2011-01-30

ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS: RESULTADOS CLAROS E INEQUÍVOCOS

Cavaco Silva foi reeleito à primeira volta com vitórias em todos os distritos do país e em muitos dos concelhos e freguesias onde antes não tinha sido vencedor. Apesar da campanha suja e repugnante, dos ataques de tristes figurantes do Governo, do partido que o sustenta e da designada “esquerda caviar”, certo é que obteve mais 800.000 votos que a soma dos candidatos da área socialista (Alegre e Nobre), os quais perderam, tal como Cavaco, meio milhão de votos do resultado das eleições de 2006 (se somarmos igualmente aí os votos obtidos por Alegre e Soares). Mas, a este decréscimo, há que juntar ainda os 288.733 votos obtido por Francisco Louça em 2006, somando assim ¾ de milhão a perda de votos de Alegre+Nobre relativamente às anteriores eleições presidenciais.

Bem podem os controleiros de opinião e de imprensa ao serviço do governo desvalorizar a vitória de Cavaco atirando com a abstenção e o número de votos expressos, que não encontram mais que a escolha clara do eleitorado do PSD e do PP e a desconfiança com os candidatos da área do PS, sendo que esses é que necessitavam de mobilizar eleitores para conseguirem passar à segunda volta. Poucos são os cantos do país onde Cavaco não ganhou, mesmo naqueles onde a abstenção foi igualmente elevada.

Por isso, a abstenção é em boa parte da responsabilidade dos opositores a Cavaco, mais do que deste e, a expressão elevada dos seus valores em nada lhe diminui a legitimidade para ser efectivamente mais activo e actuante neste segundo mandato, tal como Sampaio o foi, igualmente eleito com cerca de apenas 25% dos votos dos portugueses, que ainda assim dissolveu um parlamento onde havia uma maioria estável com legitimidade democrática para governar.

Mais clara fica ainda a situação se atendermos às recentes contas divulgadas na imprensa e não desmentidas, de que afinal figuram nos cadernos eleitorais cerca de 1.250.000 mortos e emigrantes (apesar da reestruturação da Administração Pública e do Simplex que o governo socialista diz ter feito), o que atira a expressão da abstenção para valores próximos dos 46%, um valor perfeitamente razoável nos dias que correm. Não se consegue acrescentar com precisão a este valor o peso dos que não puderam votar por obra e graça do Plano Tecnológico que concebeu o CC exclusivamente para efeitos de propaganda e por isso mas esqueceu o equipamento acessório de leitura do mesmo.

Todos concordarão que se espera isenção, independência, coesão e estabilidade neste mandato, a que o Presidente da República sem dúvida não deixará de atender como antes fez, mas também será de aceitar que possam os mesmos não resistir à frequência com que o Governo repete asneiras que arrastam o país para a desgraça financeira e económica. O interesse nacional será certamente o guia da actuação e a âncora da magistratura deste Presidente da república, pelo que, nesse sentido, representa este segundo mandato uma esperança de competência face aos ameaçadores efeitos da crise, que o Governo não consegue inspirar.

Depois das tentativas de difamação a que foi sujeito nesta campanha, cabe a Cavaco exigir de uma vez por todas que a verdade sobre a situação do país seja transmitida pelo Governo a cada momento aos portugueses, com objectividade e transparência, sem propaganda que iluda os mercados financeiros e nos acarrete mais tarde acrescidos encargos de dívida agora escondidos, a que os Governos socialistas nos habituaram com várias das PPP como é o caso das SCUT.

2011-01-27

DEPOIS DA GRANDE REFORMA DO ESTADO, O PRACE, É FENOMENAL





ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS: UMA ESPERANÇA RENOVADA PARA OS PORTUGUESES E PARA OS EBORENSES

O PSD de Évora e os eleitos nas suas listas às autarquias do concelho de Évora felicitam o novo Presidente da República, Prof. Cavaco Silva, que mereceu a confiança da maioria dos eleitores do país e do concelho de Évora, onde obteve 41% dos votos expressos (mais 7% que em 2006), traduzindo-se em mais votos do que a soma obtida pelos dois candidatos da área socialista, vencendo em todas as freguesias urbanas do concelho: Bacelo (36%), Horta das Figueiras (41%), Malagueira (42%), Senhora da Saúde (47%), Sé e S. Pedro (55%), Santo Antão (50%), S. Mamede (42%), Canaviais (36%).

