como a frágil contestação socialista ao mesmo relatório, por não conseguir desmentir as mais elementares peças de informação, nem o clima de incerteza existente.

Do ponto de vista da viabilidade económica, aponta-se a discrepância entre a vocação inicial da unidade aeroportuária e as actividades económicas que entretanto não se desenvolveram a montante do empreendimento, que não o acompanharam e cuja indução pelo mesmo podem agora estar em causa, bem como o fraco impacto sobre a criação de emprego na fase de construção, a única até agora decorrida, ao longo de 10 longos anos.

A derrapagem no tempo de execução do projecto resulta agora num impasse quanto à operacionalização, pela perda de oportunidade enquanto plataforma logística de carga para o comércio com a China, bem como quanto ao transporte de passageiros, devido a uma requalificação e operacionalização acelerada das unidades espanholas da Estremadura. O resultado é a falta de operadores interessados e a inexistência de acessibilidades rodoviárias ou ferroviárias adequadas.

Ora, o relatório do TC apenas vem confirmar o que todos sentem em relação aos grandes projectos públicos e que ninguém contesta, por se considerar politicamente incorrecto, antipatriótico, pessimista ou resistente à modernidade: que a elevada dependência da evolução de um substancial conjunto de variáveis económicas, regionais e nacionais, permite justificar a construção e desculpar o falhanço dos mesmos.

O que não deveria ser permitido é a ausência de desresponsabilização dos decisores que se baseiam nos estudos que constroem apenas cenários forçadamente optimistas para todas essas variáveis, porque apenas aumentam a desconfiança sobre a credibilidade dos mesmos estudos e sobre a sua necessidade: veja-se a implicação de actuais e ex-governantes socialistas nas equipas desses estudos e os pornográficas montantes que os governos socialistas repetidamente gastam todos os anos em estudos e consultorias para justificarem tudo e o seu contrário quanto à viabilidade das grandes obras públicas e às parcerias público-privadas.

Quem não se recorda das centenas de estudos que asseguravam a viabilidade económica e financeira do aeroporto da OTA, realizados por protagonistas que conseguem o mesmo feito para a nova localização, alterada por decisão meramente política? O desrespeito dos governantes socialistas pelo dinheiro dos contribuintes assenta desde logo nesses estudos à medida, que viabilizam economicamente e rentabilizam financeiramente todos os grandes projectos e obras públicas que os socialistas pretendam construir, mesmo quando não sentidas como necessárias.

Foi assim com a construção dos estádios de futebol Euro 2004 e os catastróficos resultados no endividamento das autarquias que hoje as sufoca financeiramente, foi assim com as PPP para os novos hospitais que conduziram à actual situação de falência do Serviço Nacional de Saúde, foi assim com as SCUT que se pagavam a si próprias e cujos custos são hoje responsáveis pela situação de pré falência do país e, será de esperar o mesmo com o TGV.

A esta propaganda socialista, sem qualquer seriedade quanto ao futuro do país, das famílias e dos portugueses, nem pelas regras de um planeamento responsável, junta-se ainda a ruinosa gestão socialista que se prolonga pela fase da construção, acumulando derrapagens financeiras gritantes. Os atrasos, os erros de construção, os trabalhos a mais, as omissões, as correcções e rectificações, os custos de manutenção do que ainda não está operacional, são apenas exemplos de gritantes derrapagens financeiras que em todos os projectos executados pela governação socialista geram uma desconfiança crescente devido ao descaramento, à falta de responsabilização pelos erros e ao total desrespeito pelos contribuintes.

Uma democracia madura não pode tolerar situações de tal gravidade e que se repetem tantas vezes, sob pena de se auto enfraquecer a cada caso que acontece e de permitir a deterioração da legitimidade democrática que decorre da relação entre a sociedade e os seus representantes políticos. Que respeito esperam merecer os governantes que não assumem as suas responsabilidades pelos erros cometidos e ainda ousam desafiar e provocar os eleitores quando questionados sobre as suas opções e acções?