2007-01-25

O PARTIDO SOCIALISTA TROUXE MAIS DESEMPREGO A ÉVORA

O resultado de 5 anos de gestão socialista na Câmara de Évora traduz-se no aumento de 67% do número de desempregados no concelho de Évora, ao contrário do Alentejo, onde o volume de desemprego baixou 1% no mesmo período. Passados 5 anos do PS ter conquistado a Câmara Municipal de Évora:

  • Évora continua longe de uma mobilidade urbana excelente, com transportes públicos modernos e ecológicos e estacionamento adequado;
  • Évora continua longe da excelência prometida na economia e a sua base económica perdeu competitividade;
  • Évora continua longe de uma oferta desejável e adequada em espaços públicos de recreio, desportivos e de lazer;
  • Évora continua longe de uma oferta de qualidade em equipamentos culturais e de entretenimento;
  • Évora continua longe de ser um pólo indutor de dinâmicas de desenvolvimento do distrito e do Alentejo, acentuando a sua dependência do emprego na Administração Pública;
  • Évora continua longe do fim da especulação imobiliária e da diminuição do preço dos terrenos para habitação;
  • Évora continua longe do desejável acolhimento e da valorização do património existente para fixar turistas por períodos mais longos;
  • Évora continua longe de uma adequada e urgente recuperação de habitações no Centro Histórico;
  • Évora continua longe do cluster do design e da moda;
  • Évora continua longe da excelência no funcionamento e eficácia dos serviços municipais;
  • Évora continua longe da desejável revitalização económica e do Centro Histórico;
  • Évora continua longe de atrair novas empresas e empregos para os jovens recém-licenciados;

Évora estagnou e o executivo municipal PS adormeceu à sombra de um estatuto passivo de “cidade-museu”, sem atrair investimento externo e assistindo à estagnação empresarial.

O resultado é o crescimento em 70% do Desemprego de Longa Duração (que baixou 20% no Alentejo), sendo os jovens que têm qualificações superiores os mais afectados (aumento de 98% durante os últimos 5 anos), por falta de criação de novas oportunidades de emprego em Évora.

FONTE: http://portal.iefp.pt/pls/gov_portal_iefp/docs/PAGE/PORTAL_IEFP_INTERNET/ESTATISTICAS/MERCADO_EMPREGO/CONCELHOS_ESTATISTICAS_MENSAIS

