2016-06-03

A IMORAL AGENDA DA ESQUERDA QUE SUSTENTA O GOVERNO DO PS




A atividade económica nacional está em queda há 5 meses, segundo o Banco de Portugal, atestando igualmente fracos e estabilizados níveis do consumo privado, ao mesmo tempo que o INE destaca o contributo negativo da procura externa e a desaceleração do investimento para o arrefecimento do crescimento do PIB nacional.

Indiferentes a tais indicadores, os estivadores nacionais decidiram esticar a corda intensificando o já longo período de greves, ameaçando causar em junho prejuízos de 300m€/dia (17,4M€ de prejuízos estimados só em Lisboa) aos operadores do porto de Lisboa. Estes, em desespero de causa face à incompreensível passividade do governo, condicionado pela agenda da esquerda radical que sustenta a sua exclusiva motivação de exercício do poder governativo, ameaçaram avançar com um processo de despedimento coletivo, por considerarem insustentável a sua sobrevivência económica e empresarial.

Os operadores do porto de Lisboa viram a sua atividade cair para metade de 2012 para 2015 e não suportam mais a intransigência de um sindicato com poderes agora reforçados pelo poder político junto de um governo que se manteve passivo demasiado tempo, evitando o recurso à requisição civil, indiferente à instabilidade reinante que mina a credibilidade internacional dos terminais do estuário do Tejo e afugenta operadores nacionais e estrangeiros para a nossa vizinha Espanha, ao aumento do custo de matérias-primas do setor agroalimentar, ao prejuízo causado aos exportadores, entre os quais os produtores de mármores e vinhos alentejanos.

A arrastada passividade permissiva do governo, evitando desagradar e conflituar com o sindicato dominado pela esquerda radical que sustenta a sua governação, para além de acarretar danos irreparáveis aos portos nacionais que levarão alguns anos a recuperarem os níveis de atividade que se perderam obteve como resposta, por parte dos estivadores, a defesa da nacionalização dos portos.

Nem mais, com um inacreditável descaramento e irresponsabilidade quanto às consequências da sua ação, os sindicatos dos trabalhadores da estiva, atiram a queimar tudo o que ainda mexe: o setor dá bastante lucro e por isso deveria ser público. A nacionalização do setor seria assim, a solução para os conflitos laborais, pois permitiria ao sindicato passar o tempo que quisesse em greve, causar ainda mais prejuízos do que agora e, tudo isso sem sanções para os grevistas, nomeadamente o despedimento, ainda que a atividade dos portos se reduza a zero. Os contribuintes pagam, de cara alegre, que é de esquerda, por isso, só pode ser bom.

Quando já pensava ser difícil ver-me surpreendido no atual quadro político nacional, eis que a criatividade das esquerdas não encontra limites, neste caso, ou no projeto de lei para permitir a mudança de sexo a partir dos 16 anos, bem como a mudança de identidade no cartão de cidadão, exigindo-se que o Estado garanta todos os procedimentos médicos necessários para a mudança de género, nem que tenha que contratualizar com o setor privado, parecendo que esta será uma causa muito mais nobre e prioritária para o BE do que o acesso ao ensino.

Tudo isto perante a passividade e concordância do PS, partido que, nas palavras do insuspeito António Barreto, “perdeu a alma e a cabeça”. Mas ganhou o governo. E Portugal?
 

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