A Ministra da Cultura foi uma das primeiras a chegar-se à frente, na palhaçada do PRACE, dispensando funcionários de um Ministério que mantém os monumentos encerrados aos fins-de-semana mas que se diz empenhado em contribuir para aumentar a captação de turistas.
A gruta do Escoural ficou esquecida, encerrada há quase um ano, assim continua. O funcionário que lá trabalhava reformou-se e não foi possível deslocar outro que fosse excedentário no mesmo Ministério ou noutro, numa lógica de acerto e equilíbrio de funcionamento da máquina do Estado.
Os turistas (entre eles os espanhóis) que passam na A6 e fazem o desvio por caminhos manhosos até ao local, batem com o nariz na porta, apesar de terem visto a promoção televisiva do país com as vedetas todas a convidarem à visita.
A imagem com que ficam deste país não será das melhores.
Em especial por ser incompreensível aos visitantes estrangeiros que não se encontre solução para resolver a disponibilidade de visita da única caverna conhecida em Portugal, com pinturas e gravuras rupestres realizadas no Paleolítico Superior, classificada como Monumento Nacional.
O pior que pode acontecer a um destino turístico é transmitir ao exterior uma imagem de modernidade, mas manter estruturas sociais, políticas e administrativas dignas de países do terceiro mundo, mais ainda quando se pretende posicionar em novos e mais elevados segmentos num mercado muito concorrencial ao nível ibérico, europeu e mundial.
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