Está definitivamente enterrado o fantasma da santa aliança PSD-CDU que foi durante tanto tempo invocado pelo PS ao eleiotrado eborense enquanto perigo para a ingovernabilidade da Câmara de Évora no caso de uma maioria relativa do PS como a actual, sendo fiel de balança o vereador do PSD.
O caso patente no comunicado "malicioso" da CDU é exemplar, dada a urgência de aprovação das taxas do IMI (Imposto Municipal sobre Imóveis) pela Câmara Municipal e Assembleia Municipal até final do mês de Novembro.
A atitude do vereador do PSD, ao contrário do que o comunicado da CDU pretende insinuar foi de grande responsabilidade, garantindo o normal funcionamento da Câmara Municipal e a arrecadação das receitas necessárias no orçamento municipal de 2006 (o qual, como se sabe será de restrição nas transferências do Governo para os municípios).
A atitude do vereador do PSD foi igualmente de responsabilidade ao questionar o PS sobre os fundamentos da proposta apresentada (apenas uma folha, sem explicação das razões e efeitos financeiros das reduções propostas), sentindo-se incapacitado para votar uma proposta sem fundamentação nem apresentação de demonstração dos impactes financeiros sentidos por cada variação do IMI em 0,1%.
O comunicado da CDU também não ajuda a esclarecer a questão de fundo (quais os impactes financeiros das propostas da CDU no orçamento do município?) que é a de determinar até onde poderá o orçamento da CME aguentar uma redução das taxas do IMI. A razão é simples: a CDU também não sabe, nem tentou fazer as contas. Apenas diz à população que propôs uma redução maior, porque é sempre simpático para o eleitorado e pensa poder assim ganhar simpatias no eleitorado.
Sinceramente, deixem-me que continue a considerar mais responsável a posição do vereador do PSD.
Por fim, o que falta ao comunicado da CDU é referir que as propostas foram votadas com 3 votos do PS, 1 abstenção do PSD e 2 votos dos vereadores da CDU. O comunicado da CDU omite que, sendo considerada tão importante para a CDU esta matéria, permitiu ainda assim que um dos seus vereadores (por acaso Andrade Santos) tivesse faltado à reunião, o que, de forma simples, garantiria sempre ao PS aprovar as suas propostas e rejeitar as da CDU, dado o facto de o Presidente da Câmara dispor de voto de qualidade em caso de empate.
Esta sim é que é a explicação que repõe a verdade sobre o IMI para 2006 no concelho de Évora. O resto, é ruído das tentativas fracassadas de aproveitamento político da CDU e do PS sobre posições responsáveis do vereador do PSD.
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