Sobra assim tempo, em Évora e noutras partes do distrito, para o show mediático cujo vício as novelas por cá deixaram em tempos, a alguns agentes partidários e autárquicos, os quais se deixaram enredar pela inexplicável cretinice que constitui a eleição das 7 maravilhas de Portugal pelo sistema que está estabelecido, levando a que os bairrismos e a afectividade toldem e prejudiquem uma apreciação histórica, cultural, arquitectónica, geográfica, social e económica justa e objectiva dos vários lugares de interesse nacional.
Confundir esta discussão, claramente apalhaçada, com o trabalho de promoção turística que cabe a uma região enquanto destino turístico integrado que deve afirmar-se como um todo em mercados amplos, soa a politiquice barata e a falta de saber-estar e saber-conviver democraticamente com as restantes forças políticas quando com elas e para elas se perde a razão, por culpa de alguma intolerância e sectarismo.
Veja-se o contributo que alguma(s) entidade(s) oficial local ou distrital deu esta semana para, durante 2 dias, embelezar o Templo Romano de Évora e várias das ruas da sua envolvente, permitindo o estacionamento de várias dezenas de autómóveis (imobilizados desde as 8.30 horas até às 18 horas) dos quadros de um operador turístico com estabelecimento no Centro Histórico.
Como se os mesmos não pudessem ter-se deslocado de autocarro do adjacente concelho onde dormiram, para o local da reunião de trabalho, em Évora.
No entanto, talvez por distracção, não vi nenhuma referência, nos vários comunicados de imprensa da semana, vindos de vários quadrantes e actores, a este contributo para a excelência de Évora que, pelos vistos, ainda precisa de elevar um dos seus monumentos a maravilha nacional, como se não beneficiasse já de um estatuto mundialmente consagrado, que ultrapassa a dimensão nacional.
Antes vi argumentos novelísticos, na linha daquilo que é o show mediático de alguns partidos no exercício do poder locail: muito espectáculo, pouca e má obra.
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