A localização do cluster aeronáutico português em Évora tem merecido do PSD, desde a primeira hora, o mais profundo apoio institucional, apesar das expectativas criadas em torno destes investimentos continuarem, ainda hoje, por efectivamente se concretizar.
As centenas de postos de trabalho directos e indirectos que poderão ser criados pelo investimento da brasileira EMBRAER, anunciado pela empresa como concretizável num período de seis anos, constituem-se de especial importância para uma região onde o desemprego floresce a um ritmo bem maior que os projectos de criação de emprego.
Por outro lado, não podemos esquecer que um outro projecto, liderado pela Sky Aircraft Industries, uma filial portuguesa da GECI Internacional, apesar dos sucessivos e pouco explicados adiamentos, mantém a intenção de investimento em Évora para a produção da aeronave ligeira Skylander, que poderá criar um número superior de postos de trabalho.
A concretizarem-se estas expectativas, que envolvem a criação de algumas centenas novos postos de trabalho qualificados, o PSD vê com particular preocupação que o Governo não tenha ainda promovido o lançamento das acções de formação profissional que permitam dotar a região de mão-de-obra suficiente e qualificada para estes novos desafios.
Com riscos industriais acrescidos, não menos importante é conhecer-se a calendarização da obra do novo hospital central do Alentejo, bem como da rede viária prevista no Plano Rodoviário Nacional para garantir as acessibilidades do concelho.
À Universidade de Évora, inquestionável centro de saber e investigação, caberá um importante e determinante papel na formação das novas gerações para este exigente e competitivo mercado de trabalho, aguardando-se com natural expectativa pelo anúncio dos novos cursos na área da engenharia aeronáutica.
A criação de um cluster aeronáutico não é feita por decreto nem por anúncios à distância e não será possível envolver na sua dinâmica o concelho e a região se for mantido o secretismo no seu planeamento e apenas por alguns, poucos, o conhecimento das exactas contrapartidas locais e nacionais que serão dadas a estes investimentos de indústrias estrangeiras.
O PSD e os seus eleitos, no Município de Évora e na Assembleia da República, numa atitude de oposição responsável, continuarão, como o têm feito, a procurar intervir e colaborar de forma empenhada para apoiar o desenvolvimento do concelho de Évora e da região, esperando que lhes seja facultada a informação relevante sobre o andamento dos projectos que permitam concretizar aquele desígnio.
Évora, 28 de Julho de 2008
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