- Que a oposição revela um profundo desconhecimento do que é a vida da Câmara;
- Que a oposição tem duas linguagens e duas intervenções, apelando na CME à contenção orçamental e na rua à intervenção da CME devido a insuficiências detectadas;
Vindas de um então vereador e presidente da CCRA, tais promessas ultrapassaram em larga escala o que de razoável deverá ser aceite enquanto posição política responsável, de alguém que se preocupe efectivamente com o futuro de um concelho.
Se o Presidente da CME tivesse razão e a oposição estivesse errada nas críticas de falta de animação da cidade e do concelho, não teria faltado a evocação das estatísticas do turismo recentemente divulgadas pela RTE sobre o ano de 2006: mais turistas visitaram o concelho, relativamente a 2005.
O problema é que esses turistas passaram menos tempo no concelho do que nos anos anteriores (a estada média caíu em 2006). Porquê? Porque também eles, tal como a oposição, estavam distraídos e não repararam na "excelente" animação do concelho ao longo de todo o ano, tendo decidido zarpar ainda assim?
Por outro lado, a oposição ao PS na CME não tem duas linguagens e duas actuações, antes pelo contrário, sempre foi suficientemente coerente para dar lições ao Presidente da CME nessa matéria. Talvez por isso lhe tenha conquistado um vereador.
Também não poderá a oposição ser responsabilizada num dia e o Governo noutro, pelos insucessos do Presidente da CME ou pela inércia do executivo a que ele preside. Ao fim de 5 anos de estagnação de Évora, não há mais desculpas para os fracassos do Presidente da CME.
Longe vão os tempos dos Governos do PSD que colocavam garrotes financeiros às Câmaras deste país, como então vociferava o PS.
Agora, o Governo é justo e bondoso, por isso, mãos à obra, porque, em Évora, daquela que o PS prometeu há 5 anos, ainda nada se viu. Não chegam 5 anos? São necessários outros tantos como o anterior executivo que o Presidente da CME tanto critica? Serão ambos iguais?
Évora precisa de outro rumo e outros actores.
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