2011-06-03

CAMPANHA ELEITORAL: O DESPESISMO SOCIALISTA EM PLENA CRISE

Num blog insuspeito de qualquer associação ou simpatia pelo PSD, o 5Dias, podemos constatar a capacidade da super máquina de propaganda eleitoral do PS, indiferente e mesmo provocatória à grave crise económica do país e às dificuldades financeiras que os portugueses sentem todos os dias.



Trata-se, segundo a fonte citada, de: 5 autocarros de 55 lugares; 20 monovolumes; um camião TIR com palco, régie e ecrã gigante e 3 técnicos; 2 estruturas independentes com equipas de 10 elementos cada uma para montagem e desmontagem de palco, dotado de som profissional, estilo concerto de média dimensão; 3 bancadas (duas laterais e uma frontal) com capacidade total para 250 pessoas sentadas; brindes como t-shirts, sacos de pano, canetas, calendários, chapéus, edição de 6 jornais de campanha, adereços múltiplos para oferta; mobilização constante de dezenas de autocarros nas imediações do lugar onde ocorrem os comícios. Tudo isto, supostamente com apenas 2M de €uros.



A juntar a isto há ainda vários truques a que o PS tem recorrido para compor os espaços dos comícios: a oferta da visita grátis ao Oceanário Sea Life, ou o indecente recurso aos imigrantes indocumentados que passaram pela nossa Praça do Giraldo. Revelações de indiferença do PS perante a crise, mantendo o aparato de campanha de outros tempos, em desespero de causa até à introdução do “outdoor” com a cara de Sócrates a que tinham prometido não recorrer.



Enquanto decorriam os comícios do PS, ficámos a saber que a Segurança Social já cortou o abono a mais de 600.000 famílias e que vários milhares de alunos carenciados abandonaram os seus estudos universitários a meio do ano devido ao corte cego que sofreram nas suas bolsas. Tudo isto em nome da crise económica e financeira em que o governo socialista mergulhou Portugal, que exige sacrifícios até nos apoios sociais, mas não na despesista propaganda eleitoral do PS.



A estratégia socialista não respeita os portugueses nem defende o interesse nacional, resume-se a manter o poder a qualquer custo e, depois, logo se vê. Ao PS, importa sim ganhar tempo e, até às eleições, empurra-se com a barriga, adia-se o pagamento de 205M€ para maquilhar a execução orçamental do primeiro trimestre e assobia-se para o lado.

Ao mesmo tempo, escondem-se os verdadeiros compromissos assinados com a troika, desmente-se até ao limite a alteração das versões do acordo assinado, baralha-se a comunicação social, despreza-se a oposição e dificulta-se a vida ao próximo governo, antecipando os prazos de execução das medidas inicialmente acordados com a troika.

Parece mais que evidente que, tal como não cumpriu nenhum dos 3 PEC, Sócrates não tem qualquer intenção de cumprir o acordo que assinou com a troika, o que se tornou notório logo a partir do momento em que o mesmo passou a criticar as medidas que constam do acordo que ele próprio assinou: ex. da descida da TSU.




Ora, para que Portugal não esteja de agora a um ano na mesma situação de ruptura financeira que afecta a Grécia, pelo facto de não ter cumprido as medidas com as quais se comprometeu, resta aos portugueses escolherem, no próximo dia 5 de Junho, um governo sério e liderado por quem ofereça garantias de cumprimento do acordo assinado em contrapartida à ajuda financeira externa recebida.

É bom de ver que não poderão ser o PS nem Sócrates os eleitos pelos portugueses, em nome do interesse nacional.



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