2008-05-29

AS ESCOLHAS NO PSD

À beira da eleição do novo líder do PSD, visitados que foram os militantes de Évora pelos 4 candidatos, já terão certamente feito a sua escolha, após ouvirem as propostas e ideias chave para o futuro do partido, à falta de outros desejados, como Rio ou Marcelo.

Manuela Ferreira Leite parece-me a escolha mais acertada na actual conjuntura, tendo em conta que os próximos tempos serão difíceis para a economia portuguesa e agradecerão a sua experiência governativa em matéria de controlo das finanças públicas, que se ressentirão certamente do abrandamento da colecta fiscal decorrente da diminuição do consumo privado e do arrefecimento da economia.

Pedro Santana Lopes não parece igualmente má escolha, para os que consideram ser necessário combater Sócrates no parlamento com garra e tenacidade e apresentando propostas alternativas à governação no seio parlamentar. Surge como um candidato experiente, empenhado no sucesso eleitoral do PSD e desprendido de compromissos internos com as várias facções e territórios internos.

Pedro Passos não me parece poder ser o melhor líder do PSD nesta conjuntura, em que o excesso de liberalismo económico apenas agravaria a crise social instalada, para além de surgir rodeado de alguns apoiantes que mais não parecem do que mercenários da política ou inqualificáveis personagens como Menezes, a quem quase 70% dos militantes do PSD do distrito de Évora disseram não nas últimas eleições.

Para além da falta de experiência profissional e política, as notícias vindas a público dando conta de uma estratégia concertada entre Menezes, Ângelo Correia e Passos Coelho para o assalto ao poder dentro do partido, não beneficiam as opções deste último, antes pelo contrário, afastarão os votos de muitos militantes que estão na política por princípios e não por interesses pessoais de se servirem do poder.

Patinha Antão não parece contar para as escolhas a fazer mas, nem mesmo assim deixei de estar presente quando ele esteve em Évora, tal como fiz com todos os restantes candidatos, à excepção de Passos Coelho por impossibilidade.

Ainda assim, estiveram na sessão de PPC outros membros dirigentes da secção de Évora do PSD, não registados por alguns retornados comentadores pouco profissionais cuja actividade deveria levá-los a evitar desenvolverem actividade partidária, a bem da isenção e objectividade com que deveriam encarar o seu exercício profissional, mostrando que a ética e a deontologia continuam a não figurar no seu dicionário.

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