2006-10-30

JÁ ERA TEMPO

Já era tempo de avançar em definitivo com um projecto que já teve demasiados recuos.
A importância deste projecto para uma região pobre como o Alentejo é por demais evidente, não só pelo volume de emprego directo que gera, ou pelo que indirectamente induz, mas também pelo tipo de tecnologia que atrai para a região e pela influência sobre a actividade turística regional, ao permitir acrescentar a componente de "ecologia" e amizade com o ambiente ao Alentejo, enquanto destino turístico.

Só um receio me atormenta, que é esse acto tão simbolicamente deprimente para o Alentejo que constitui o "lançamento da primeira pedra" pelos governantes socialistas.

Quem não se recorda daquela primeira pedra da nova fábrica de Mourão que Guterres lançou, enquanto Primeiro-Ministro, aquando do desmantelamento da antiga fábrica da Portucel?

Ou deveremos perguntar quem se recorda dela? É que nunca mais descobriram o seu local, mesmo quando no governo seguinte se iniciou e terminou efectivamente a obra.

Por isso, seria conveniente ter sempre por perto deste tipo de cerimónias dos governantes socialistas um topógrafo certificado para assinalar devidamente o local: para mais tarde (desejo que desta vez não seja tão tarde quanto o habitual da governação socialista) recordar.

2006-10-23

ENIGMÁTICO

Não pretendendo ir pela clássica argumentação de que o sistema educativo é reprodutor das desigualdades sociais existentes, desenvolvida e refinada pelos marxistas, há no entanto algo enigmático que nos deverá preocupar, por crescer com o aprofundamento da globalização, a qual era suposto ter trazido outros resultados:
É que a globalização da informação, afinal, não está a acarretar iguais oportunidades para todos, em consequência da difusão e proliferação das Novas Tecnologias de Informação e Comunicação pelo mundo inteiro.
Antes pelo contrário, a concentração de conhecimento (o único factor com valor efectivo das sociedades modernas, que representa muito mais do que o simples acesso à informação), é cada vez maior, nos polos urbanos e nas regiões que já levavam avanço da era industrial.
As assimetrias de desenvolvimento económico e social, entre regiões do mundo, países, ou regiões internas, por isso, não se esbateram, antes se acentuam a cada dia que passa, porque os recursos financeiros e humanos, mais o conhecimento, se continuam a concentrar e não a dispersar ou isolar.
Como podem os alunos do 1º ciclo do ensino básico de uma escola de uma aldeia alentejana em processo de desertificação, aceder algum dia aos lugares de topo do ranking nacional do ensino secundário (admitindo que passem do 9º ano, quando a cada ano aumenta o abandono escolar por essa altura), partindo de uma classe mista com os 4 anos de escolaridade ao mesmo tempo e apenas um professor para um grupo de 20 ou mais (diferenciados) alunos?
Imagino que, em teoria, alguma tese de investigação já tenha alguma vez demonstrado a possibilidade de que o grau de oportunidades entre estes alunos e os do litoral, numa escola de Lisboa, Porto, Coimbra, Aveiro ou Braga, seja igualitário. Mas, daí até que a sua veracidade seja comprovada, na prática, vai a mesma distância que separa os resultados dos alunos do interior aos do litoral: uma enorme brecha.
Mesmo que estejam rodeados de computadores e acessos à web, porque a brecha é, desde logo, digital, mas não só.

UMA BOA INICIATIVA

Pela transparência do funcionamento dos mercados de emprego e de educação.

Pelo aumento das oportunidades de responsabilização das universidades e politécnicos relativamente à autonomia de que disfrutam.

Pelo ganho de informação que resulta em aumento de oportunidades para pais e alunos de muitas das licenciaturas em ensino e muitas outras ganharem consciência definitiva de que é elevadíssima a probabilidade de que nunca venham a exercer a profissão que lhe foi irresponsavelmente "oferecida" no mercado da educação.

Pela maior responsabilização dos corpos docentes de algumas áreas de certos estabelecimentos do ensino superior que, nada mais tendo feito ao longo da vida do que transmitir o que leram mas que nunca exerceram nem praticaram, deverão responder perante o grau de empregabilidade dos alunos que formam, mais do que perante os seus colegas, juris avaliadores dos percursos de gestão interna da carreira.

Pela maior legitimidade dos agentes económicos na avaliação da adequação da missão regional e nacional das entidades do ensino superior, cujo financiamento não poderá continuar a ser o dos impostos daqueles a quem podem não estar a servir ajustadamente.

É tempo de que a transparência seja regra e, a partir de então, todos saberem quem é responsável por quê, devendo cada um ser confrontado com as suas opções.

