Negando-a até ao limite, o Governo socialista acordou tarde para a crise financeira internacional, a partir da qual se fizeram sentir efeitos brutais sobre a economia portuguesa, já de si fragilizada pela ausência de reformas estruturais que, ao longo de seis anos de governação mediática, foram substituídas por medidas pontuais destinadas apenas a iludir e enganar os eleitores.
Os sucessivos erros do Partido Socialista, multiplicados no último ano por um completo desnorte dos seus dirigentes, trouxeram ao interior do País, e ao concelho de Évora em particular, uma crise social sem precedentes, traduzida no encerramento diário de empresas, no crescimento descontrolado do desemprego, nas dificuldades acrescidas para os pensionistas e famílias com baixos salários, no agravamento da pobreza e da exclusão social pela redução dos apoios sociais aos mais desfavorecidos, no corte do transporte aos doentes carenciados ou no aumento das listas de espera em várias respostas dos serviços de saúde, entre muitos outros exemplos.
A política do Partido Socialista assenta hoje em dois pilares: agravar as condições de vida dos portugueses sem olhar aos efeitos sociais das suas medidas economicistas e renomear à pressa centenas de “boys” para lugares dirigentes, sem qualquer concurso, para satisfazer a clientela tentacular com que procura dominar o aparelho do Estado.
A par deste despudorado assalto à Administração Pública, através do qual procurará condicionar futuras políticas, aplica uma férrea restrição orçamental a alguns serviços públicos essenciais, nomeadamente àqueles a quem cabe garantir a segurança pública. A falta de efectivos, a degradação dos meios de intervenção e uma forte restrição orçamental perturbam o normal funcionamento diário das forças de segurança pública, a braços com crescentes dificuldades para evitar o significativo aumento da criminalidade e da delinquência que hoje, como nunca antes, assusta verdadeiramente os eborenses, perturbando o turismo e as actividades económicas a ele associadas no concelho.
Numa cidade cuja monumentalidade é internacionalmente reconhecida, os organismos públicos com funções na manutenção e recuperação do edificado assistem impávidos à degradação do Património da Humanidade, o qual não só ameaça a integridade física dos eborenses e visitantes, como prejudica significativamente a imagem do concelho na atracção turística, exemplificado pelo deplorável estado a que se chegou na envolvente à Praça de Giraldo.
Assim, é com profunda preocupação que os militantes social-democratas encaram o anúncio da quarta versão do Plano de Estabilidade e Crescimento, apresentado com o único propósito de desencadear uma crise política, temendo que as novas reduções dos apoios sociais, a alteração do período de duração do subsídio de desemprego, o obsceno congelamento de pensões de 247 € ou o aumento de encargos dos doentes com medicamentos, por redução da comparticipação do Estado, agravem em muito as já fragilizadas condições de vida dos eborenses, sobretudo dos mais pobres.
Em face da situação descrita, os militantes da secção de Évora do PSD, reunidos em Assembleia, decidem manifestar publicamente o seu total apoio à posição firme e irredutível do Presidente do Partido, Dr. Pedro Passos Coelho, contra as novas medidas de austeridade propostas pelo Partido Socialista, que está apostado em conduzir o País para a insolvência e os portugueses para a miséria.
Évora, 17 de Março de 2011
2 comentários:
É uma vergonha...
Em Évora existe um call-center que explora os jovens alentejanos, com contratos precários... há muitos anos... usando-se o sistema de rescindir com uma empresa e fazer contrato com outra.
Trabalhamos com todos os sistemas informáticos do grupo caixa seguros, Império Bonança, Fidelidade Mundial e Multicare, mas não temos o direito a receber um preço mais justo pelo nosso trabalho, tal como os funcionários das Companhias?
Quando contactamos os clientes das Companhias é como se fossemos funcionários destas Companhias, mas para recebermos ordenado já não nos identificamos como tal.
Limitamo-nos a receber entre € 400,00 a € 500,00 e somos tratados como máquinas, pior ainda… pois quando os computadores não funcionam, não existe remédio… quando estamos a precisar de ir à casa de banho, já temos tempos estipulados e a correr depressa.
O Call-center já funciona há muitos anos, muitas empresas passaram muitos “escravos” ficaram…
Agora que mudaram a gestão do Call Center, para uma empresa de escravatura dos tempos modernos, denominada Redware, do grupo Reditus, decidiram inaugurar… vejam lá… inaugurar o Call Center, que devia-se chamar Senzala.
Este grande acontecimento vai acontecer amanhã, dia 25 de Março, e vai ter direito à visita do Secretário de estado para a inovação Carlos Zorrinho, do Presidente da Câmara de Évora José Ernesto Ildefonso Leão de Oliveira, do Presidente da Caixa Geral de Depósitos Fernando Faria de Oliveira, do Presidente das Companhias de Seguros do Grupo Caixa Seguros Jorge Magalhães Correia e as suas comitivas.
E pergunto-me vão inaugurar o quê, mais uma fase da exploração de pessoas, que têm que se sujeitar às condições destes empregos porque não existe mais nada?
Mas não somos pessoas?
Não devíamos ter direito a usufruir de condições mais justas pelo nosso trabalho, para termos direito a viver?
Até quando é que o nosso Pai, a nossa Mãe, o nosso Tio, a nossa Tia,… poderão ajudar-nos?
Mas depois é ver a publicidade destas empresas, em que parecem todos bons rapazes e muito solidários, eis um exemplo http://www.gentecomideias.com.pt/gentecomideias/Pages/MensagemdoPresidente.aspx
Sr. Presidente da Câmara, tenha vergonha em pactuar com esta forma de escravatura… ponha a mão na sua consciência, isto se ainda a tiver…
Em relação ao comentario anterior tenho mais tristes noticias (caso se venham a comprovar) pelo que soube a redware e o novo grupo que vai assumir o grupo caixa já pensam em deixar o alentejo e zarpar para outra zona...
Esperemos que não passem de boatos, até agora ainda ninguem daquela empresa rasca disse nada o que é certo é que os contratos de toda a gente terminam em agosto e os rumores são que vão fechar portas logo em agosto, coincidencia?
Esperemos mais uma vez que os nossos políticos façam alguma coisa já que todos ali trabalhamos por necessidade e não por desporto... mas cá tenho as minhas duvidas que alguem fará alguma coisa por nós!
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