2008-02-17

IMPOR SEM CONVENCER

O Primeiro Ministro é arrogante por natureza.
Algum complexo de inferioridade o atormenta, resultado de alguma situação de menosprezo ou de ausência de aceitação de que foi vítima em algum momento anterior. Caso para os psicólogos.
Do exercício da autoridade que lhe advém pelo cargo que ocupa na hierarquia do Estado, observamos uma arrogância natural ou construída, como uma defesa perante a comunicação social (de quem não admite perguntas, menos ainda quando estas não sejam favoráveis), a oposição e a sociedade em geral.
Essa atitude é uma defesa resultante da sua insegurança em defender as medidas que anuncia, a sua sustentação e, pior do que isso, em convencer os seus destinatários de que as considera como positivas ou adequadas.
Sócrates no fundo é um actor, um político de plástico, cuja arrogância significa que não está convencido (nem consegue convencer outros) de que esteja a fazer o mais correcto, o mais adequado a ser feito e, mais que tudo, não está convencido de que esteja a agir de acordo consigo mesmo.
No fundo, é um homem em vestes nas quais não se sente à vontade.

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