O PSD de Évora regozija-se também que em várias freguesias rurais emblemáticas para o Partido Socialista ou para a CDU, tenham os eleitores optado por Cavaco Silva como primeira escolha: S. Bento do Mato/Azaruja (53%), S. Miguel de Machede (33%), S. Vicente do Pigeiro/Vendinha (45%), S. Mancos (39%).

O PSD de Évora congratula-se com a reeleição do Prof. Cavaco Silva para um 2º mandato de Presidente da República portuguesa, do qual espera que a agora anunciada magistratura actuante se traduza num evitar dos dislates governativos do PS e num travão, em tempo útil, à incompetência socialista que a cada dia mais arruína Portugal.

O PSD sugere à Câmara Municipal de Évora que formule ao Presidente da República convite de visita oficial ao concelho de Évora, por forma a que possa o mesmo aperceber-se das crescentes dificuldades sociais dos desempregados que todos os dias engrossam as estatísticas, da falta de esperança dos jovens qualificados sem que abandonam o concelho onde nasceram ou estudaram, do sufoco fiscal das micro e pequenas empresas da agricultura, da hotelaria, restauração e comércio, a braços com a queda da permanência dos turistas em Évora, da crescente insegurança generalizada que vivem os cidadãos de uma urbe antes pacata, da miserável vida cultural que nem uma sala de cinema assegura e de tantas outras necessidades económicas, sociais e culturais não satisfeitas pela governação socialista nacional e local, apesar dos volumosos pacotes financeiros nacionais e europeus que desbarataram.

Évora, Janeiro de 2011
A Comissão Política Concelhia de Évora do PSD
Os Eleitos do PSD às Autarquias do concelho de Évora

2011-01-21

ROTA DOS SABORES TRADICIONAIS É IMPORTANTE PARA O CENTRO HISTÓRICO DE ÉVORA

Os eleitos pelo PSD às Freguesias do Centro Histórico de Évora congratulam-se com a decisão da Câmara Municipal de Évora (por proposta do PSD) em retomar a realização da 8ª edição da Rota dos Sabores Tradicionais, pela importância que a mesma representa para a hotelaria e restauração do concelho bem como para tantos outros estabelecimentos comerciais que continuam assim a beneficiar da única iniciativa local de dinamização comercial e turística do concelho e em particular do Centro Histórico da cidade.

Depois da recente redução drástica da tradicional animação comercial de Natal decidida pela Câmara Municipal do Partido Socialista e vivendo o Centro Histórico um processo de desertificação populacional, de degradação habitacional e completa ausência de animação cultural ao longo de todo o ano, seria incompreensível o cancelamento da única iniciativa pública de promoção da gastronomia de Évora, decidida unilateralmente pela autarquia eborense a poucos dias do início do ano de 2011, sem consulta nem discussão prévia com os agentes da hotelaria e restauração do concelho.

Os eleitos do PSD às Freguesias do Centro Histórico de Évora fazem agora votos para que, apesar dos atrasos verificados nas actividades previstas no âmbito da Rota dos Sabores Tradicionais, consiga a Câmara Municipal retomar as mesmas já a partir de Fevereiro por forma a desenvolver a iniciativa conforme o previsto no Plano de Actividades da Câmara Municipal para 2011 e, dessa forma, reforçar a atractividade turística e o valor económico do nosso Centro Histórico, Património Cultural da Humanidade.

Évora, Janeiro de 2011
Os Eleitos pelo PSD às Freguesias de Santo Antão (Évora), S. Mamede (Évora) e Sé e S. Pedro (Évora)

2011-01-17

ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS: UMA CAMPANHA REVELADORA DOS CANDIDATOS

Cavaco Silva promete continuar vigilante e ser exigente com o Governo, imagina-se que seja quanto ao desempenho e quanto à verdade do discurso. Óptimo, é mesmo isso que os portugueses esperam e o que desejam como atitude do próximo Presidente da República, em relação a qualquer Governo, indiferente à cor política do mesmo. Ao assumi-lo, Cavaco Silva confirma o elevado sentido de responsabilidade e espírito de serviço público que se lhe conhecem.

Para o bem e para o mal, Cavaco cumpre sempre o que promete nas suas campanhas eleitorais, indiferente aos que esperavam mudanças não anunciadas. Não há margem para enganos e ilusões. Claro e objectivo, para que conste.

Dos outros candidatos, nada se ouve sobre a função e o exercício do cargo, que vá para além dos ataques pessoais, do discurso cerrado em torno de cada passo e cada palavra de Cavaco. Uma total ausência de ideias, de propostas, mas também de decoro e vergonha em bastantes situações, têm marcado uma campanha que só descredibiliza alguns dos seus actores principais.