2007-01-19

AO PRESIDENTE DA CÂMARA DE ÉVORA PARA FALAR COM O SEU CORRELEGIONÁRIO REITOR

Confesso-me intelectualmente impotente para perceber o que algumas vezes se passa com a Universidade de Évora e a sua suposta missão de contribuição para o desenvolvimento do Alentejo.
Não me parece que tenha sido mau aluno daquela universidade, nem que tenha deixado de me interessar pela vida da cidade, do concelho e da região, nomeadamente no que ao seu desenvolvimento económico e social diz respeito.
Por isso, não entendo como justas a acusações do Presidente da Câmara de Évora quando, na última sessão da Assembleia Municipal de Évora se rebelou contra a bancada partidária que eu integro, acusando-a de prejudicar deliberadamente o concelho quanto à instalação de novas empresas e captação de investimento externo (nomeadamente os famigerados e tão propagandeados aviões, usados idecentemente pelo Presidente da CME durante a última campanha eleitoral autárquica), só pelo facto de se ter pedido esclarecimento sobre qual o Outono em que os aviões (prometidos já desde o Outono de 2005) levantam efectivamente voo.
Mais valia que o senhor Presidente da CME estivesse atento à Universidade de Évora (agora infeliz e novamente regida por um seu ex-correlegionário do PC e agora actual do PS), sobre as opções de investigação que ali se tomam, as decisões de aprovação das mesmas pelos conselhos internos, os seus contributos para o desenvolvimento regional, para a captação de investimento externo, para a fixação ou não da maior unidade industrial do Alentejo e, nomeadamente (aqui vai uma bicada de quem não percebe nada do assunto mas que não se considera de todo burro), para o contributo de certas teses de investigação para o avanço do conhecimento científico.
Por estas e outras, não me espanta o "pseudo" choque do actual e anterior Reitor da Universidade de Évora quando se vê limitado no orçamento para este ano pelas receitas de prestação de serviços.
Talvez seja altura de avaliar e rever a qualidade e oportunidade dos serviços a prestar e a imagem da Universidade junto dos potenciais compradores (apenas uma mão meio cheia) desses serviços.
É que não podem ser os contribuintes (como nós, simples e comuns analfabetos e cidadãos desprezados pela Universidade de Évora) a alimentar alguns devaneios dos senhores investigadores e docentes que, guiados pelo único objectivo de progressão académica, ainda se permitem deixar que dúvidas sejam levantadas sobre os prejuízos que as suas acções possam causar para o colectivo de uma região que, NÃO SE PODE DAR AO LUXO DE PERDER E ESPANTAR DELIBERADAMENTE AS POUCAS UNIDADES INDUSTRIAIS QUE TANTO CUSTARAM A FIXAR durante as últimas décadas.
Ao Senhor Presidente da Câmara de Évora solicito que coordene com o Reitor da Universidade de Évora formas de contribuição positiva das duas instituições para a captação de investimento externo e para a fixação do pouco que actualmente existe.
Já uma vez o disse publicamente na Assembleia Municipal de Évora (apoiado e reforçado pelo Doutor António Serrano da bancada do PS e então Pró-Reitor da Universidade de Évora) e volto agora a repeti-lo, com maior veemência e preocupação sobre o assunto Tyco-Évora: evitem que a falta de bom-senso dê origem a alguma infeliz oportunidade de que Évora venha a conhecer realmente e na prática o fenómeno desemprego.
Nesse dia, que espero nunca venha a ocorrer, muitos mais do que os ex-trabalhaadores da Tyco sofrerão na pele as consequências dos seus actos.
À CME cabe, a bem do concelho, um papel importante.
Mais Évora: A fuga das multinacionais...
A fuga das multinacionais... A revista DIA D, do PÚBLICO, apresenta hoje como tema principal, uma detalhada análise sobre as razões da fuga das multinacionais de Portugal, salientando que nos últimos 25 anos, mais de 25 multinacionais fecharam ou anunciaram o fecho de unidades. Sem dúvida um tema actual e inquietante.
E, se o assunto, em geral, já é deveras preocupante, ainda mais se torna quando se destaca a TYCO ELECTRONICS, como uma das multinacionais que apresenta sintomas dúbios quanto à sua continuidade.É certo que noutras ocasiões também já se alvitrou a hipótese de encerramento, tendo sido encontrada sempre uma solução satisfatória para as partes envolvidas.
Façamos votos para que, também agora, não passem de meros rumores ou hipóteses académicas e que a fábrica se mantenha a laborar.
Em primeiro lugar pelo futuro daqueles que seriam mais duramente atingidos: os trabalhadores; en segundo pelo futuro da Cidade, visto que um golpe de tal envergadura provocaria um sério enfraquecimento na vitalidade económica da cidade e da região, de difícil recuperação.Mas vejamos o que se diz na revista.
TYCO ELECTRONICS ÉVORA - Sintomas à vistaPor todo o país, há multinacionais que com sérias dúvidas em relação à sua continuidade em solo nacional. Instalada desde 1969 no parque industrial de Évora, a TYCO ELECTRONICS é um dos exemplos.
