2007-12-11

ESTE NÃO É O PDM QUE ÉVORA PRECISAVA E MERECE

São vários os estudos e reflexões técnicas, provenientes do Ministério da Economia que, ao longo do tempo, têm vindo a identificar a necessidade de, aos níveis local e regional, conceber e implementar acções estratégicas que possam atingir objectivos qualificadores e diferenciadores do produto turístico, entre elas, a compatibilização dos Planos Regionais de ordenamento territorial com os Planos Directores Municipais (PDM’s) e também com os Planos Estratégicos.

A equipa técnica que procedeu à revisão do PDM de Évora, alimentada pela visão egocêntrica do Presidente da Câmara (recorde-se Esta Cidade e Eu), desenvolveu logo desde a primeira apresentação pública do documento, um arrogante e incoerente discurso de defesa e justificação das opções contrárias que tomou, ao arrepio das recomendações da metodologia de planeamento.

O resultado só poderia ser a falta de lógica para a criação das novas centralidades propostas, a insuficiente credibilidade das projecções demográficas, a arbitrariedade posta na expansão do perímetro urbano em vez da requalificação das zonas já construídas, a não opção pela reconstrução, como se faz em toda a Europa monumental.

  • O PDM agora aprovado não serve para Évora, pois define uma ideia de futuro que cabe de igual forma em qualquer outro local de Portugal ou do mundo, sem afirmar nem distinguir as suas especificidades;
  • O PDM agora aprovado não serve para Évora, pois não encara a cultura e o património enquanto elementos estruturantes da afirmação do turismo e âncoras da sua base económica;
  • O PDM agora aprovado não serve para Évora, porque se baseia em pressupostos eleitoralistas que apenas pretendem responder às promessas fantasiosas com que o PS conquistou a Câmara e que ainda não cumpriu ao fim de 6 anos;
O PDM que o Presidente da Câmara de Évora apresentou para discussão pública e que aprovou em reunião de Câmara apenas com os votos do PS, é pobre de opções, carente de visão e errático na estratégia de desenvolvimento, à semelhança e imagem do exercício autárquico a que o Presidente da CM de Évora nos habituou ao longo de 6 anos e que conduziram Évora à estagnação.

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