2006-10-15

COMO O CHEIRO DA ROSA ALIVIA A DOR ...

Mais Évora: E agora, senhor primeiro-ministro?... Bem visto pelos que estão atentos, não por causa de qualquer aliança, mas sim para denunciar a incompetência e a vigarice dos que estão a afundar Évora, o Alentejo e o país.

QUE FUTURO TEREMOS...?

E agora, com o processo de Bolonha, não seria altura de rever a sério a qualidade do ensino superior em Portugal e, em especial, as competências (ou a faltra delas) de que os licenciados são portadores?
Se, com licenciatiras de 5 anos, produzíamos licenciados pouco reputados no mercado de trabalho (segundo os estudos apresentados), o que se traduz aliás numa produtividade fraca comparativamente aos restantes parceiros europeus (a Espanha desde logo), retirando parte da eficácia à argumentação utilizada por alguns de que a culpa da produtividade do factor trabalho é de carácter organizacional e não das qualificações, como vamos convencer agora as empresas de que, com menos tempo de formação, os profissionais formados estão mais bem apetrechados? Não estamos a falar de algo que se mude de um dia para o outro, mas sim de atitudes perante a vida, perante o valor trabalho, perante a sociedade, que são manifestas (através de comportamentos) numa certa geração que, não sei se é rasca, mas que parece vai estar à rasca e vai deixar o futuro do país nessa situação.

2006-10-12

PSD/Évora contra proposta de Lei das Finanças Locais

Notícias Alentejo A proposta de Lei das Finanças Locais apresentada pelo Governo implicará a redução, para a generalidade dos Municípios, das verbas transferidas do Orçamento de Estado, diz a concelhia de Évora do PSD.
Em comunicado, a estrutura social-democrata adianta que no caso concreto do Município de Évora a "diminuição da receita atingirá 2,5 por cento quando comparada com a transferência do ano em curso".
"Acrescem a estes factos que esta diminuição de receita tem decorrido em simultâneo com um aumento das competências das autarquias em diversas áreas, as quais, gerando despesa, não têm tido o necessário acompanhamento de cobertura na receita. São disso exemplos os períodos extracurriculares no ensino básico, o aumento da carga fiscal ou o aumento das despesas com pessoal, provocado pela actualização salarial", pode ler-se no comunicado.
Para o PSD, o "agravamento das condições financeiras dos Municípios, a par da impossibilidade de recurso ao crédito, terá reflexos directos na qualidade dos serviços prestados às populações".
Segundo a concelhia social-democrata, "actividades como a manutenção da rede viária e a requalificação do parque escolar, a limpeza pública, os serviços de recolha de lixos e tratamento de esgotos ou o abastecimento de água poderão vir a ser prejudicados se esta proposta de lei for aprovada".
"A CPS do PSD de Évora não pode deixar de publicamente manifestar a sua estranheza pela actuação dos eleitos do Partido Socialista na Assembleia Municipal de Évora que, num inigualável apego às orientações da sua direcção nacional, impediram aquele de tomar uma posição pública contra a actual lei, mesmo sabendo que dela resultarão graves prejuízos para as populações que os elegeram", refere ainda o comunicado do PSD.
A proposta de lei do Governo foi já debatida na AR e mereceu críticas dos partidos da oposição. A maioria absoluta do PS deverá, contudo, ser suficiente para garantir a aprovação na generalidade.

2006-10-07

AFINAL O FUNDO DO BURACO AINDA ESTÁ LONGE DE SE VER.

AGORA? Só nos jogos da gestão ...

Listagem de Vagas Sobrantes da 1.ª Fase - 2006 Ensino Superior Público Universitário

COMO O GOVERNO HUMILHA O PRESIDENTE DA CÂMARA DE ÉVORA!

