O Governo do PS, esgotado pela correria desnorteada de 2 anos de (des)governação, num ímpeto de lazer primaveril, quase surpreendeu os eborenses com a sua presença em Évora no passado fim-de-semana.
Não conseguiu os objectivos, pois a passagem foi mais que fugaz e poucos se terão apercebido do facto, à excepção do Presidente da Câmara de Évora, à última hora convidado a posar para a foto de família.
Um Conselho de Ministros, ainda por cima extraordinário, numa cidade do interior, gerou expectativas, pois não é todos os dias que acontece. Esperavam por isso os eborenses que o Governo Socialista anunciasse em Évora:
- Que a emergência médica do INEM em Évora e no distrito, iria passar a funcionar articuladamente com os Bombeiros Voluntários, melhorando a resposta na assistência às pessoas que a solicitam, sem os enormes e por vezes fatais atrasos na prestação de socorro, bem como o funcionamento da viatura VMER 24 horas sobre 24 horas;
- Que as obras do novo Hospital Regional se iniciariam brevemente, garantindo à população envelhecida meios de diagnóstico adequados, equipamentos de tratamento indispensáveis (ex. radioterapia) e novas valências (ex. neurocirurgia);
- Que o estrangulamento financeiro do ensino superior não se aplicaria à Universidade de Évora, poupando os seus docentes, funcionários e alunos, em virtude da sua localização no interior do país, determinante para a afirmação de Évora enquanto cidade de média dimensão e para a revitalização demográfica e económica do Alentejo, pois já basta o encerramento de escolas e centros de saúde pelo Governo;
- Que o ritmo de crescimento do desemprego no concelho de Évora (+66% em 5 anos) seria história do passado, fruto do empenho do Governo na criação de milhares de postos de trabalho por via de um “cluster” aeronáutico em Évora, que o PS local tantas vezes prometeu e no qual já poucos acreditam.
Infelizmente, o comunicado do CM revela que uma manhã de trabalho resultou na assinatura de um ou dois diplomas menores e num almoço.
Só o Presidente da Câmara de Évora se congratulou com a presença do Governo, tão desprezado que tem sido pelo mesmo, aguardando-se que dê a conhecer as boas notícias (concretas e não promessas gastas) que justifiquem a razão da sua satisfação.
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