Trata-se de um livro de ficção inserido naquilo que se convencionou chamar de realismo fantástico. A personagem principal deste romance é um piloto da Força Aérea Portuguesa.
O céu não pode esperar conta-nos a história do tenente Romão, o aviador que enfrenta a morte nos céus de Moçambique durante a guerra, quando o seu avião é atingido por um míssil terra-ar. Na costa oriental de África, durante o cativeiro, vem a tropeçar no rasto de outro português, agente do rei de Portugal, que por ali passou séculos atrás.
A descoberta arrasta-o do passado para o futuro seguindo uma enigmática pista anteriormente perseguida pela Inquisição. Envolve-se numa perigosa cruzada onde se entrelaçam o insólito e o inexplicável, a política de Estado e as intrigas das organizações clandestinas, a procura do sagrado e o conhecimento profano.
Descobre que o mesmo céu que percorreu de avião, foi durante séculos alvo do interesse de outros homens com outros propósitos. Movidos pela força da fé e a curiosidade da razão, esses pioneiros afrontaram os fanáticos dos dogmas e a ordem estabelecida.
Em O céu não pode esperar, cruzam-se a ciência divina do Novo Mundo e o obscurantismo religioso, a Restauração da Independência de Portugal e a herança judaica, os inimigos da Revolução de Abril e a política da Santa Sé. Quando a admirável verdade irrompe, tudo faz sentido, tudo se harmoniza, até o censurável e difícil amor, coisa admirável de acontecer.
É um livro que pode ser abordado pelo leitor sobre diferentes perspectivas: militar, religiosa, histórica, metafísica, política, esotérica, científica, romântica. É um livro com diferentes janelas por onde o leitor pode espreitar, abordando a história do ponto de vista em que se sinta mais identificado e confortável.
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