2006-10-15

QUE FUTURO TEREMOS...?

E agora, com o processo de Bolonha, não seria altura de rever a sério a qualidade do ensino superior em Portugal e, em especial, as competências (ou a faltra delas) de que os licenciados são portadores?
Se, com licenciatiras de 5 anos, produzíamos licenciados pouco reputados no mercado de trabalho (segundo os estudos apresentados), o que se traduz aliás numa produtividade fraca comparativamente aos restantes parceiros europeus (a Espanha desde logo), retirando parte da eficácia à argumentação utilizada por alguns de que a culpa da produtividade do factor trabalho é de carácter organizacional e não das qualificações, como vamos convencer agora as empresas de que, com menos tempo de formação, os profissionais formados estão mais bem apetrechados? Não estamos a falar de algo que se mude de um dia para o outro, mas sim de atitudes perante a vida, perante o valor trabalho, perante a sociedade, que são manifestas (através de comportamentos) numa certa geração que, não sei se é rasca, mas que parece vai estar à rasca e vai deixar o futuro do país nessa situação.

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