2009-10-18

O PP EM ÉVORA É UM EMPATA ....

Repare-se como a não eleição de mais 1 vereador do PSD para a Câmara de Évora em 2009 (que seria roubado à CDU), se deve ao CDS/PP.

A pergunta é: para que serve um partido que só empata e nada faz de bem nem para o bem de Évora? Não teria sido melhor não terem apresentado lista de candidatos à Câmara Municipal, tal como aconteceu para a Assembleia Municipal de Évora, permitindo ao PSD crescer, podendo ter integrado membros do PP?

O que ganhoo o PP em Évora? Alguém do PP foi eleito para algum órgão autárquico em Évora?

Até o Bloco de Esquerda conseguiu mais que o PP, em votos e eleitos, o que deveria levar o PP a reflectir seriamente sobre a sua estratégia.

O PP de Évora vai continuar a actuar assim? Qual o objectivo e qual a estratégia? Expliquem-me que eu não entendo. Admito que seja só eu a não entender ...

PORQUE CONTINUAM OS PORTUGUESES A VOTAR NESTES SENHORES? NÃO SE APROVEITA UMA SÓ ...

2009-10-17

A VITÓRIA DO PS É POLITICAMENTE CONTROVERSA, POR SER UMA DERROTA ATRAVÉS DA QUAL GANHA ELEIÇÕES

Dos resultados eleitorais de 27 de Setembro de 2009, há um claro perdedor que é o Partido Socialista (PS), o qual vê fugir mais de meio milhão de votos (505.309), retrocedendo de um peso eleitoral de 45% para 36,5%, castigado pelo deficiente exercício de mandato com uma maioria absoluta.

Esta é uma questão determinante para a análise e a percepção da dimensão do falhanço do PS, pois o facto de ter beneficiado de condições excepcionais para exercer o seu mandato de governação, associado a uma total cooperação estratégica da Presidência da República, conduz a que só a incapacidade do PS em governar seja a única explicação plausível para o decréscimo de votação observado.

Convém aliás aqui proceder a alguma comparação do que foram os 2 mandatos do PSD em maioria absoluta, reeditada do primeiro, apesar das circunstâncias desfavoráveis que constituíram a falta de cooperação institucional do então Presidente da República Mário Soares, cuja actuação acabaria mesmo por degenerar em fase de hostilidade e guerra aberta ao Governo, instrumentalizando um órgão de soberania em benefício dos interesses particulares de um partido político que é o PS. Sócrates não conseguiu reeditar uma maioria absoluta de que beneficiou em condições excepcionalmente favoráveis, o que o torna desde logo, face a Cavaco, um governante diminuído.

Ao contrário da quebra de 20% na votação do PS, todos os restantes partidos vêem subir a sua votação e o seu peso eleitoral: o PSD é o que menos cresce dos maiores partidos com representação parlamentar (crescimento de 0,4% correspondendo a pouco mais de 6.000 votos); a CDU cresce também apenas 3% (em 14.163 votos) e que representa agora cerca de 8% da expressão eleitoral; enquanto o Bloco de Esquerda cresce 53% (mais 192.661 votos), representando agora quase 10%, contra os 6,4% anteriores e, por último o PP, que crescendo mais de 176.000 votos (+43%), vê o seu peso eleitoral subir acima dos 10% quando antes era de 7,3%.

Apesar de o PSD não conseguir capitalizar em seu benefício o descontentamento do eleitorado com o PS, ganha ainda assim 3 deputados dos 25 que o PS perdeu, enquanto a CDU ganha apenas 1 deputado, mas o Bloco duplica os seus (de 8 para 16) e o CDS de 12 para 21.

No distrito de Évora, o PS sofre uma quebra de votos de -33% muito superior à descida nacional e vê o seu peso eleitoral perder o posicionamento que tinha acima do nível nacional para uma posição inferior à do PS no país. Curiosamente, a CDU beneficia muito pouco desta perda do PS e vê os seus votos crescerem apenas 1%, enquanto que a estrondosa subida de 128% do Bloco e de 63% do PP se revelam totalmente desperdiçadas face ao objectivo que é a eleição de deputados no círculo distrital de Évora.

