Há que recuperar tempo, depois de o mesmo se ter encarregado de dar razão a quem, seriamente e com rigor procurou denunciar as erradas opções de fundo do Governo PS desde o seu inicial estado de graça.
Os frutos eleitorais, não poderiam surgir logo, só os gananciosos do poder o esperariam, pois a confiança do eleitorado tenderia a ganhar-se sim a prazos mais dilatados, a partir da revisão do programa do PSD e seu ajustamento às novas realidades da sociedade e economia.
Em consequência da revisão do programa de partido, um novo programa do governo com que o PSD estaria neste momento a validar internamente para apresentação ao eleitorado em 2009, daria hoje razão ao profundo trabalho de participação interna e mobilização externa que vinha sendo levado a cabo de forma paciente e consistente, denunciando sempre que a um prazo mais curto que o PS imaginava, a realidade económica e social do país seriam pior do que a virtualidade em que o governo PS vive desde o início.
Este modelo de trabalho foi seguido aos níveis regional e local, tendo por consequência, no distrito e concelho de Évora, a oposição sistemática à governação nacional e local da CDU e do PS. Poderia ter sido mais profundo e mais difícil este trabalho? Sem dúvida. Falta contabilizar quantas (à excepção das actuais) comissões políticas concelhias e distritais do PSD tiveram o privilégio de, num mandato de 2 anos, receberem orientações de 3 presidentes do partido e assistirem a 2 eleições directas dos mesmos? Já não conto os repetidos congressos. É obra.
Mobilizando autarcas e militantes, as estruturas concelhias e distritais do PSD em Évora procuraram e conseguiram ainda assim reflectir sobre as principais necessidades do territórios e das pessoas, de forma a poderem passar, numa segunda fase do ciclo de preparação para o crescimento autárquico, à discussão com populações e entidades mais amplas, a envolver e mobilizar para as grandes ideias já traçadas. Em breve, embora com atraso justificado, esse trabalho virá à superfície e será partilhado em plataformas já desenhadas.
Após o tempo já irremediavelmente perdido, é chegado o momento de união do PSD para, aos níveis local e regional, se consolidarem as opções trabalhadas até agora e que necessitam ser apresentadas ao eleitorado a breve prazo.
É tempo de empenho de todos os militantes na discussão interna das opções das estruturas regionais e locais do PSD, com vista a que, com elevado grau de exigência, se validem as ideias e propostas mais ajustadas ao eleitorado.
É tempo de participação dos militantes do PSD na construção das soluções e na personificação das mesmas junto do eleitorado, nos vários espaços que exigem mobilização de competências internas e externas no próximo acto eleitoral autárquico, sem afastamentos ou retracções calculistas que os militantes e eleitores tendem a rejeitar.
Não tenho a menor dúvida de que este desígnio será assumido empenhadamente por todos os militantes do PSD, porque outra forma não há para o crescimento autárquico em 2009 que não seja o trabalho de continuação e aprofundamento, não sendo esperadas, por incompreensíveis ou inexplicáveis, outras posturas, nomeadamente afastamentos ou contestações perturbadoras do caminho traçado.
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