A fraca aposta nos recursos humanos, a precariedade do trabalho, a frágil relação com os sindicatos da região e a falta de acompanhamento do Governo, são sinais claros de mais um final infeliz para o investimento estrangeiro em Portugal.
O grupo norte-americano adquiriu a divisão de componentes electromecânicos da SIEMENS em 1999, e, actualmente, emprega cerca de 1400 pessoas. Dedica-se maioritariamente ao fabrico de relés para a indústria automóvel, uma das áreas que mais baixas tem sofrido com a vaga de deslocalizações dos últimos tempos. Mas João Piteira, director financeiro da empresa, afasta qualquer hipótese de encerramento. “Desde 2006 que assistimos à reposição dos níveis de procura e de investimento do grupo”, afirma.
A ameaça da China, país onde a TYCO ELECTRONICS detém outra fábrica de produção de relés, é uma realidade diária. Em 2004, a unidade portuguesa perdeu algumas linhas de produção para esse destino, mas João Piteira tem tentado combater esta “tendência inevitável” com a especialização e autonomia das instalações de Évora face ao grupo. “Somos a única fábrica que produz este tipo de componentes para a Europa, temos know-how e compramos e tratamos a matéria-prima cá dentro”, sublinha.
Entre 2006 e 2007, foram investidos 20 milhões de euros no aparelho produtivo da fábrica e João Piteira espera que a aposta do grupo “se mantenha a este ritmo”, embora “não haja garantias”.Maria Manuel Serrano, professora da Universidade de Évora, já estuda a TYCO desde 2004, no âmbito de uma tese de doutoramento sobre políticas de recursos humanos.
Para a docente, “há um certo medo no ar e a deslocalização para a China é percepcionada como real”. A mensagem de reforço da produtividade é passada aos trabalhadores “com uma certa pressão” e "há um desinvestimento nas pessoas”, refere. Apesar de a empresa se apresentar como uma escola de formação, Maria Manuel Serrano concluiu, a partir de conversas com os trabalhadores e com a União dos Sindicatos de Évora, que, “além de recrutarem pessoas com baixas qualificações, têm um processo de integração pouco satisfatório e não cumprem as 35 horas de formação anuais impostas por lei”, a não ser para níveis hierárquicos superiores.
No caso de encerramento e deslocalização desta multinacional, o prejuízo não vai ficar pelo despedimento dos trabalhadores. Em redor da fábrica, foi surgindo um conjunto de empresas de capital nacional cuja sobrevivência depende da actividade da TYCO, “São perto de 500 pessoas que trabalham, algumas em regime de exclusividade, para a satisfazer os pedidos desta multinacional e que vão ter de fechar portas se esta ameaça se concretizar”, acrescenta Maria Manuel Serrano.
Até agora a docente não viu qualquer preocupação por parte do governo. “muitas vezes só quando o anúncio de encerramento chega é que actuam e, como ainda é só um cenário provável, ninguém faz nada para inverter o problema”, alerta.
Rogério Silva, da União dos Sindicatos de Évora, tem tentado estabelecer uma ponte com a empresa. Não acredita que a ameaça de deslocalização seja real a médio prazo, mas avança que na TYCO existe “um clima de repressão dos trabalhadores inaceitável” e uma postura de gestão face ao operariado própria do século XIX.
A instabilidade gerada dentro da empresa e a ênfase nos custos, em detrimento da aposta na qualificação e no conhecimento, fragilizam a sustentabilidade da presença desta multinacional norte-americana em Portugal.Relação frágilJoão Salgueiro (nome fictício) entrou na TYCO há quatro anos e meio e é um dos operadores de máquinas das linhas de montagem de relés. Nos corredores da empresa, “não se fala do encerramento da fábrica”, mas “há cada vez mais medo da produtividade da China”, conta.
No primeiro ano de trabalho, assistiu, em conjunto com os restantes funcionários, a um vídeo de sensibilização encomendado pelo grupo norte-americano. “Era um alerta para nós. Dizia que se não trabalhássemos mais, a fábrica fecharia em 2010, mas até têm anunciado grandes investimentos e vão construir um novo pavilhão de produção este ano”, afirma.
O discurso das chefias é “produzir, trabalhar, fazer mais esforço” e “há muito mais pressão do que antes”, diz. Mas as contrapartidas escasseiam. “Há muito menos prémios de produção porque os objectivos subiram e estou com problemas com o meu contrato, porque sigo por uma convenção colectiva de trabalho que eles não aceitam”, explica. Ganha 470 euros por mês e, desde que chegou à empresa, alega que não teve direito a uma única hora de formação. “Os meus conhecimentos não vão além do que aprendo especificamente para executar esta função e mesmo essa aprendizagem foi-me passada por um colega e não por um formador especializado. Somos tratados como analfabetos e estamos aqui só para carregar num botão”, lamenta.
Na eventualidade de encerramento da fábrica, este problema ganha outras proporções. Sem formação complementar e na ausência de unidades fabris na região, João Salgueiro, agora com 30 anos vê a sua empregabilidade reduzida e teme “cair no desemprego e não encontrar nenhuma solução”, termina.in DIA D, do PÚBLICO [link indisponível]19 Janeiro 2007 posted by manoelinho at 1:08 PM