Ao contrário, o PSD, subindo 7% da sua votação no distrito de Évora, bem mais que o que cresceu no país, consegue recuperar o deputado perdido em 2005, sendo no fundo o único partido que ganhou alguma coisa com as mesmas eleições ao nível regional.

Daí que seja difícil entender e vislumbrar a suposta “esmagadora vitória” do Partido Socialista no distrito de Évora, quando os 3 deputados que havia para eleger foram distribuídos em partes iguais pelo PS, PSD e CDU, estando agora as mesmas forças igualmente representadas no parlamento.

Ao nível nacional e distrital de Évora, o PS assume assim um estatuto de partido perdedor que ganhou as eleições. Resta saber para quê e em benefício de quem? Enquanto a resposta à segunda questão se pode adivinhar, quanto à primeira será por certo mais difícil, sendo de conjecturar que mesmo ao PS seja difícil responder.

2009-10-02

ANTÓNIO DIEB, UM HOMEM À ALTURA DE UMA GRANDE CIDADE

http://antoniodieb2009.com/

Conheci António Dieb na Universidade de Évora, como eu, estudante atraído de outro concelho e com ele comecei a privar no início das nossas carreiras profissionais. Brilhante estudante, pensador e activista do crescimento da Universidade de Évora, em prestígio, a ele se deve muito do contributo para a abertura das portas do então bem reticente tecido empresarial regional à experiência de integração profissional dos diplomados daquela casa, nomeadamente na sempre difícil área das ciências sociais.

Nunca me arrependi da avaliação positiva que então fiz sobre o potencial profissional e político que já na Universidade revelava António Dieb, para quem a política mais não foi do que o veículo mais adequado para afirmar a sua capacidade de gestão bem evidenciada no domínio empresarial privado, irradiando a afirmação de uma visão regional de desenvolvimento, em benefício do futuro dos alentejanos e dos eborenses.

Os mais marcantes traços do perfil de competência profissional e política aqui elencados surgiram, naturalmente, à vista dos eborenses, no mandato autárquico que agora termina, no qual António Dieb assumiu o lugar de vereador para que foi eleito na Câmara de Évora, compensando com o grau de qualidade de desempenho de tal papel, a única marca de excelência (por outros prometida e nunca avistada) de que a autarquia de Évora se recordará na última década.

Com permanente sentido de responsabilidade, o vereador Dieb não se limitou apenas a criticar ou a rejeitar as propostas do partido maioritário na Câmara, mas antes as ajuizou com seriedade e propôs as alterações necessárias ao futuro do concelho, por todos aceites e reconhecidas. António Dieb soube na Câmara de Évora ao longo do mandato concentrar-se no essencial, sem pensar em interesses partidários ou em votos, mas apenas no dever de dedicação ao serviço público, pondo o interesse comum acima do individual ou de grupos, com a coerência de uma voz que Évora há muito manifestava sentir.

A competência que António Dieb revelou na gestão autárquica do acumulado défice de conservação e recuperação de fogos habitacionais para habitação social, a preparação para encontrar soluções que invertam a agonia comercial do Centro Histórico que é património da humanidade, em acelerada degradação e desertificação, configuram exemplos simples de como foi possível aproximar a Câmara dos eborenses. Essa aproximação foi determinante para construir e consolidar os consensos necessários à garantia do empenho na construção de condições para promover a animação cultural e comercial do concelho, que precisa de acolher dignamente visitantes e turistas, mas que continua sem organizar o caótico trânsito, regular minimamente o estacionamento e travar efectivamente o crescimento da especulação imobiliária que outros prometeram estancar.

A motivação já demonstrada pelo vereador António Costa Dieb constitui um património de confiança e esperança para que Évora volte a ser atractiva para empresas e famílias, a quem os serviços municipais devem garantir uma prestação de qualidade, que só se consegue a partir de um executivo municipal capaz, preparado, competente e mobilizador.

Mas, a maior responsabilidade que sobre António Dieb recai é a de o eleitorado considerar hoje estar ele preparado para conduzir a mudança que Évora não pode adiar mais. A honestidade e capacidade reconhecidas a António Costa Dieb garantem aos eborenses a certeza de que quebrar o ciclo político socialista é possível com o PSD, que será o porto seguro de uma mudança em que se pode ter confiança.