2009-04-25

O PSD EM MOVIMENTO POR ÉVORA, COM IDENTIDADE E VALOR

ÉVORA: CULTURA COM IDENTIDADE E VALOR

REFINARIA BALBOA

A Barragem de Alqueva, construída para permitir criar o maior lago artificial da Europa, continua a alimentar um vasto conjunto de expectativas quanto às oportunidades de desenvolvimento do Alentejo geradas, nomeadamente nas valências agrícola e turística, sendo conhecidas as intensas perspectivas de investimentos privados de qualidade, alguns deles classificados mesmo como PIN pelo Governo.

A unidade petroquímica Balboa (refinaria de crudes pesados), a instalar em Santos de Maimona (Espanha), a cerca de 60 km da fronteira com Portugal, parece ameaçar as expectativas criadas, a julgar desde logo pela reacção de um empresário português, representando 3 dos maiores projectos turísticos (Parque Alqueva, Herdade do Barrocal e Herdade do Mercador) a instalar na região da albufeira de Alqueva, que já publicamente afirmou serem os mesmos incompatíveis com a construção da refinaria a montante, em Espanha.

O não avanço dos projectos turísticos em questão conduziria a um prejuízo para o Alentejo que rondaria os 1.330 M€ de investimento, para além do impacto sobre o mercado de trabalho regional estimado em cerca de 2.500 postos de trabalho. Diga-se que relativamente a posições como esta, dos investidores, pouco haverá a desenvolver em argumentação por parte do poder político, antes lhe reservando uma intervenção mais activa e preventiva, coisa que parece ainda não ter acontecido e que começa a tardar.

Podendo vir a ser significativos os impactos na albufeira e nas perspectivas de investimento do lado português, para além de graves para Portugal e para o Alentejo, tanto o Ministério do Ambiente, como o da Economia, deveriam desde ter já ensaiado uma tomada de posição pelo Governo português junto do Governo espanhol, a partir da audição dos investidores afectados, das autarquias abrangidas e da avaliação aprofundada dos efeitos e impactos previsíveis do lado de cá da fronteira.

Mas aquilo a que assistimos é a uma total passividade do Governo, deixando instalar a suspeição de concordância com a instalação de uma refinaria que pode impedir o avanço dos investimentos turísticos previstos para a região da Albufeira de Alqueva, contaminar as águas superficiais e subterrâneas da albufeira, do leito e das margens do Guadiana, para além dos impactos sobre a qualidade do ar, numa região que se pretende posicionar em segmentos turísticos de luxo.

DEVEMOS AGRADECER A BOA VONTADE

DE MAL A PIOR

2009-04-18

O ESTADO DA DEMOCRACIA

CÂMARA DE ÉVORA: SITUAÇÃO FINANCEIRA CONTINUA DIFÍCIL E PREOCUPANTE

O PS não conseguiu resolver os problemas financeiros da CM de Évora ao longo de 8 anos em que beneficiou de estabilidade política, de cooperação institucional da oposição e de uma situação económica favorável que permitiu a outros municípios efectuar uma adequada consolidação orçamental.

Depois de ter apresentado um saldo negativo de quase 11 milhões de Euros no encerramento do ano de 2007 (o 4º pior resultado económico entre os municípios portugueses), o PS conseguiu a proeza de agravar tal descalabro em 37% em 2008, apresentando um resultado líquido negativo superior a 15 milhões de Euros.

O problema é que o Centro Histórico continua por requalificar e a perder habitantes (-431 eleitores desde 2005), o Rossio de S. Brás mantém-se pouco ou nada digno no acolhimento aos turistas, os parques de estacionamento junto às muralhas do CH continuam em terra batida e inseguros, o comércio tradicional definha a cada dia, o Salão Central continua por recuperar e a cultura mede-se pela qualidade da nova sala de cinema, o estado dos equipamentos desportivos e de lazer faria corar de vergonha qualquer concelho aspirante a Património da Humanidade, estatuto cuja manutenção periga em Évora.

O resultado de 8 anos de gestão PS em Évora é desastroso, sem obra que não seja o aumento do desemprego de jovens qualificados que anseiam pelos prometidos empregos que viriam com a chuva de investimentos agora ameaçados pela crise financeira e económica internacional, deixando adivinhar que os próximos anos serão bem difíceis para Évora, para os quais o PS não se revela capaz nem competente.

Évora não se preparou em tempo de normalidade e de crescimento económico e, agora, nem o famigerado PDM arrasta o desenvolvimento, que teima em não dar sinais de vida.

