2008-04-23

AME - ABRIL DE 2008

Intervenção do Grupo Municipal do PSD, no ponto da agenda em que se discutiu a criação da Empresa Municipal para a gestão concelhia das Actividades Culturais e Desportivas, sob proposta da Câmara Municipal, onde a mesma foi aprovada por unanimidade entre os 7 vereadores:

Constatando a falência definitiva da teoria da Santa Aliança entre o PSD e a CDU, o PSD de Évora congratula-se ter sido abortada a alteração à lei eleitoral autárquica, permitindo que o PSD possa continuar a contribuir, pela sua presença no executivo municipal, para tornar ÉVORA MAIS ATRACTIVA ENQUANTO POLO DE COMPETITIVIDADE CULTURAL E TURÍSTICA.

O Grupo Municipal do PSD destaca o papel determinante do vereador António Dieb na Câmara Municipal nesta questão, pela nobreza dos princípios orientadores da sua acção, pela firmeza dos valores próprios subordinados ao interesse municipal que lhe têm conferido capacidade de resistência a pressões variadas.

O Grupo Municipal do PSD entende a necessidade de encontrar formas flexíveis de financiamento, num município sem espaço de manobra financeira, para dotar o concelho de capacidade de resposta em infra-estruturas de apoio à qualidade de vida que há décadas estão identificadas, nomeadamente o parque desportivo e a recuperação do salão central eborense. Trata-se de medidas destinadas a superar necessidades de carácter imediato, de curto prazo e não de questões estratégicas, que essas são reservadas a outra discussão.

Para além da posição de oposição responsável e sempre construtiva do vereador do PSD, como ficou demonstrado aquando do processo de revisão do PDM, contribuindo com sugestões e propostas de valorização e não de simples e gratuita oposição obstrutiva, entendemos que as questões estratégicas devem ser amplamente debatidas, profundamente preparadas, no âmbito de um Plano Estratégico para o concelho de Évora já iniciado, por iniciativa do PSD na CME.

Defender Évora como cidade de cultura não faz sentido a não ser pelo devido enquadramento da relevância estratégica da cultura enquanto âncora de um projecto de desenvolvimento coerente para Évora, porque entendemos a necessidade de afirmação e estruturação de um cluster de indústrias culturais não só enquanto contributivo para a elevação da qualidade de vida dos munícipes de Évora em resultado da elevação dos níveis de oferta cultural (directa e indirectamente induzida a partir da CME e contratualizada com diferentes e complementares agentes e actores locais), mas também enquanto elemento estruturante do reforço de factores de competitividade territorial, essenciais para a captação e fixação de investimento externo e de quadros jovens e altamente qualificados, fundamentais à atracção de mais investimento e à regeneração demográfica.

O grupo municipal do PSD, revê-se totalmente na posição e actuação do vereador do PSD na Câmara de Évora, a quem manifesta todo o apoio.

1 comentário:

Anónimo disse...

Saber estar
faz falta a muito boa gente...Exmo. Senhor Dr. Pedro Santana Lopes, ninguém quer o seu regresso. Já foi bastante doloroso vê-lo ocupar o cargo de Presidente da bancada parlamentar do PDS...acredite que ainda vai a tempo de se retirar da corrida à liderança do PSD. Se perder o que é que vai dizer? Que sempre fez tudo pelo seu partido? É que sinceramente, não há pachorra para a sua insistência em voltar à ribalta.
E hoje li que o Dr. Luís Filipe Menezes apoiaria uma candidatura do Dr. Alberto João Jardim à presidencia do PSD. Mas será que ninguém tem noção que um perfil mais clássico seria mais bem-vindo?
E eu que tinha prometido a mim mesma não me irritar mais com as coisas da política, parece que quebrei mais essa promessa!
http://inconformada.blogspot.com/

Só em Portugal...
Há coisas que não lembram o diabo! Penso que na política o "cartão de visita" de um político credível, não tem nada a ver com mediatismos, com dons de oratória ou com a habilidade, maior ou menor, de se movimentar ou de manipular, factos ou cenários futuros. O "cartão de visita" dos políticos credíveis assenta em alguns pressupostos essenciais: coerência no discurso, trabalho realizado, competência e resultados eleitorais. Posto isto, acho importante, até porque em política a memória curta é péssima conselheira, recordar os resultados eleitorais de Fevereiro de 2005:
Votantes, 5.712.427 eleitores, 65,02%
Abstenção, 3.072.800, 34,98%
Brancos, 103.573, 1,81%
Nulos, 63.780, 1,12%
PS, 2.573.406, 45,05%, 120
PPD/PSD, 1.639.240, 28,70%, 72 deputados
PCP-PEV, 432.000, 7,56%, 14
CDS-PP, 41.4922, 7,26%, 12
Bloco de Esquerda , 364.407, 6,38%, 8 lugares.
Hoje, Abril de 2008, estamos à beira de ter os mesmo dois partidos que foram derrotados em 205 - PSD e CDS/PP - a concorrem às eleições legislativas de 2009, liderados pelas mesmas figuras que protagonizaram os resultados acima recordados. Um, o CDS/PP, já lá está Paulo Portas de regresso. O outro, o PSD, Santana Lopes ainda vai ter que ganhar o partido nas "directas". Só em Portugal...

http://ultraperiferias.blogspot.com/