2007-01-17

VALE A PENA LER E REFLECTIR SOBRE RESPONSABILIDADES

Mais Évora: Que políticas de desenvolvimento regional?
As assimetrias interior/litoral não têm a ver com a forma ou dimensão do país.
Só tem a ver com a política regional a que nos sujeitámos nos últimos 20 anos.
Basta comparar o desenvolvimento do interior Alentejano com o dos vizinhos Espanhóis.
O território é o mesmo, os valores são outros, os empresários são outros, a administração é outra.
Os financiamentos europeus deviam ter servido para construir as infra-estruturas que permitiriam desenvolver as regiões mais atrasadas.
Pois por cá parece que foi ao contrário.Depois de se gastar tanto dinheiro, porque andou o Alentejo para trás?
Porque se perderam empregos?
Porque não aumenta a produção agrícola?
Porque não há indústria?
Porque está a população rural a emigrar novamente para as cidades do litoral?
Para onde foram os fundos de coesão?
Bem sei que se fez o Alqueva (para agora o destinar ao turismo, com poluição e tudo), fez-se a auto-estrada (com portagens, para melhor importar de Espanha ou parir em Badajoz), electrificaram-se montes (para depois financiar o abate da produção agrícola e pecuária), vem aí o TGV (não se percebe com que vantagem para a região, mas certamente com muita satisfação para o sector da construção)...
Se estes eram os investimentos que faziam falta onde estão os resultados?
Que explicação nos poderia dar o ilustre Presidente da Assembleia Municipal, agricultor Alentejano de sucesso, que enquanto Ministro da Agricultura foi responsável pelas políticas de desenvolvimento regional e pela distribuição dos fundos de coesão?
Porque será que a União Europeia aponta Portugal como exemplo vergonhoso DO QUE NÃO SE DEVE FAZER na gestão dos fundos europeus concedidos para apoio à integração?

2007-01-14

A FUGA DO PRESIDENTE DA CÂMARA DE ÉVORA ÀS SUAS RESPONSABILIDADES

A falta de iniciativa de animação cultural da Câmara de Évora durante o ano em que o concelho comemorou os 20 anos da sua elevação a Património Cultural da Humanidade (2006) foi mais que vergonhosa, foi mesmo escandalosa, especialmente nos meses de verão, durante os quais os turistas mais afluem à cidade e ao concelho.
Como se não bastasse a omissão do verão, a inércia municipal prolongou-se, ao nível da animação comercial, ao período natalício, influenciando negativamente todo o mês de Dezembro e fechando o ano sem dignidade.
Acusado desta lacuna, o Presidente da Câmara de Évora, em vez de responder justificando-se com o trabalho desenvolvido, que a oposição eventualmente desconhecesse, lança-se pelo contrário ao ataque:
  • Que a oposição revela um profundo desconhecimento do que é a vida da Câmara;
  • Que a oposição tem duas linguagens e duas intervenções, apelando na CME à contenção orçamental e na rua à intervenção da CME devido a insuficiências detectadas;
Que a demagogia do Presidente da CME não tem limites, já sabíamos e conhecíamos, bastando para isso recordar as promessas megalómanas e irreais feitas pelo mesmo em 2001, quando ganhou a CM.

Vindas de um então vereador e presidente da CCRA, tais promessas ultrapassaram em larga escala o que de razoável deverá ser aceite enquanto posição política responsável, de alguém que se preocupe efectivamente com o futuro de um concelho.

Mas, como os maus vícios não se perdem, eis a "remake" da demagogia, constituída pela fuga para a frente sempre que se sente acossado, não sendo capaz de enumerar as supostas iniciativas de animação relativamente às quais a oposição se revelaria desconhecedora.
Por uma única e simples razão: quem sempre mentiu à população de Évora, e continua, não é a oposição.

