2007-12-10

PDM DE ÉVORA?

Na página 10 do Relatório (Volume I - Diagnóstico), pode ler-se:

Estrategicamente devem ser desenvolvidas condições para que o concelho aproveite as oportunidades que hoje se lhe deparam e que se podem sintetizar em três grandes domínios, a saber:

  • Aplicação de uma política de solos na cidade e outros aglomerados urbanos que, “tendo como padrão a qualidade e sustentabilidade, permita baixar significativamente os custos de habitação e dos espaços dirigidos ao acolhimento empresarial”(1);
  • “Definição da estratégia de afirmação das vantagens e oportunidades para Évora, que resulta da consolidação do eixo Lisboa-Madrid, como primeira prioridade”(2) entre o Norte e o Sul do país e, por fim, com o eixo oriundo da faixa atlântica, visando o reforço da internacionalização da região;
  • Dinamização de “uma política que posicione e prepare Évora e o seu concelho para acolher a procura da excelência e da qualidade numa relação de proximidade com a Grande Lisboa”(3).

Ficam, desta forma, sintetizadas as grandes linhas de força que presidem à revisão do Plano Director Municipal e que deverão sustentar a política territorial a implementar no espaço concelhio por forma a criar uma nova dinâmica de Évora.

-----------------------------

(1) Oliveira, J.E. “Esta cidade e eu”. Évora, 2001. Ed. Editorial Bizâncio; (2) idem; (3) ibidem

Equacionar o futuro de um concelho com base em linhas de força definidas não pelos agentes locais e forças vivas, nem por nenhum dos variados estudos existentes, mas sim pelo actual Presidente da Câmara quando andava em campanha em 2001 (nem sequer do programa eleitoral se trata, mas sim de um livro escrito pelo então candidato à presidência da autarquia), não me parece tecnicamente sustentado, antes resulta bastante inquinado pela visão (ou falta dela) utilizada.

Em consequência, afigura-se legítimo afirmar que o PDM que agora foi aprovado, não seja tanto de Évora quanto do actual Presidente da Câmara de Évora.

Sem comentários: