2010-10-22

O ORÇAMENTO DE ESTADO 2011 DEFENDE O INTERESSE NACIONAL?

O PS não pára de ensaiar uma fuga à responsabilidade pelo desastre governativo de 2 ciclos de 6+6 anos de guterrismo e socratismo, que conduziram Portugal à beira do abismo. A estratégia nacional e local é a mesma: procurar bodes expiatórios para a errática e incompetente governação, porque a culpa será sempre de alguém, menos de quem (não)governou.


As campanhas para as eleições legislativas e autárquicas serviram de palco a um desenfreado ataque ao PSD e ao seu suposto pessimismo e derrotismo, com o qual, dizia o PS, não se desenvolve o país nem os seus concelhos, nem se criam empregos. Escondendo a crise, falseando as contas públicas, empolando as receitas municipais, assumindo compromissos sem dinheiro em Portugal e nos diversos concelhos socialistas (as consequências sentem-se agora em alguns deles como o Alandroal), elevando o défice para níveis nunca antes vistos e o endividamento externo para a insustentabilidade, tudo valeu para que o PS ganhasse eleições onde e como podia.



O descaramento foi que a todos os que criticaram o PS, este respondia com a acusação de falta de patriotismo. Mas a tónica de discurso manteve-se após as eleições, quando a factura para pagar chegou aos contribuintes e os cúmplices do crime (com o também já refugiado Constâncio) salvaram o seu futuro: i) ser patriota é atacar as agências de “rating” porque especulam sem que alguma razão exista, dado o rigor e transparência da governação socialista em Portugal e nos seus municípios e ii) exigir à Alemanha que gaste as poupanças do seu trabalho e nos envie os € ganhos pelo seu povo com esforço, para que nós possamos continuar no regabofe socialista por mais outros tantos anos e campanhas eleitorais, porque a solidariedade é, para os socialistas, dever de partilha por quem tem, sem qualquer responsabilização de quem recebe.


A defesa do interesse nacional, dizem os socialistas portugueses, passa por sermos todos solidários com as suas asneiras, cometidas contra tudo e quase todos, em benefício deles e dos seus protegidos, à custa dos nossos impostos, dos milhões de € diariamente recebidos da União Europeia e, da aniquilação do nosso futuro. Patriotismo, dizem os socialistas é calarmos e aguentarmos a sua repetida incompetência (des)governativa e unirmos esforços no suporte das medidas difíceis que agora (todos e não apenas eles) teremos que suportar.



Objectivamente, antes deveremos pensar como os outros olham para nós, qual a capacidade que avaliam ao Governo na gestão de milhões de € que recebe diariamente dos fundos comunitários, que nenhuma reforma estrutural conseguiu fazer em 12 anos e que já não tem a confiança da maioria dos portugueses desde Setembro de 2009, tal como não merece a confiança dos agentes financeiros internacionais. A pergunta que deve ser feita, é se algum de nós emprestaria o seu dinheiro a um governo (logo, esperando reavê-lo e por isso manifestando confiança na capacidade da sua devolução mais tarde, acrescido dos respectivos juros) que tem elevado o risco de comprometer definitivamente o pagamento do que já devemos até agora. Com ou sem OE 2011 aprovado, veremos como reagem os mercados internacionais e se termina a sua actual desconfiança.

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