Se o Presidente da CME tivesse razão e a oposição estivesse errada nas críticas de falta de animação da cidade e do concelho, não teria faltado a evocação das estatísticas do turismo recentemente divulgadas pela RTE sobre o ano de 2006: mais turistas visitaram o concelho, relativamente a 2005.

O problema é que esses turistas passaram menos tempo no concelho do que nos anos anteriores (a estada média caíu em 2006). Porquê? Porque também eles, tal como a oposição, estavam distraídos e não repararam na "excelente" animação do concelho ao longo de todo o ano, tendo decidido zarpar ainda assim?

Por outro lado, a oposição ao PS na CME não tem duas linguagens e duas actuações, antes pelo contrário, sempre foi suficientemente coerente para dar lições ao Presidente da CME nessa matéria. Talvez por isso lhe tenha conquistado um vereador.

A oposição ao PS na CME sempre apontou a necessidade de gerir o executivo municipal com rigor e contenção orçamental, propondo alterações substanciais aos orçamentos da CME em cada ano, nomeadamente no que toca a despesismos como o ÉvoraModa, o financiamento de uma telenovela ou o gasto supérfluo do Arco do Triunfo, que mais não servem do que para promover poíticamente o Presidente da CME e o PS enquanto partido governante ao nível municipal.

Também não poderá a oposição ser responsabilizada num dia e o Governo noutro, pelos insucessos do Presidente da CME ou pela inércia do executivo a que ele preside. Ao fim de 5 anos de estagnação de Évora, não há mais desculpas para os fracassos do Presidente da CME.

Longe vão os tempos dos Governos do PSD que colocavam garrotes financeiros às Câmaras deste país, como então vociferava o PS.

Agora, o Governo é justo e bondoso, por isso, mãos à obra, porque, em Évora, daquela que o PS prometeu há 5 anos, ainda nada se viu. Não chegam 5 anos? São necessários outros tantos como o anterior executivo que o Presidente da CME tanto critica? Serão ambos iguais?

Évora precisa de outro rumo e outros actores.

2007-01-10

ÉVORA PRECISA MELHORAR A ANIMAÇÃO COMERCIAL E CULTURAL

O ano de 2006 foi um dos mais fracos de que há memória em Évora, em animação cultural e comercial da cidade e do concelho, resultado da total inércia da Câmara de Évora em tais iniciativas.
Desde a total ausência de animação de rua durante os meses de verão, à ausência de iniciativa durante a quadra festiva natalícia, a inércia revela-se inexplicável no ano de comemoração de duas décadas de elevação de Évora a Património Cultural da Humanidade.
Ao contrário de outras localidades com iniciativa de animação comercial durante o mês de Dezembro, como Óbidos e Reguengos de Monsaraz, a falta de idênticas iniciativas da Câmara de Évora e de condições de atracção de visitantes (ex. de parques de estacionamento), justifica a dispersão dos consumidores por outros pólos de atracção comercial na Área Metropolitana de Lisboa e na vizinha Espanha.
Não fosse o programa de animação da Associação Comercial de Évora, desenvolvido autonomamente e sem apoio ou envolvimento directo da Câmara Municipal, e teríamos um ano inteiro sem qualquer tipo de animação em Évora.
Ainda assim, a louvável iniciativa da Associação Comercial de Évora poderia ter surtido melhores resultados se a Câmara de Évora tivesse optado por um maior envolvimento no apoio à mesma, através da criação de condições de acolhimento (ainda que temporárias) de visitantes.
O uso do edifício onde funcionou a Rodoviária Nacional enquanto parque temporário de estacionamento, a requalificação do Rossio de S. Brás, o arranjo (em vez da amputação com ferro velho) dos parques de estacionamento junto às muralhas da cidade e ao antigo PIC são apenas exemplos de iniciativas com as quais a Câmara de Évora poderia ter contribuído e não o fez, para ampliar os efeitos da acção de particulares que se substituíram à Câmara de Évora, face à inércia desta.
A Câmara de Évora deve tomar a iniciativa liderante na animação da cidade e do concelho, em vez de deixar apenas aos particulares essa tarefa.