Cavaco Silva esteve em Évora e encheu (ele) uma tenda enorme para jantar. Muitos não conseguiram mesmo arranjar bilhete e lugar.
O candidato "pareceu" ou "fingiu" mesmo estar surpreendido com tão grande adesão.
Quem não consegui lugar, ficou em casa à espera de ver a reportagem nas televisões. Ligados à tv, espantaram-se, contudo, com algumas das caras que apereceram logo na primeira linha, ao lado do "já quase Presidente"...
Pouco tempo depois da escassa presença na difícil, dura e à partida perdida batalha autárquica de 2005, nem queriam acreditar no que ofereciam as imagens televisivas resultantes da focagem daquela imensidão de apoiantes.
Desenterraram então dos arquivos a lista de apoiantes de Sampaio em 2001, publicada no Diário do Sul de 12 de Janeiro de 2001: não imaginam o que espanta o desenrolar da lista... É verdade que o Distrito é pouco povoado, mas... há nomes que saltam à vista na sobreposição dos apoiantes aos antecipados vitoriosos.
Há sempre alguém que está pronto a encher pavilhões e tendas para os jantares e páginas de apoiantes em jornais, a acompanhar quem, à partida, já assegurou a vitória... não importa de que cor ou de que lado ela surja.
Também aqui, em Évora, o já "quase Presidente" teve oportunidade de conhecer e constatar a existência de penduras, que pensam apenas em si, nos seus interesses pessoais, profissionais e monetários, na boleia. No fundo, aquele perfil que o candidato lamentava ser tão prejudicial ao PSD, ao Governo e ao país em 1995, quando definhava o seu último Governo e encetou o "tabu" presidencial.
Mas, eis que o engano é dissipado entretanto, ainda durante o discurso do candidato, naquela cerimónia, mostrando que está atento: o homem da estabilidade? Um Governo para 4 anos? Não era já para amanhã? Não me parece que o encantamento com o discurso tenha sido geral... É apenas uma desconfiança.
Como se fosse pouco, ainda vem o editorial do semanário de referência aqui no burgo a confirmar mesmo essa desconfiança de que demorará algum tempo a rentabilizar o investimento, porque a coisa ainda está para durar, pelo menos 3 anos. É a vida ...
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