Desde a total ausência de animação de rua durante os meses de verão, à ausência de iniciativa durante a quadra festiva natalícia, a inércia revela-se inexplicável no ano de comemoração de duas décadas de elevação de Évora a Património Cultural da Humanidade.
Ao contrário de outras localidades com iniciativa de animação comercial durante o mês de Dezembro, como Óbidos e Reguengos de Monsaraz, a falta de idênticas iniciativas da Câmara de Évora e de condições de atracção de visitantes (ex. de parques de estacionamento), justifica a dispersão dos consumidores por outros pólos de atracção comercial na Área Metropolitana de Lisboa e na vizinha Espanha.
Não fosse o programa de animação da Associação Comercial de Évora, desenvolvido autonomamente e sem apoio ou envolvimento directo da Câmara Municipal, e teríamos um ano inteiro sem qualquer tipo de animação em Évora.
Ainda assim, a louvável iniciativa da Associação Comercial de Évora poderia ter surtido melhores resultados se a Câmara de Évora tivesse optado por um maior envolvimento no apoio à mesma, através da criação de condições de acolhimento (ainda que temporárias) de visitantes.
O uso do edifício onde funcionou a Rodoviária Nacional enquanto parque temporário de estacionamento, a requalificação do Rossio de S. Brás, o arranjo (em vez da amputação com ferro velho) dos parques de estacionamento junto às muralhas da cidade e ao antigo PIC são apenas exemplos de iniciativas com as quais a Câmara de Évora poderia ter contribuído e não o fez, para ampliar os efeitos da acção de particulares que se substituíram à Câmara de Évora, face à inércia desta.
A Câmara de Évora deve tomar a iniciativa liderante na animação da cidade e do concelho, em vez de deixar apenas aos particulares essa tarefa.
Sem comentários:
Enviar um comentário