Évora, a cidade mais competitiva do país, acaba de obter mais uma derrota, a qual podemos agradecer ao Presidente da Câmara, pelas excelentes acessibilidades (requalificação dos parques de estacionamento, do Rossio de S. Brás, ...), e infra-estruturas (casas de banho públicas, postos de informação turística, ...) que prometeu e (NÃO)construiu em 5 anos e pelo desprezo que angariou do seu partido, que decide desta forma (parece que todos os meses se lembram duma: Região de Turismo de Évora, Congresso do PS, ...) humilhá-lo, através do Governo socialista.
Aguardo ansioso pela reacção: mais uma aliança, ou uma coligação? Desta vez entre o PSD, a CDU e o PS. Bem vistas as coisas, o único que ninguém quer em qualquer coligação é mesmo o Presidente da CME.
O dilema começa a inquietar os eborenses: quanto mais têm estes que sofrer na pele até o Presidente da sua Câmara Municipal perceber que o PS não o quer sentado na cadeira onde está? Um partido que nunca o apoiou na campanha eleitoral, um Governo que nunca se deslocou a Évora para apoio da CME e que antes bloqueia ou recua em todas as decisões tomadas por anteriores executivos (hospital regional, biblioteca pública, ...).
Não chega já? Não era já previsível tudo isto, logo pelo andar das coisas durante a campanha eleitoral? O Presidente da CME não viu logo isso, tal como continua sem ver agora, que o estão a empurrar a todo o momento? Porque se recandidatou?
Eu, no lugar dele, não teria dar o prazer aos meus inimigos internos de sofrer humilhações quotidianas como aquelas a que temos assistido e que chegam mesmo a ser confrangedoras até para a oposição.
Bem, mas também é verdade que a mim, os 16 anos (de contagem de tempo) ainda não me chegavam para a reforma...

2006-10-06

HÁ OBSTINADOS DE ESTIMAÇÃO

E ainda bem que assim é, especialmente quando o desespero toma conta deles, perdem a cabeça e disparam para todas as direcções.
O que isto tem de bom é que nunca acertam no alvo e cada vez ficam mais perdidos.
Por isso é que o Presidente da Câmara de Évora continua de cabeça perdida desde que perdeu a maioria absoluta e, sem querer assumir isso, todo o respeito desde então por sua culpa e falta de competência para se colocar no seu lugar (basta ver a humilhação por que passou com as eleições para a RTE, comprometendo a estratégia do seu partido para o objectivo final).
Mas, também lhe digo:
  • Sim senhor, é verdade que há uma aliança ou coligação ou que palavra essa que o Presidente da CME aprendeu nas frias escolas da URSS durante os longos anos de formação e da qual desertou (mas nunca renegou em boa verdade de princípios) apenas pela ambição de se sentarn numa cadeira para a qual afinal revelou desde cedo não estar à altura. E essa aliança é muito maior do que o senhor pensa: quantos votos perdeu em 2005? É a aliança de todos os eborenses desiludidos com as suas promessas que sabia não poderem ser cumpridas. Acha pouco? Évora, cidade de grande dimensão, merece um Presidente de maior consciência, coerência e arrojo...
  • Ainda bem que continua obstinado em insistir nos mesmos erros. É de candidatos assim que a oposição gosta. Faço votos para que se recandidate nas próximas eleições autárquicas, ou, pelo menos, que leve o seu mandato até ao fim e que não fuja (como é escola no seu novo partido) a ser julgado pelo seu "excelente" desempenho nesta bela cidade da "excelência";
  • Só espero que o PS local concorde e dê cobertura à sua obstinação, para bem de Évora........

MEDIOCRIDADE E DEMAGOGIA NA CÂMARA DE ÉVORA

Os incompetentes nunca melhorarão, porque são incompetentes para reconhecer a sua incompetência. Dizia João César das Neves há alguns anos atrás.
Podemos acrescentar que, dos demagogos, que assim foram formados, se iludiram alguns que houvesse frutos algum dia. Ainda não se convenceram? Cascais, Évora, não vos diz nada? Os resultados podem ser os mesmos: Cascais já foi, Évora... talvez não, talvez sim.
Os demagogos se encarregarão disso ... O futuro de Évora espera, ansioso.

2006-10-04

ÉVORA CAÓTICA NA MOBILIDADE

Ao fim de 5 anos de gestão socialista, a degradação do trânsito e do estacionamento em Évora é gritante. O Governo socialista não constrói o resto do IP2 a partir do nó de S. Manços, prejudicando a cidade de Évora, onde se demora uma eternidade nas deslocações rodoviárias;
A Câmara de Évora eliminou centenas de lugares de estacionamento e não criou um único lugar novo em 5 anos;
A Câmara de Évora não requalificou o Rossio de S. Brás para estacionamento e acolhimento turístico, nem os parques de estacionamento adjacentes ao Centro Histórico, os quais dão aos turistas uma péssima imagem de uma cidade que comemora os 20 anos da elevação a património da humanidade;
A Câmara de Évora não tem planeamento urbanístico adequado a facilitar a mobilidade de veículos automóveis, obrigando a população a deslocações permanentes e prolongadas entre a residência, o local de trabalho e os estabelecimentos comerciais.
A Câmara de Évora não parece considerar prioritária para a melhoria da qualidade de vida urbana o termo da construção das circulares externas, ao contrário do PSD que espera ver tais obras inscritas no plano de actividades para 2007.