Nem merece palavras aquela palhaçada do rally pelos buracos mais escondidos de uma ilha, que o nosso generoso sistema político financia ainda assim com dinheiro dos contribuintes portugueses. Os mesmos incómodos aos contribuintes geram outros candidatos que se acantonam no seu concelho como se de uma eleição autárquica se tratasse, visitando creches, jardins-de-infância, lares de idosos e centros de dia, explorando indecorosamente imagens de meninos e velhos para fins eleitorais, incluindo jovens deficientes.

O mais surpreendente tem vindo, no entanto, do candidato oficialmente apoiado pelo PS, a quem nenhuma ideia se tem ouvido sobre coisa nenhuma, quando tanto havia para referir sobre o estado a que a governação recente conduziu o país, seja na educação, no desemprego, nas falências das empresas, na fuga do investimento directo estrangeiro, na dívida pública, no desperdício do Estado, no buraco do Serviço Nacional de Saúde, no encerramento dos centros de saúde, e por aí fora.

Em vez disso, entretém-se aquele candidato na deriva diária sem sentido definido, a não ser o do ataque pessoal a Cavaco Silva: o episódio do presidente Checo, o Estado social que acusa Cavaco de debelar, as escutas que trouxeram a tensão com o Governo, o BPN e as explicações em falta, a entrada do FMI que Cavaco deve travar, até à forçada instabilidade política que jura ter adivinhado.

Algumas dessas tiradas revelaram-se mesmo inesperadas e incompreensíveis, como a da ideia peregrina de aconselhar Cavaco a suspender a campanha para que possa ajudar Portugal. Por um lado, parece reconhecer que o Governo se revela incapaz de cumprir com sucesso a sua missão e que a entrada do FMI no país estará mesmo iminente. Por outro lado, a proposta do candidato da pouco santa aliança PS/BE acaba também por assumir que Cavaco Silva pode efectivamente ajudar o país nos moldes em que o próprio o tem vindo a anunciar aos portugueses durante a campanha, confirmando assim a autenticidade e eficácia da mesma.

Cavaco Silva ganhará assim à primeira volta estas eleições tal como aconteceu antes, pelo facto de fazer uma campanha positiva, dizendo ao que vem e o que se pode esperar dele, sem ataques aos seus adversários, e sem atropelos a ninguém, incluindo ao trabalho que o Governo deveria estar a fazer para tentar evitar que o fundo de estabilização europeu seja accionado ou que a vinda do FMI seja necessária.

Quem sabe, sabe, mas nem os repetentes aprendem.

2011-01-14

PSD VOLTA A COLOCAR OS SABORES TRADICIONAIS DE ÉVORA NA ROTA DO TURISMO


(Foto roubada aqui)

A Câmara Municipal de Évora aprovou por maioria na sua reunião ordinária de ontem (12 de Janeiro), contando com os votos contra do PS, a proposta do Vereador do PSD para retomar a realização da 8ª edição da Rota dos Sabores Tradicionais, cujo cancelamento havia sido comunicado nos últimos dias de Dezembro pelos serviços do município acerca de duas dezenas de restaurantes do concelho de Évora.

O cancelamento da única iniciativa pública de promoção da gastronomia de Évora, decidida unilateralmente pela autarquia eborense a poucos dias do início do ano de 2011, sem consulta nem discussão prévia com os agentes gastronómicos do concelho, não só se afigurava incompreensível pelo abandono de uma actividade constante em Plano e Orçamento para o corrente ano, como preocupante, pelo facto de a autarquia invocar “dificuldades financeiras impossíveis de superar à data”.

O PSD entende que, de entre as opções de investimento municipal a eleger no quadro da difícil situação das finanças municipais, se justifica o apoio às iniciativas que promovam a identidade do concelho, por via da valorização da sua gastronomia e dos seus produtos regionais e típicos, apreciados pelos turistas nacionais e estrangeiros que Évora tão bem sabe e quer continuar a acolher.

Para conhecimento da população, transcrevemos abaixo a proposta apresentada pelo PSD e que foi aprovada pela CME:

«RP CME, 12/JANEIRO/2011 - ROTA DOS SABORES TRADICIONAIS

A par da sua monumentalidade e da capacidade de receber das “nossas gentes”, a gastronomia constitui um património único e inimitável do Alentejo e de Évora em particular. A capacidade de promover e atrair constitui uma vertente essencial do desenvolvimento turístico de Évora.