O PS já revelou, ao longo de 8 anos, não ser uma alternativa credível à anterior gestão da CDU, cabendo aos eborenses a escolha de uma verdadeira alternativa à condução dos destinos do concelho, responsável, competente, protagonista de uma rejuvenescida e promissora visão para um futuro de sucesso em Évora, nas próximas eleições autárquicas.

Évora, 16 de Abril de 2009

A COMISSÃO POLÍTICA CONCELHIA DE ÉVORA DO PSD

2009-04-06

ENFRENTAR A CRISE COM VERDADE, RIGOR E SERIEDADE

O Governo socialista que agora fez 4 anos, procura a cada momento vender a ideia de que a situação de crise económica e social que Portugal atravessa é inteiramente derivada da crise financeira internacional, sacudindo assim a água do capote sobre os 3 anos em que governou antes e que importa avaliar para fins eleitorais.

Na verdade, o PS dispôs de condições ímpares ao longo da legislatura para transformar a sociedade portuguesa: uma maioria parlamentar absoluta, uma conjuntura económica favorável, a cooperação institucional do Presidente da República. Qual é então o balanço que os portugueses devem fazer, à luz do programa eleitoral e das promessas do PS? Viverão hoje melhor os portugueses do que em 2004?

Determinar o grau de confiança que os portugueses podem depositar no Governo, ou o nível de esperança que se possa ter na competência do mesmo para lidar com um clima de grave crise nos próximos 4 anos, obriga a avaliar se o Governo teve capacidade para transformar o país em tempos de normalidade. Em meu entender, NÃO.

NÃO pela economia, em declínio, com Portugal a afastar-se da Europa e a empobrecer em termos relativos, através da deterioração do PIB “per capita” português em relação à média da União Europeia (Portugal está hoje abaixo de países como a República Checa e a Eslovénia e prevê-se que seja ultrapassado em 2009 pela Eslováquia e pela Estónia), bem como do poder de compra, que em Portugal é inferior a muitos países de Leste e continua a degradar-se;

NÃO pelo insustentável agravamento do endividamento externo do país, fruto da degradação das contas públicas iniciada com Guterres e agora continuada por um PS que governou o país durante 11 dos últimos 14 anos;

NÃO pela opressão do Estado sobre a sociedade e degradação da sua prestação aos contribuintes, que passa pelo falhanço da reforma da Administração Pública (PRACE), hoje mais concentrada em Lisboa, mais distante dos cidadãos, menos presente no interior de um país em desertificação (encerramento de escolas, postos da GNR, Centros de Saúde), mais despesista, asfixiadora das micro e pequenas empresas pelo peso da carga fiscal e pelo não pagamento dos serviços adquiridos;

NÃO pelo maior crescimento da desigualdade social em Portugal que nos restantes países da OCDE, com a educação pública cara, deficiente e a perder qualidade, o SNS está caótico e a saúde é mais cara, cresce a criminalidade e a violência, o plano tecnológico falhou e o facilitismo do Governo apenas adia o presente e compromete o futuro.

Perante este “pré-pântano” que a crise apenas veio agravar, o Primeiro-Ministro que jurou não subir os impostos, criar mais 150 mil empregos e referendar o Tratado europeu e nada cumpriu, continua a anunciar diariamente pacotes anti-crise, prometendo aumentos nas pensões sociais, bolsas de estudo aos montes, 40.000 estágios profissionais, mais promessas, promessas … ao mesmo tempo que as falências e o desemprego sobem igualmente todos os dias e ameaçam pressionar a situação social.

Por causa disso, o Governo acrescenta um programa de investimentos públicos que deixam um encargo dramático durante os próximos 30 anos e consumem recursos que hoje fazem falta no apoio às micro e pequenas empresas, para sustentarem os níveis de emprego, como sejam as novas auto-estradas, em vez de uma aposta da reabilitação urbana através de pequenas obras para pequenas empresas, que gera crescimento rápido e sustentável, preenchendo ainda necessidades de reabilitação do território.

Ora, a propaganda diária de medidas anti-crise pelo Governo não chega para enfrentar com sucesso a crise, se as mesmas se apresentarem irrealistas, resultado do isolamento e autismo do Governo, que menospreza as propostas e contributos do PSD. A crise exige antes nos próximos anos, um Governo capaz ouvir, de perceber a realidade, protagonista de um projecto alternativo portador de esperança, mas viável e assente no realismo, única via para conseguir mudar essa realidade.