A Rota dos Sabores Tradicionais é e poderá ainda mais constituir-se como importante mostra da nossa terra, reforçando a nossa identidade e acrescentando valor à nossa actividade económica de Turismo. Foi nesse pressuposto que foi integrada no Plano de Orçamento 2011 .

Os Agentes Económicos criaram por isso a expectativa da sua realização e naturalmente prepararam os meios próprios necessários para tal.

Entendeu a Vereação Executiva e/ou os Serviços suspender ou anular a sua realização sem acautelar expectativas, prazos mínimo e outros aspectos mas, ainda mais a relevância potencial da iniciativa em termos de Identidade e Valor Económico.

Dito isto, proponho à Câmara Municipal de Évora que, reforçando a deliberação já tomada aquando da aprovação do Plano de Actividades e Orçamento, delibere dar instruções aos serviços para, de imediato, desenvolver todas as acções necessárias para iniciar a Rota dos Sabores Tradicionais no prazo das próximas semanas (Fevereiro), de acordo com a calendarização temática definida.

Compreendemos que este atraso prejudicou alguns “itens” do evento; contudo é possível garantir todos os outros. Aceitamos que alguma redução eventual possa verificar-se nos custos de realização, mas nunca que se cancele a iniciativa ou que esta seja concretizada sem garantia dos meios adequados para a satisfação dos objectivos que se procuram.

Trata-se de Identidade e Valor Económico para o Concelho de Évora.

António Costa Dieb - Vereador do PSD»


Évora, Janeiro de 2011
A Comissão Política Concelhia de Évora do PSD

LIGAÇÃO FERROVIÁRIA LISBOA/ÉVORA/BEJA

Deputado Luis Rodrigues - Nota de Imprensa do Grupo Parlamentar do PSD - 14 de Janeiro 2011

Considerando que as obras em curso na linha ferroviária de Évora estão atrasadas, que a interrupção do serviço intercidades Lisboa Évora Beja se mantém neste período e tendo em conta que se adivinham alterações ao respectivo serviço que pode prejudicar os utentes, solicitei ontem reuniões à REFER e à CP que espero se realizem com a maior brevidade possível.
 
Nestas reuniões serão abordados também o futuro da rede ferroviária no Alentejo, a sua ligação com Espanha e a preocupante situação do património ferroviário abandonado e degradado.

Intervenção Dep. Luís Rodrigues na AR - Linha ferroviária de Évora

Link para vídeo:

Intervenção Dep. Luís Rodrigues (PSD) no plenário AR - Linha Ferroviária de Évora (2011-01-11)

http://www.youtube.com/watch?v=uZAM-SGvkZ4

2011-01-09

CAVACO VENCEDOR DAS ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS

Cavaco Silva ganhará as próximas eleições e continuará a ser o Presidente da República portuguesa por mais 5 anos, porque os portugueses valorizam a verdade, a honestidade, integridade, dedicação e, acima de tudo, a responsabilidade que ele revelou possuir no exercício de um cargo de tão grande importância.

Será mesmo de esperar que a distância a que ficarão os seus opositores seja nestas eleições bem mais dilatada do que aconteceu nas últimas, em boa parte por consequência de uma valorização acrescida do eleitorado relativamente àquelas características, observadas no decurso do primeiro mandato, por um lado e, por outro lado, pelo facto de essas mesmas características serem consideradas e sentidas como determinantes para os que têm influência no futuro do país, num período tão delicado como serão os próximos 5 anos.

Eleger um Presidente que não iluda os portugueses, que não mascare a realidade que é a degradação da economia nacional em consequência da desastrosa governação socialista, que chame a atenção para as consequências das erráticas e eleitoralistas opções do governo, que mobilize as forças políticas na procura de soluções próprias e adequadas que defendam o interesse nacional, que denuncie e sinalize o crescimento do desemprego e da pobreza e a necessidade de que a governação sobre elas se concentre, que apele à verdade como ponto de partida para a construção de quadros realistas de mobilização e confiança no futuro, é uma garantia que os portugueses querem assegurar perante o permanente circo da governação socialista.

Por isso elegerão um Presidente íntegro e transparente no diagnóstico da situação portuguesa, sem iludir problemas, dificuldades, ou a gravidade da situação, imparcial e determinado na defesa do interesse nacional, preocupado com todos os portugueses e não apenas com certos eleitores, atento aos que passam por maiores dificuldades, exigente na repartição equitativa dos sacrifícios necessários, marcas que os portugueses já conhecem bem do desempenho de Cavaco Silva como Presidente.

Mas os portugueses pretendem também ver na Presidência da República uma referência de justiça, equidade, empenho, honestidade, que Cavaco já demonstrou igualmente como Primeiro-Ministro, período durante o qual o país mais se aproximou dos níveis médios de desenvolvimento da União Europeia, apesar de todas as dificuldades e dos sacrifícios então pedidos aos portugueses, dos quais resultaram no entanto benefícios bem visíveis.

Ao contrário, a governação socialista descontrolou as contas públicas e conduziu o país à pré-falência, pelo que, por si só, merecia ter sido demitida pelo Presidente da República que, apesar disso, foi íntegro no respeito pela vontade dos portugueses que decidiram, eles próprios, não o fazer em 2009 quando tiveram oportunidade para tal.

2011-01-07

PORTUGAL PRECISA DE UM GOVERNO MAIS COMPETENTE, SÉRIO E CREDÍVEL EM 2011

Portugal iniciou o novo ano a pagar 5 vezes mais juros pela dívida de curto prazo do que há um ano, fruto do aumento do risco que os investidores sentem relativamente à capacidade do país pagar as suas dívidas, o que é mais que compreensível, a partir da divulgação, pela revista britânica “The Economist” das previsões de crescimento económico para 2011, segundo as quais, Portugal será o terceiro país a crescer menos, com uma recessão prevista superior a 1%, situando-se assim no “top 5” dos países mais arriscados do mundo no cumprimento das obrigações para com os seus credores.
 

Só o Governo socialista permanece indiferente a esta percepção de risco, antes vendo na subida dos juros da dívida um reconhecimento positivo dos investidores às medidas de consolidação das finanças públicas do país, apesar do descontrolo das contas públicas que a comunicação social todos os dias identifica a partir dos orçamentos insuficientes para as despesas com a justiça, dos desperdícios da gestão dos hospitais, dos abusos nas viagens e automóveis do sector empresarial do Estado, dos prémios e as mordomias injustificados, das consultadorias, seminários e da publicidade que crescem sem regra, da acumulação de vencimentos entre os gestores públicos, dos prejuízos observados em mais de metade das empresas municipais e na maioria das empresas públicas sem monopólio de mercado, do crescimento das progressões salariais (apesar do seu congelamento) no Estado depois da apresentação do PEC III através do reposicionamento remuneratório, das promoções retroactivas na Segurança Social e na GNR, do sufocante crescimento dos encargos públicos com as PPT (que supostamente se pagavam a si próprias).
 

É o próprio Tribunal de Contas que, nos relatórios dos últimos dias de Dezembro, dá conta das trapalhadas governativas contributivas para o descontrolo orçamental e para o consequente descrédito na capacidade de recuperação da economia nacional junto dos investidores, como a proliferação de entidades públicas que deixaram de figurar na conta geral do Estado por já não pertencerem à categoria da Administração Central (84 entidades só entre 2005 e 2009), bem como a concentração dos benefícios fiscais em poucas e grandes empresas com desprezo para as PME’s, com os consequentes prejuízos para a competitividade do tecido empresarial mais volumoso que estas representam.
 

Até a desculpa do combate à crise que Sócrates usou para justificar o buraco de 6,4% aberto no défice das contas públicas de 2009 (subiu de 2,9% para 9,3%), o Tribunal de Contas denuncia claramente, pois as medidas de combate à crise que o Governo socialista adoptou contribuíram apenas em 22,4% para o aumento do défice, ou seja, com apenas 1,4% para aquele buraco, acrescentando ainda que as ajudas públicas para combater os efeitos da crise foram absorvidas em 2/3 pelo sector bancário, sendo a menor fatia destinada às empresas e ao tecido produtivo e, só uns míseros 1% das ajudas serviram para apoio ao emprego.
 

Face a tão evidente errância governativa no momento em que o país mais necessita de competência, seriedade e credibilidade que assegurem a realização de reformas estruturais e a disciplina orçamental indispensáveis a colocar Portugal no rumo do crescimento económico sustentado e gerador de emprego, não será difícil prever a ocorrência de uma crise política durante o ano que agora começa.
 

Seja no final do ano por ocasião de discussão do próximo Orçamento de Estado, seja a meio do ano por agravamento das condições económicas ou mesmo por intervenção de emergência do FMI, seja pela iniciativa parlamentar dos partidos mais à esquerda, ou dos que estão mais à direita, ou mesmo por iniciativa do Presidente da República, certo é que ela parecerá mais que justificada e até algo atrasada, pois este governo não tem emenda.